sábado, 18 de dezembro de 2010

Bolo-rei de Coimbra é o melhor do país

Ingredientes:


Para o Fermento:
  • 250 gr. de farinha sem fermento;
  • 60 gr. de levedura (fermento de padeiro);
  • 125 ml (+ ou -) de água.

Para a Massa:
  • 1000 gr de farinha s/fermento;
  • 200 gr. de açúcar;
  • 200 gr. de margarina;
  • 2dl de água ou leite magro;
  • 6 ovos;
  • 15 gr de sal;
  • 100 ml de bebidas (rum, porto, aguardente, etc.);
  • 600 gr de fruta cristalizada sortida picada;
  • 150 gr de frutos secos (noz, pinhão amêndoa, etc.);
  • 250 gr de sultanas.


Preparação:

Amassar os ingredientes para o fermento, fazer uma bola e tapar. Bater o açúcar com a margarina, juntar os ovos, aos poucos a água ou leite, as bebidas e o sal, juntar a farinha e amassar bem + ou - 10 minutos; juntar o fermento feito anteriormente junte 1 cálice de vinho do Porto ou wiskey e amassar até que a massa ganhe elasticidade. Deixar a repousar cerca de 5 minutos. Juntar as frutas e amassar só o necessário para envolver bem as frutas. Deixar levedar pelo o menos 1 hora, tapado com um plástico. Dividir em peças com o peso desejado, por exemplo, 500 gr, enrolar em bola e deixar repousar 10 minutos tapados. Colocar o cotovelo no centro da bola e carregar, com as mãos fazer uma argola não muito fina, colocar em tabuleiro levemente untado, pintar com ovo batido, polvilhar com pinhão ou amêndoa granulada ou outro, decorar com as frutas habituais e deixar levedar no tabuleiro mais ou menos, uma hora. Cozer à temperatura de 180º-200º (tempo de cozedura para peças de mais ou menos 500 gr - 25-30 minutos).
Ao sair do forno pincelar com geleia e colocar montinhos de açúcar em pó.

Observações: Quando se refere + ou - é porque há farinhas que absorvem mais líquido que outras, por isso, não deverá juntar logo a totalidade de água ou leite nas massas; junte cerca de 80% e deite o resto apenas se for necessário

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rocha-carne em Buarcos

      Foto de Leonel Auxiliar

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mais desemprego

O Governo considera imperioso mudar as regras relativas às indemnizações em caso de despedimento, uma «questão que está em cima da mesa». «Este plano tem a ver com a urgência, nalguns casos mesmo a emergência da situação que vivemos. Trata-se de um conjunto de iniciativas concretas, muito objectivas que irão ser tomadas nas próximas semanas e que irão vigorar já em pleno em 2011», afirmou o Ministro da Economia, Vieira da Silva.
Bastou os patrões pedirem e a Europa exigir para que o discurso do governo passasse do "Não haver necessidade de mexer na lei laboral" para a urgência, até emergência. Estes vendidos ao poder económico e serviçais dos Senhores da Europa não têm nem vergonha na cara, nem palavra, nem sequer uma coluna vertebral. Num país miserável em que o que mais importa é aumentar a produção e em que o desemprego oficial já vai nos 11%, as regras que impõem são as de facilitar ainda mais os despedimentos. A UGT, como tem sido habitual, já se disponibilizou para se vender mais uma vez e a CGTP já disse, na sua voz de trovão, que não aceita de maneira nenhuma mais esta mexida na Lei do Trabalho. Acredito que já esteja até a pensar em convocar mais um passeio na Avenida lá mais para a Primavera, que agora ó tempo está de chuva.

Manoel de Oliveira regressa às grandes salas

Prestes a completar 102 anos, o realizador Manoel de Oliveira mostra na quinta-feira na Fundação de Serralves, no Porto, a curta-metragem que fez sobre os Painéis de São Vicente de Fora, encomendada por aquela instituição.
Painéis de São Vicente de Fora, visão poética foi rodado em 2009, mas só agora será exibido em Serralves, dando-se a «feliz coincidência» de acontecer poucos dias antes de Manoel de Oliveira celebrar, no sábado 102 anos, disse à Lusa fonte da instituição.
O filme é uma reflexão pessoal de Manoel de Oliveira sobre uma das obras-primas da pintura portuguesa século XVI, um políptico da autoria de Nuno Gonçalves.
O realizador rodou o filme no Museu Nacional de Arte Antiga, onde os painéis estão expostos, mas acrescentou-lhes vida, com atores a representarem algumas das figuras retratadas na pintura.
Manoel de Oliveira sempre disse que não tem medo da morte e que tem ainda muitos projectos a concretizar, fazendo jus ao título de mais velho realizador do mundo ainda em actividade.
Atualmente, está a trabalhar em pelo menos duas longas-metragens, em fase de financiamento, que deverão ser produzidas pela produtora O Som e a Fúria.
Lusa/SOL

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Herbie Hancock em Portugal

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"The Imagine Project", nome do seu último álbum lançado em Junho deste ano para comemorar o seu septuagésimo aniversário, tem como objectivo, segundo o próprio, "passar uma mensagem de paz no mundo através da música".                                                                                                                      
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Reforma das leis laborais

O primeiro-ministro, José Sócrates, admitiu esta terça-feira uma reforma das leis laborais - tal como recomenda Bruxelas - mas remeteu para os «próximos dias» mais pormenores.

