terça-feira, 31 de março de 2009

Artistas em «meia pensão» nos cafés do Porto

Um grupo de artistas pretende «agitar» os cafés da baixa do Porto, entre 16 e 18 de Abril, com um projecto de residências artísticas, que quer ser uma chamada de atenção para a «efervescência» da actividade criativa na cidade. «A comunidade de autores artísticos do Porto reúne muitas vezes em cafés para criar, isso é algo visível», salientou Ana Rocha, uma das promotoras da iniciativa, citada pela Lusa.
A primeira edição do projecto «Regime de Meia Pensão», que será publicamente apresentada quarta-feira no Porto, vai decorrer entre 16 e 18 de Abril, com a participação da escritora Ana Luísa Amaral, da artista plástica Isabel Carvalho e do programador cultural e escritor João Gesta.
Nesta iniciativa também estão envolvidos o actor Jorge Andrade e o escritor Valter Hugo Mãe. Estes cinco criadores vão estar em produção nos três dias do projecto nos cafés Ceuta e Guarany, nos Maus Hábitos e Plano B e na Leitaria da Quinta do Paço, que são espaços de referência na vida da cidade do Porto.
O processo criativo será registado em vídeo, fotografia e texto, mas, segundo Ana Rocha, «não é obrigatório que o criador consiga produzir um trabalho durante os três dias». «O importante é que exista essa intenção criadora», frisou.
Este projecto é uma iniciativa da Associação Cultura Arco da Velha, que pretende «chamar a atenção para a situação de efervescência artística que se vive na cidade».
«O Porto está em efervescência, com novos grupos e autores a surgir. Nós queremos com este projecto trazer esse ambiente de criação para locais do quotidiano como são os cafés», frisou Ana Rocha.
Nesse sentido, recordou que «durante muitos anos, os cafés foram locais privilegiados para os artistas se encontrarem e para a produção artística», apesar de admitir que esta tradição cultural da cidade se tem perdido.
No último dia desta iniciativa será realizada uma visita a cada um dos locais para a apresentação dos trabalhos, mas o público pode visitar os artistas em qualquer altura, de forma a acompanhar todo o processo criativo.
Ana Luísa Amaral estará no Café Ceuta, enquanto Isabel Carvalho vai para o Café Guarany e João Gesta para a Leitaria da Quinta do Paço. No Plano B estará Jorge Andrade e Valter Hugo Mãe vai ocupar um espaço no Maus Hábitos.
iol

Washington Maguetas - manhã de domingo


René Descartes


René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de Março de 1596Estocolmo, 11 de Fevereiro de 1650), também conhecido como Renatus Cartesius (forma latinizada), foi filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.
Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna - enquanto que décadas mais tarde se assentaria nas Ilhas Britânicas, através de John Locke e David Hume, principalmente, um movimento filósofico que de alguma forma é oposto no qual se convencionou chamar de empirismo.

Torre Eiffel

A Torre Eiffel, simbolo indiscutível da paisagem de Paris, comemora nesta terça-feira (31) 120 anos sem encontrar rival na capital francesa desde que foi inaugurada para a Exposição Universal de 1889.
Inicialmente chamada Torre de 300 metros - apesar de, na época, ter 312 metros -, esta estrutura de ferro forjado, concebida pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, é um dos monumentos mais visitados do mundo.
Para o seu aniversário, a estrutura recebe uma nova camada de pintura cor bronze, a 19ª desde sua inauguração.

Smashing pumkies

Queres ser baterista dos Smashing Pumpkins?

Os The Smashing Pumpkins estão à procura de um novo baterista, depois de Jimmy Chamberlin ter abandonado a banda, na semana passada.
As audições serão dia 10 de Abril, em Los Angeles, e os Pumpkins pediram aos potenciais candidatos que enviem a sua informação geral, fotografias e vídeos via email para pumpkinsdrummer@gmail.com.
Chamberlin juntou-se aos The Smashing Pumpkins em 1988 e gravou todos os álbuns da banda, com a excepção de «Adore», em 1988. Decidiu sair porque já não conseguia dar toda a sua energia à banda.
Depois da saída do baterista, Billy Corgan fez saber, através de um comunicado, que pretende continuar a actuar com o nome The Smashing Pumpkins, apesar de ser o único membro original da banda.

Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva (Lisboa, 13 de junho de 1908Paris, 6 de março de 1992) foi uma pintora portuguesa, naturalizada francesa em 1956.
Filha do
embaixador Marcos Vieira da Silva, Maria Helena demonstrou interesse pelas artes desde pequena.
Neta de José Joaquim da Silva Graça, fundador do Jornal O Século, morou na casa do avô em Lisboa.
Aos onze anos começou a estudar pintura e desenho na Academia de Belas Artes de Lisboa e, motivada pela escultura, estudou Anatomia na Faculdade de Medicina de Lisboa.
Em
1928 estabeleceu-se em Paris onde estudou pintura com Fernande Léger, e trabalhou com Duffrene e Waroquier.
Em Paris conheceu seu futuro marido, o, também pintor,
húngaro Árpád Szenes, casando em 1930.

