terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Recifes de coral



Imagem aérea mostra a Grande Barreira de Corais australiana,
um dos maiores aglomerados desses organismos no planeta Mudanças climáticas põem em risco simbiose que sustenta recifes de coral

Por participarem em grande porcentagem da cadeia nutricional dos ecossistemas marinhos, os recifes de corais devem ter prioridade em questões de conservação. Os recifes de corais são considerados um dos ecossistemas mais afetados pela onda de aquecimento global. Acredita-se que essa mudança climática seja originada principalmente pela emissão de gases provocadores do efeito estufa, que intensifica os fenômenos naturais em áreas de menores latitudes, aumentando, por exemplo, a pluviosidade em locais onde chovia pouco e tornando mais secas regiões já relativamente áridas. No caso dos pólos, também um dos ecossistemas mais afetados, a diminuição das calotas (cerca de 10% da cobertura de gelo mundial já desapareceu desde 1900) expõe novas áreas de solo onde espécies exóticas proliferam. A elevação do nível dos mares já fez com que muitos países do Pacífico Sul perdessem territórios.

Recifes de corais são ecossistemas que se desenvolvem ao longo das faixas tropicais do planeta, onde a temperatura média das águas oceânicas é superior a 220C. Isso se deve ao fato de que a precipitação de carbonatos é favorecida dentro de uma estreita faixa de temperatura, determinada aparentemente pelas algas simbiontes que vivem associadas aos tecidos dos corais, também conhecidas como algas Zooxanthellae. São elas, também, as responsáveis pela maior parte da produção primária dentro de um recife de corais. Por se tratar de um ambiente extremamente estável ao longo do tempo, os organismos que lá se desenvolvem acabaram por evoluir para nichos extremamente específicos. São muito grandes as taxas de simbiose encontradas num recife de corais.

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