Questionado se admite ou não uma reforma das leis laborais, o primeiro-ministro começou dizer que há ainda «muitas ocasiões para falar disso», mas acabou por reconhecer que admite essa reforma.

Histórias de marinheiros

                                                        Histórias de marinheiros

domingo, 5 de dezembro de 2010

Moby

Amanhecer nas montanhas

Uma cadeia montanhosa, no Parque Nacional Banff, recebe os primeiros raios de Sol em Alberta. O parque nacional, o mais antigo do Canadá e o terceiro mais antigo do mundo, localiza-se nas Montanhas Rochosas. Tem 6.641 quilómetros quadrados.
 Foto: Andy Clark/Reuters

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Es un día feliz

Hoje comemora-se o 1.º de Dezembro

Hoje comemora-se o 1.º de Dezembro, 366 anos da proclamação da Restauração da Independência.


A ideia de recuperar a independência era cada vez mais poderosa e a ela começaram a aderir todos os grupos sociais. Os Burgueses estavam muito desiludidos e empobrecidos com os ataques aos territórios portugueses e aos navios que transportavam os produtos que vinham dessas regiões. A concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses diminuía-lhes o negócio e os lucros.
Os nobres descontentes viam os seus cargos ocupados pelos Espanhóis, tinham perdido privilégios, eram obrigados a alistar-se no exército espanhol e a suportar todas as despesas. Também eles empobreciam e era quase sempre desvalorizada a sua qualidade ou capacidade! A corte estava em Madrid e mesmo a principal gestão da governação do reino de Portugal, que era obrigatoriamente exigida de ser realizada "in loco", era entregue a nobres castelhanos e não portugueses. Estes últimos viram-se afastados da vida da corte e acabaram por se retirar para a província, onde viviam nos seus palácios ou casas senhoriais, para poderem sobreviver com alguma dignidade imposta pela sua classe social.
Portugal, na prática, era como se fosse uma província espanhola, governada de longe, sem qualquer preocupação com os interesses e necessidades das pessoas que cá viviam... Estas serviam para pagar impostos que ajudavam a custear as despesas do Império Espanhol que também já estava em declínio!
Foi então que um grupo de nobres - cerca de 40 (conjurados)- se começou a reunir, secretamente, procurando analisar a melhor forma de organizar uma revolta contra Filipe IV de Espanha. Uma revolta que pudesse ter êxito.

A revolta do 1º de Dezembro de 1640

Começava a organizar-se uma conspiração para derrubar os representantes do rei em Portugal. Sabiam já que teriam apoio do povo e também do clero.
Apenas um nobre tinha todas as condições para ser reconhecido e aceite como candidato legítimo ao trono de Portugal. Era ele D. João, Duque de Bragança, neto de D. Catarina de Bragança, candidata ao trono, em 1580.
Em Espanha, o rei Filipe IV também enfrentava dificuldades: continuava em guerra com outros países; o descontentamento da população espanhola aumentava; rebentavam revoltas em várias regiões - a mais violenta, a revolta da Catalunha (1640), criou a oportunidade que os portugueses esperavam. O rei de Espanha, preocupado com a força desta, desviou para lá muitas tropas.
Faltava escolher o dia certo. Aproximava-se o Natal do ano 1640 e muita gente partiu para Espanha. Em Lisboa, ficaram a Duquesa de Mântua, espanhola e Vice-rei de Portugal (desde 1634), e o português seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos.
Os nobres revoltosos convenceram D. João de Bragança, que vivia no seu palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração.
No dia 1 de Dezembro, desse ano, invadiram de surpresa o Palácio real (Paço da Ribeira), que estava no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa, obrigando-a a dar ordens às suas tropas para se renderem - e mataram Miguel de Vasconcelos.

 Antecedentes

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. Durante seis décadas Portugal partilhou rei com Espanha, sob o que se tem designado por "domínio filipino".
Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal. Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar. Em 1610, surgiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.
No início do reinado de Filipe III, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:
  • 1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
  • 2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
  • 3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.
A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha. O resultado veio a ser bem o contrário.
A reacção à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640. Logo em 1628, surge no Porto o "Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado. Mas vão ser as "Alterações de Évora", em Agosto de 1637, a abrir definitivamente o caminho à Revolução.
Nas "Alterações de Évora", o povo da cidade deixava de obedecer aos fidalgos e desrespeitava o arcebispo. A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências. O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.
Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.
Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.
Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).
Em 12 de Outubro de 1640, em casa de D. Antão de Almada, hoje Palácio da Independência, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.
No dia 1 de Dezembro do mesmo ano de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração no trono de Portugal da Casa de Bragança, dando o poder reinante a D. João IV.

 Guerra da Restauação

Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.
O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas em todas as frentes. No final foi feito um acordo de paz definitivo entre as partes, em 1668, assinalado oficialmente com o Tratado de Lisboa (1668). Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.
Paralelamente, entre 1641 e 1654, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe, restabelecendo o território ultramarino português e o respectivo poder atlântico, que a ele dizia respeito, anteriormente firmado antes do reino de Portugal estar sob o domínio filipino. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a obter a grande parte do seu lucro externo com a cana-de-açúcar e o ouro do Brasil.
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