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa
Realizou inúmeras viagens à
América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Devido ao facto de seu marido ser
judeu e de ela ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. Então, o casal decidiu residir por um longo tempo no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entraram em contato com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira.
Vieira da Silva foi autora de uma série de
ilustrações para crianças que constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela em 1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de ilustradora, executando uma série de guaches.
A partir de 1948 o estado Francês começa a adquirir as suas pinturas e em 1956 tanto ela como o marido obtêm nacionalidade francesa. Em 1960 o Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em 1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts e em 1979 torna-se cavaleira da legião de honra francesa.
Participou na Europália, em
1992, e veio a morrer nesse ano.
Para honrar a memória do casal de pintores, foi fundada em
Portugal a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa.

Reciclagem de óleos domésticos

Deita o óleo de cozinhar na banca? sabe que está a poluir e a prejudicar o ambiente? Mais, sabe que podia recolher esse óleo para ser reciclado? dos problemas que esses óleos usados criam no ambiente às vantagens em os recolher (domésticos e também industriais), dos sistemas de recolha e do uso que esses óleos podem ter. Falta por exemplo um sistema de recolha de óleo usado, à semelhança do que acontece com o papel ou o vidro.

Dias das mentiras

Amanhã é dia das mentiras,hoje falamos da mentira levado ao extremo, encarada patologicamente: a mentira compulsiva. «A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas». Pior, ainda, «a mitomania é a tendência mórbida para a mentira. Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos. Uma menina cujo pai é violento, por exemplo, pode começar a inventar para as colegas como sua relação com o pai é boa e divertida, contando sobre passeios e conversas que nunca existiram. Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e prácticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas. É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares».
in :"mais cedo ou mais tarde"

Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul - 1922

Carlos viegas gago coutinho:
Almirante da armada portuguesa, historiador, matemático e geógrafo. Nasceu em Lisboa (1869-1959). Com Sacadura Cabral (abaixo) fez a travessia aérea do Atlântico Sul, pela primeira vez. Inventou também o sextante ,que tem o seu nome e que o tornou admirado na aeronáutica mundial. Autor de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações dos Portugueses: Tentativa de Interpretação Simples da Teoria da Relativa Restrita; O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama e a suas versão nos Lusíadas; Passagem do Cabo Bojador; Influencia Que as Primitivas Viagens Portuguesas à América do Norte Tiveram sobre o Descobrimento das Terras de Santa Cruz; etc..
Artur Sacadura freire Cabral:
Oficial de marinha e arrojado aviador, nasceu em Celorico da Beira em 1880. Com o Almirante Gago Coutinho (acima) , fez a primeira travessia do Atlântico Sul, em avião, tendo saído de Lisboa e chegado ao Rio de Janeiro, depois de peripécias dramáticas. Morreu de desastre no mar do Norte, em novembro de 1924, quando voava em direção a Lisboa, pilotando um avião que caiu. Não foi encontrado o seu cadáver.

Viagem de Teresa Salgueiro chega à tradição portuguesa

Foram necessários quatro discos para que Teresa Salgueiro olhasse para um deles como "o primeiro verdadeiramente a solo". O prenúncio de mudança parte logo da capa: Teresa deixa cair o "s" que é substituído pelo "z" com que o avô escrevia o seu nome. Nesse tempo, ouvia Chico Buarque ou Gal Costa, mas também Amália Rodrigues, José Afonso e Sérgio Godinho. Portugal esteve sempre presente na sua biografia. Matriz é a sua homenagem definitiva à tradição lusa.
Pela primeira vez, Teresa Salgueiro dedica-se "a full time" a um disco seu já que "os dois anteriores foram feitos ainda na óptica do regresso dos Madredeus". Recordando: o "brasileiro" Você e Eu - "é um país cuja cultura musical admiro com extraordinários autores e intérpretes" - e o "universal" La Serena, que define como "uma viagem muito grande que permitiu entrar em contacto com diversas realidades ". Ainda antes de abandonar definitivamente os Madredeus, participou em Silence, Night and Dreams, do compositor polaco Zbigniew Preisner.
A relação de Teresa Salgueiro com a tradição nacional esteve sempre presente, mas só agora se concretizou o sonho de "cantar uma recolha de música portuguesa", que serve de base a um espectáculo "que celebra a antiguidade e riqueza da nossa cultura popular". Depois de dois anos a "cantar em latim e em português com sotaque", o regresso à palavra em português deu sentido a uma viagem até "à matriz".
O ponto de partida foram as recolhas de Michael Giacometti e Fernando Lopes-Graça, por sugestão da cantora Filipa Pais. Cantiga da Ceifa foi a primeira canção a ser trabalhada, ainda durante a digressão de La Serena. "O Jorge [Varrecoso, compositor] teve a ideia de a alinhar no primeiro encore e as reacções foram extraordinárias." A partir daqui "nasceu a ideia de construir um disco que percorresse espaço e tempo da cultura portuguesa". É nesse contexto que intervém sobre o repertório de D. Dinis - "um poeta e rei extraordinário"- e João Zorro (um jogral português da corte do mesmo rei), ainda que com a ajuda de Pedro Caldeira Cabral, que adaptou duas canções aos "tempos modernos".
A viagem percorre séculos da história de Portugal e termina com Fausto e Carlos Paredes, "por serem autores extraordinários que criaram um universo muito próprio". Pelo meio "há fados que representam a canção de Lisboa", ou não fosse Teresa Salgueiro uma filha do Olissipo. "Lisboa sempre foi uma cidade muito cosmopolita em relação a Portugal", defende. E que prova mais clara poderia haver do seu amor por Portugal do que nunca ter sequer pensado em radicar-se noutro ponto do globo? "Sempre gostei muito do meu país. Há muitas coisas que deveriam mudar, mas nunca quis estabelecer-me noutro lugar", confessa. E isto apesar de ser uma das mais importantes vozes da lusofonia. A diáspora de Teresa Salgueiro segue uma lógica semelhante à dos navegadores: "A única forma que havia de comunicarmos era através das viagens.
dn

Os municípios e a crise

As notícias que têm sido publicadas sobre a crise, que estamos a viver e não sabemos quando acabará, são suficientes para se concluir que as câm aras municipais estão atentas a tão dolorosa situação, onde os desempregados, bem como as pessoas e famílias de menores recursos, são os mais atingidosE não admira que a frente de ataque à crise seja lançada pelos municípios, porque são eles que constituem o ramo da administração pública mais próximo dos cidadãos, que melhor sentem os seus problemas, e também porque já têm créditos firmados no que respeita à promoção do nível de vida das populações, designadamente dos pequenos e médios municípios, onde quase tudo faltava excepto a esperança em melhores dias.
É justo, também, lembrar que o dinheiro rende mais quando aplicado pela administração autárquica, por muito que custe a dois ou três encartados opinion makers, que tudo fazem para denegrir o trabalho da administração municipal.
Mas, se assim é, porque tarda tanto a já estafada medida da transferência de atribuições e competências do Governo para os municípios na área social, com os respectivos meios financeiros?
Estaremos perante um complexo negócio ou voltamos a sentir a famosa D. Flora, velha senhora espanhola, que quando la ponen grita e quando la sacan llora? Convém lembrar que alguns governos, em época de crise ou com perfil ditatorial, têm a tendência de concentrar os meios financeiros com o argumento, falso, de serem melhor geridos ou de quererem fazer obras faraónicas. Em qualquer caso, resultam carências sociais porque, não podem ajudar-se as pessoas a enfrentar as pequenas coisas do dia-a-dia.
2. De entre as medidas que têm sido realizadas pelas câmaras, referem-se as seguintes: a) Diminuição do IRC e IRS na parte que constitui receita do município; b) Redução das taxas de água e saneamento; c) Auxílio à recuperação de casas; d) Realização de obras em caminhos rurais e preparação de asseiros que permitam um rápido e eficaz combate aos incêndios; e) Constituição de centros locais de emprego; f) Melhoria da habitabilidade de escolas e centros sociais; g) Adopção de medidas complementares entre câmaras e misericórdias; h) Apoio a micro-empresas; i) Distribuição de refeições quentes pelo concelho; j) Apoio especial a jovens em material escolar e a idosos em cuidados de saúde: k) Pagamento de dívidas a fornecedores; l) Criação de observatórios sociais; m) Abertura de lojas sociais; n) Lançamento de estágios.
Tudo isto é importante que se faça, mas não devem ser esquecidas medidas que provoquem riqueza ou mais-valia.
Refiro apenas quatro: a) Aproveitar o caudal dos pequenos rios e ribeiras que, directa ou indirectamente, despejam no Inverno muita água no mar mas que não têm nenhuma no Verão. Dizia-me há trinta anos um técnico de desenvolvimento rural de Israel que Portugal cometia um crime grave de natureza económica por não aproveitar este recurso; b) Lançar medidas de emparcelamento agrícola nas Beiras, que permitam a constituição de propriedades com rentabilidade económica nos aspectos agrícola e ou florestal. Precisar-se-ia da colaboração do ministério das Finanças para facilitar e agilizar a compra, venda e permuta de propriedades; c) Desenvolver a captação de energia eólica; d) Exigir a revogação da portaria do Ministério da Agricultura, publicada no segundo semestre do ano passado, que proíbe o apoio dos fundos comunitários a investimentos inferiores a 25 mil euros.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Sufismo

O sufismo (árabe: تصوف, tasawwuf; persa:صوفی‌گری Sufi gari) é a corrente mística e contemplativa do Islão. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis ou sufistas, procuram uma relação directa com Deus através de cânticos, música e danças.
O termo sufismo é utilizado para descrever um vasto grupo de correntes e práticas. As ordens sufis (Tariqas) podem estar associadas ao islão sunita, islão xiita ou uma combinação de várias correntes. O pensamento sufi nasceu no Médio Oriente no século VIII, mas encontra-se hoje por todo o mundo. Na Indonésia, actualmente a nação com maior número de muçulmanos, o islão foi introduzido através das ordens sufis.
wikipédia






orgia reflexiva

"A mente humana é um labirinto de possibilidades."
- Beto Costard -

Rali de Portugal

Loeb lidera a lista de inscritos, a maior deste ano (75), numa altura em que o rali português quer afirmar-se no WRC. Carlos Barbosa avisa que, "se o público não estragar tudo, Portugal receberá o Mundial durante os próximos dez anos"
O rali de Portugal vai para a estrada a partir de quinta-feira numa super- especial no Estádio do Algarve para bater recordes e recuperar o prestígio do melhor rali do mundo que perdeu na década de 90. Mesmo sob a ameaça da crise que levou a organização da prova a colocar a hipóteses de não arrancar e com a desistência da Suzuki e Subaru do Mundial, a mais importante prova do automobilismo em Portugal, quer ser uma das mais competitivas da época. Para já conta com um recorde de 75 equipas inscritas lideradas pela elite do mundial WRC com campeão Sebastien Loeb, à cabeça.
"Estão reunidas todas as condições para que tenhamos uma prova de grande dimensão, de modo a que o Rali de Portugal garanta uma posição de relevo no WRC, e assim manter-se no calendário", assume Pedro Almeida, director da prova .
O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), entidade organizadora, Carlos Barbosa, acredita que a prova "está mais espectacular e segura" e também advertiu que "se o público não estragar tudo Portugal receberá o Mundial de ralis durante os próximos dez anos". Carlos Barbosa deu por "arrumado" o diferendo sobre a comparticipação do Estado, mas lembrou que o rali "custa 4,5 milhões de euros, mas gera receitas de 75 milhões" .
O sucesso da prova passa, para já, pelo número de participantes que supera os já realizados rali da Irlanda (36), Noruega (42) e Chipre (35), com o consequente elevar da fasquia para as competições que se seguirão. As 75 formações - 18 das quais portuguesas - em representação de 28 países, estarão à partida na quarta prova do Mundial de Ralis que regressa às estradas no mesmo local da edição de 2007, mas num itinerário muito renovado do Baixo Alentejo e do Algarve, depois de um ano de ausência. Além de pontuar para o Campeonato de Portugal, a mais importante competição do calendário nacional é uma das quatro (as outras são Chipre, Argentina e Itália) que conta simultaneamente para os Campeonatos do Mundo de Produção e Júnior, o que faz com que as estradas do sul de Portugal possam ver em acção um elevado número de pilotos capazes de proporcionar momentos de grande espectáculo.
dn

Enio morricone

Bispo de Viseu

As declarações do bispo de Viseu a defender o uso do preservativo já chegaram ao Vaticano. O porta-voz da Santa Sé reconheceu ontem ao DN ter conhecimento da notícia, mas, precisamente pela delicadeza do assunto, assumiu que o Vaticano ainda terá de preparar uma reacção oficial sobre o assunto. Atitude semelhante à do cardeal-patriarca de Lisboa, que preferiu não comentar por agora.
"Li a notícia, mas não tenho nenhum comentário a fazer. O assunto é muito delicado, pelo que os comentários terão de ser feitos pelas autoridades competentes, de um modo mais correcto, e na sede apropriada", declarou ao DN o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa do Estado da Santa Sé.
Horas antes, na habitual oração do Angelus, o Papa Bento XVI - sem abordar de novo a questão do uso do preservativo - agradeceu aos mais de 200 jovens africanos que se reuniram na Praça de S. Marcos para lhe prestarem apoio. "Uma polémica inútil. Uma difamação contra o Papa e contra a África." Foi assim que Pierre-Babà Mansare, um dos estudantes promotores da manifestação, defendeu o Papa, acrescentando ao DN que a sida pode ser curada com "maior profissionalização dos técnicos e estruturas sanitárias".
O grupo de estudantes africanos, além de desfraldar as habituais bandeiras nacionais de diversos países, empunhou cartazes que proclamavam em inglês "O preservativo não é a solução", "Não a quem quer transformar África num mercado de preservativos" e "Não à instrumentalização dos media ocidentais contra Bento XVI". Tudo ao som dos cantos africanos tradicionais.
Em Portugal, o cardeal-patriarca adiou uma resposta a esta questão para a próxima reunião da Conferência Episcopal Portuguesa, a realizar no dia 20 de Abril. No entanto, na catequese do quinto domingo da quaresma, na Sé de Lisboa, D. José Policarpo afirmou que a Igreja não adapta a verdade ao sabor das circunstâncias. "Pensar que é amor por pessoas concretas em circunstâncias precisas, alterar ou relativizar a verdade, é ser infiel à sua missão", disse.
Mais claro foi o bispo do Porto, que aos microfones da TSF afirmou que "não se podem confundir expedientes com soluções". Segundo D. Manuel Clemente, "a grande solução para o problema da sida, como para outro tipo de problemas, tem de ser comportamental e portanto não devemos confundir o que é um expediente com o que é uma solução".
D. Januário Torgal Ferreira, que dia depois das afirmações do Papa defendeu que "proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas", disse ao DN que prefere não "alimentar polémicas" e por isso recusou-se a comentar.
dn

UE planeia embargo a produtos derivados das focas

Em causa estão as condições de abate em países como o Canadá. Apenas sete dos 27 Estados membros da UE estão contra uma interdição total.
A maioria dos países europeus é favorável à proibição total da importação de produtos derivados das focas devido às condições em que são abatidas, sobretudo no Canadá, adiantaram fontes diplomáticas.
Na reunião de 27 de Março dos representantes dos 27 Estados membros junto da UE, “uma maioria manifestou-se a favor de uma interdição absoluta. Temos a impressão que os Estados europeus estão quase a escolher esta opção”, disse uma das fontes citadas pela AFP.
Apenas sete países estão contra: a Suécia e a Finlândia, que praticam a caça às focas em pequena escala, a Dinamarca, que tradicionalmente apoia a Gronelândia neste assunto, os três Estados bálticos, Lituânia, Letónia e Estónia, e ainda a Bulgária.
A decisão final deverá ser tomada pelos governos da UE e pelo Parlamento Europeu. As discussões sobre o assunto deverão começar amanhã, em Bruxelas, estando a votação do Parlamento Europeu prevista para 22 de Abril .
dn

Nunca vi tanto pato junto

Infected

domingo, 29 de março de 2009

Sting

Piratas informáticos

Uma rede de espionagem informática conseguiu infiltrar-se em computadores de governos, embaixadas, organizações de defesa de direitos humanos e meios de comunicação de 103 países, incluindo de Portugal.
Segundo um relatório da Universidade de Toronto, a maior dos 1295 computadores que foram alvo desta acção de espionagem pertence a países ou missões diplomáticas do sudeste asiático, contudo, esta rede infiltrou-se também na rede informática do governo português.
Os computadores da agência noticiosa norte-americana Associated Press em Londres e Hong Kong, os computadores do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão e da embaixada da China nos EUA e de uma operadora telefónica venezuelana também foram afectados.
Este relatório não atribuiu a origem desta espionagem a fonte definitiva, tendo apenas confirmado que estiveram envolvidos três servidores de controlo instalados em províncias chinesas e um outro na Califórnia.
O jornal New York Times adiantou que um dos possíveis rastos do envolvimento oficial da China nesta rede de espionagem é a chamada telefónica recebida por um diplomata ainda não identificado.
Esta investigação levada a cabo pela Universidade de Toronto surgiu na sequência de uma petição do gabinete do Dalai Lama para que peritos analisassem a rede de computadores de um tinham sido retirados virtualmente documentos e de onde controlados de forma remota microfones e câmaras.
O relatório, que hoje foi tornado público, não espanta o director do observatório de segurança, criminalidade organizada e terrorismo.
Garcia Leando confessa que a única coisa que lhe causa admiração é a falta de capacidade técnica para evitar estas situações.
tsf

Iron maiden

F1

O britânico Jenson Button venceu o GP da Austrália em Fórmula 1 e permitiu à estreante Brawn coleccionar o seu primeiro triunfo. Esta foi a primeira vez desde 1977 que uma equipa estreante venceu uma prova da categoria máxima do automobilismo.
O britânico Jenson Button assegurou, este domingo, a vitória no GP da Austrália em Fórmula, a primeira prova no Mundial de Pilotos desta temporada que foi totalmente dominada pela estreante Brawn, que tomou o lugar da Honda.
A equipa de Ross Brawn garantiu a dobradinha a três voltas do final quando os monolugares de Sebastian Vettel e Robert Kubica chocaram a três voltas do final, quando estes ocupavam o segundo e terceiro lugares.
Com esta colisão, que motivou a entrada do safety car, o brasileiro Rubens Barrichello subiu ao segundo lugar e Jarno Trulli ao terceiro, contudo, o italiano acabaria por ser penalizado por ter ultrapassado Lewis Hamilton quando o safety car ainda estava em pista.
Desta forma, o campeão do mundo de Fórmula 1, que tinha partido da última posição da grelha de partida, depois de uma qualificação catastrófica, acabou por conseguir acesso ao pódio da prova inaugural do Mundial de Pilotos.
Por seu lado, a Ferrari teve um dia para esquecer ao ver o brasileiro Felipe Massa e o Kimi Raikkonnen a não conseguirem terminar esta prova, com o finlandês ainda a conseguir classificar-se na 16º e última posição a três voltas do vencedor.
Com a dobradinha conseguida por Button e Barrichello, a Brawn conseguiu ser a primeira equipa estreante a vencer uma prova de Fórmula 1 desde 1977 e a primeira formação estreante a garantir os dois primeiros lugares de uma corrida desde 1954.
tsf

O Papa e a sida

Nenhum espectáculo foi, para mim, mais trágico, do que a família de crianças, que vi num subúrbio sul-africano, com alguns petizes já infectados. Um rapaz de 12 anos, com ar adulto e resignado, erguia-se, adoentado, como chefe do grupo, responsável pela sua difícil sobrevivência.
Não tinham pais.
Eram filhos da sida.
Há 22 a 25 milhões de vítimas em África, e cerca de 11 milhões de órfãos. Em 2007, morreram 1,3 milhões de pessoas, e surgiram mais 1,7 milhões de infectados.
O problema é menos severo no Norte: o Magreb e o Médio Oriente contabilizam menos de 400 mil vítimas, havendo quem relacione o facto com o elemento religioso predominante (o Islão).
A ignorância em relação à doença foi, infelizmente, agravada por teorias da conspiração, por práticas sexuais de risco, por cuidados médicos deficientes ou inexistentes, pela pobreza, consequente profusão de doenças oportunistas, desigualdade entre sexos, e sobretudo violência sexual, ligada ou não ao problema da guerra.
Os países mais afectados pela sida incluem, paradoxalmente, nações relativamente modernas e mais abastadas, com menos habitantes, como a Swazilândia, o Botswana, o Lesotho e o Malawi. Trata-se de países de migrantes, que circulam muito e rapidamente, e onde a vida familiar "regular" é afectada.
Em 2001, o presidente do Botswana (que tinha quase 30% de infectados) declarava o estado de sítio na saúde: "Estamos ameaçados de extinção".
Trata-se, verdadeiramente, de uma emergência.
A sida é, nessa emergência, um problema médico e de higiene pública. Mas, também, uma questão de conhecimento, moral pessoal e comportamento colectivo.
Não vou agora discutir que elemento é mais ponderoso.
O conjunto dos primeiros factores refere-se ao combate às consequências.
O segundo pode referir-se ao combate às causas.
O combate às consequências, experimentado através de múltiplos programas, requer meios.
Meios para comprar reservas suficientes de retrovirais e outros medicamentos, meios para diagnosticar, vigiar e proteger os grupos de risco, meios para controlar e certificar as reservas de sangue, meios para travar a transmissão mãe/filho. Meios, ainda, para promover campanhas de alerta e educação, para esclarecer os jovens, para ajudar nos elementos adicionais de protecção, como os preservativos.
No Botswana, a campanha chama-se ABC: Abstenção sexual, fidelidade ("Be Faithful") e uso de preservativos, nesse e noutros casos, sempre que as circunstâncias o requeiram (o que também implica educação e informação).
No combate às causas, para além do elemento médico de descoberta de cura ou antídoto, de fortificação do organismo, há uma forte componente de educação, incluindo formação médica, cívica e moral.
As controversas declarações de Bento XVI, sobre o problema, referem-se a estas causas, e não às consequências.
Quando refere que as causas não se combatem só pelo preservativo, e que este pode criar um falso sentimento de segurança, permitindo o alastramento, Bento XVI não está nem a negar o seu sistema moral nem a agredir o esforço sobre-humano de milhares de voluntários que, em África, servem o próximo, neste combate.
O que Bento XVI não poderia era, perdoe-se a expressão, tapar o sol com a peneira: afirmar que, pela distribuição massiva de preservativos, sem actuar nos outros domínios mais custosos, seguros, permanentes e profundos, eliminaríamos esta ameaça.
Acusado geralmente de "idealismo" e "ingenuidade", o Papa foi agora agudo e realista.
Mas também por isso é culpado.
Ainda bem.
nuno rogeiro in jn

Morrem 700 crianças por ano em Portugal

Mais de 42 mil crianças morrem anualmente de acidentes na Europa. Em Portugal, estimam-se em 700 as mortes anuais, um número que a Aliança Europeia para a Segurança Infantil considera ser possível reduzir, refere a Lusa.
As 42 mil mortes equivalem a 115 crianças a perder a vida por dia em toda a Europa.
Segundo o documento, muitas das boas práticas recomendadas não estão a ser usadas, tais como o uso de capacetes para andar de bicicleta, limites de velocidade reduzidos, piscinas protegidas, normas específicas de segurança para equipamentos em campos de jogos.
Embora as taxas de mortalidade de ferimentos tenham diminuído em Portugal desde os anos 80, comparando com a Suécia (o país mais seguro na Europa), os valores actuais, segundo a Aliança, permanecem ainda inaceitáveis.
Um olhar sobre as causas específicas indica que os acidentes rodoviários continuam em maior número, seguidos dos afogamentos e dos acidentes em actividades de lazer.
O relatório defende que Portugal tem capacidade para aumentar os níveis de segurança, mas necessitava de um maior envolvimento do Estado para assegurar o desenvolvimento e a execução de uma estratégia nacional com alvos específicos para a segurança da criança e do adolescente .
iol

Lenine

Amistades peligrosas

Ponte Vasco da Gama

A 29 de Março de 1998, é inaugurada a Ponte Vasco da Gama. Com uma extensão de cerca de 17 Km, estabelece a ligação entre Lisboa e a margem sul do rio Tejo.

andrew bird

Opinião sobre eutanásia

Por esta realidade fazer parte da vida de muitas famílias portuguesas, um conjunto de militantes do PS decidiu apresentar uma moção sectorial ao congresso nacional, denominada ‘Dignidade Humana, sempre!’, deixando à consideração dos delegados duas propostas para o programa eleitoral das eleições legislativas de 2009:
1. Em nome da dignidade humana dever-se-á promover investimento público prioritário no desenvolvimento dos cuidados paliativos, inseridos nas diferentes instituições do Serviço Nacional de Saúde, assim como na formação de recursos humanos especializados, criando condições para que os doentes terminais possam ser ajudados a ter a melhor qualidade de vida possível dentro do seu quadro clínico;
2. Promover o debate sobre a eutanásia com a sociedade civil, com o objectivo de dar a conhecer as suas práticas, na perspectiva do respeito integral da liberdade individual.Saúdo, desde já, o grande consenso que gerou na opinião pública a proposta relativa ao investimento prioritário nos cuidados paliativos. Afinal ainda existe muito a fazer nesta área mas, infelizmente, até agora poucos o referiram e defenderam com determinação. O debate sobre a eutanásia é mais controverso e por isso centrarei as minhas reflexões neste tema.
O Debate. Devemos ou não promover este debate? Na minha opinião o Partido Socialista deverá debater na próxima legislatura este tema com a sociedade civil. Sem posição definida à partida e de espírito bem aberto. Promovendo o contraditório. Mas também dando a conhecer os prós e os contras desta prática. Será que o debate não esclarecerá as nossas consciências?
Os princípios. Às vezes esquecemo-nos que o Estado é laico. E para contrariar esta tendência temos que dar mais valor à liberdade individual de cada um. Ou será que a moral dos outros é mais importante que a liberdade individual de cada um de nós?
O consenso médico. Os médicos deverão ser o principal motor desta discussão. Contudo, é de extrema importância percebermos que à partida não haverá consenso médico em relação à prática da eutanásia. Debatemos a Interrupção Voluntária da Gravidez durante onze anos e, no final, continuávamos a discutir onde começa a ‘vida’. Neste caso discutiremos certamente onde acaba a ‘vida’. Será que aqui não temos uma palavra a dizer?
O Referendo. Quando demos a conhecer a nossa moção, surgiram algumas figuras públicas a defender a realização de um referendo, já na próxima legislatura, para os portugueses se pronunciarem a favor ou contra a prática da eutanásia. O PS deverá reflectir sobre esta possibilidade. Mas será justo referendarmos a nossa liberdade individual?
A Reflexão. Permitam-me que termine com uma questão: Para quê prolongar o sofrimento de um doente terminal, se a sua última vontade for ter a liberdade para morrer com dignidade?
Marcos Sá1.º subscritor da moção ‘Dignidade humana, sempre!’

Este país não é para desempregados

Os números demonstram o flagelo social: mais 70.334 do que no mês anterior, o que representa um aumento de cerca de 45%; cerca de 53% do total de desempregados inscritos dizem respeito a profissões sem ou com diminuta qualificação; 59% dos desempregados são oriundos do sector dos serviços.
Mas convém ter presente ainda outros dados: os despedimentos colectivos tiveram um aumento de 20% de 2007 para 2008; e o recurso ao lay-off de cerca de 50%.Não menos importante, embora não tão mediáticos, são os números da formação profissional: em 2004, apenas 25% das empresas realizaram este tipo de acções (dados de 2006).
2. Estes números revelam uma situação muito grave e as dificuldades do país. Temos um desemprego em crescimento acelerado e os resultados da crise ainda não se fizeram sentir na sua plenitude. Temos uma aparência de formação profissional e o país ainda não percebeu que está a hipotecar o futuro.Perante isto, o Governo (580 milhões para 2009) e a oposição apresentam medidas para reagir ao flagelo. Mas como as medidas são reactivas, logo limitadas por definição nos seus efeitos, voltámos a chegar tarde com os custos inerentes a fazerem sentir-se, em especial, nos menos protegidos.
3. E neste momento de acentuada crise económica, por natureza potenciadora de incumprimento das obrigações, continuamos a ter uma fiscalização deficiente – a Inspecção Geral do Trabalho tem o quadro a 50%, contando com cerca de 270 inspectores, situação que tem atravessado vários governos. Está certificada a incapacidade da Inspecção de assegurar, pelo menos, a aparência do cumprimento da lei.Para agravar esta situação, foram agora identificados erros na elaboração do novo Código do Trabalho. O legislador revogou o Código do Trabalho (2003) e respectiva legislação complementar, tendo ressalvado um conjunto de matérias que se manterão vigentes até à entrada em vigor de novos diplomas. Acontece, porém, que – seguramente por lamentável lapso, que naturalmente nenhuma rectificação resolve – se esqueceu de ressalvar os artigos que qualificavam como contra-ordenação determinadas condutas.Conclusão: a violação de normas relativas, por exemplo, à segurança, higiene e saúde no trabalho, à maternidade e paternidade ou aos menores em espectáculos deixou de ser sancionada – os processos pendentes sobre estas matérias serão arquivados.
4. Em suma: quando o desemprego exige prevenção, reagimos; quando a situação exige uma inspecção reforçada, deixamo-la sem meios; quando se exige clareza e segurança na legislação, cometemos erros. E os problemas vão naturalmente surgindo.E nesta, como noutras matérias, os erros não têm cor política; todos deram o seu contributo.
Luís Gonçalves da Silva Assistente da Faculdade de Direito de Lisboa; co-autor do Código do Trabalho – 2003

Blue man group

Moby / Blue man group

Seu jorge

Ney Matogrosso

FMI parte-1

FMI parte-2

G20

Este sábado, nas ruas de Londres, todos, ambientalistas, anarquistas, ecologistas, sindicalistas, activistas, marcharam sob um único lema: alertar os países que compõem o G20 para que coloquem as "pessoas em primeiro".
Milhares de pessoas juntaram-se ontem nas ruas de Londres em protesto contra as políticas económicas internacionais nas vésperas da cimeira que reúne os chefes de Estado das maiores economias mundiais. Num clima de insatisfação global, os políticos mais influentes do Mundo tentarão afastar as divergências para chegarem a uma solução global para a crise financeira.
No plano político, as diferenças de opinião e direcção política entre a Europa e os Estados Unidos têm marcado a actualidade mas, a cinco dias do encontro de Londres, um sinal positivo de união foi dado pela Alemanha e pelos Estados Unidos, que afirmaram que os seus objectivos para a cimeira seguem a mesma direcção. Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, alertou, no entanto, para as grandes expectativas que a cimeira está a criar, afirmando que não é apenas num dia que o Mundo irá encontrar uma solução para todos os problemas económicos. Merkel alertou também para o risco de se gastar mais dinheiro público para reavivar a economia, o que, defendeu, tornará insustentável a recuperação.
A Alemanha já investiu 81 mil milhões de euros em pacotes de recuperação e tem vindo a resistir a pedidos de Washington e Londres para uma nova injecção de capital no sistema financeiro. Nas ruas, este gasto financeiro é um dos motivos por detrás das inúmeras manifestações programadas para esta semana em Londres. A arrancar a semana, ontem muitas pessoas desafiaram a chuva e o frio para reivindicarem emprego, justiça e ambiente - o mote do encontro que reuniu em Londres 150 grupos sindicais e agências de auxílio internacionais.
Na Alemanha, manifestações semelhantes, em que participaram dezenas de milhares de pessoas, terminaram em confrontos entre grupos esquerdistas e a polícia. Protestos anti-capitalistas foram organizados nas cidades de Berlim e Frankfurt. Na capital, a polícia fez inúmeras detenções enquanto que, em Frankfurt, jovens atiraram ovos ao líder do partido de esquerda Die Linke, Oskar Lafontaine, durante um dos discursos.
O ambiente de descontentamento social tem-se vindo a sentir em inúmeros países onde as populações se mostram particularmente descontentes com instituições financeiras que têm vindo a receber apoios estatais.
Em Londres, não se registaram quaisquer incidentes durante a marcha que teve início às 12 horas. Entre os milhares de mensagens que se podiam ver ao longo de quase sete quilómetros de marcha, liam-se frases como: "Não pagaremos pela crise" e "Justiça para os pobres do Mundo".
Bandeiras, cartazes e gritos de ordem eram perceptíveis por todo o centro da cidade onde também o custo do encontro dos 22 países industrializados e economias emergentes foi motivo para protesto na capital inglesa, onde o Governo vai gastar mais de 20 milhões de euros para receber os chefes de Estado. O encontro de quinta-feira durará apenas um dia mas prevêem-se movimentações sem precedentes por parte de grupo de campanha.
jn

Desilusão

Portugal criou durante o encontro bastantes oportunidades e dominou a Suécia no estádio do Dragão, mas voltou a falhar na finalização e cedeu novo empate (0-0) que compromete ainda mais as suas aspirações de apuramento para o Mundial2010 de futebol.
São já nove os pontos perdidos em 15 possíveis e os escassos seis conquistados em cinco jornadas (os mesmos da Suécia, que tem um jogo a menos) deixa os lusos mais longe das líderes Dinamarca (quatro encontros) e Hungria (cinco), com 10 pontos.
O segundo lugar, que pode dar direito a um lugar nos "play-offs", parece cada vez mais o objectivo da equipa de Carlos Queiroz, que tem vitórias morais de sobra, mas pontos a menos para as suas ambições.
Depois da derrota 2-3 com a Dinamarca em Alvalade e empate 0-0 com a Albânia em Braga, Portugal continua sem ganhar em casa neste apuramento - o único triunfo em cinco jogos foi obtido na ronda inaugural, na visita à frágil Malta (4-0).
A selecção nacional realizou uma primeira parte de bom nível, chegando mesmo a sufocar a Suécia, mas a finalização voltou a ser o problema, perante um adversário que foi rigoroso tacticamente, com uma ocupação muito inteligente dos espaços.
Com um bloco sólido, os nórdicos foram remetidos muito tempo ao seu meio-campo, mas assustavam sempre nas bolas paradas ofensivas, criando várias oportunidades: ao fim de sete jogos, a Suécia continua invicta em solo nacional, com três empates e quatro triunfos.

sexta-feira, 27 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,gastámos as mãos à força de as apertarmos,gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;era como se todas as coisas fossem minhas:quanto mais te dava mais tinha para te dar.Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava,porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário,era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco mas é verdade,uns olhos como todos os outros.Já gastámos as palavras.Quando agora digo: meu amor,já não se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certezade que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração. Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água.O passado é inútil como um trapo.E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus.

Eugénio de Andrade

Custódio castelo trio

1 festival de jazz do Alandroal

Shpongle

Caça ás focas

A época anual de caça às focas arrancou esta semana, no Canadá. Os primeiros barcos avançaram pelo gelo do Golfo de St. Lawrence na segunda-feira e espera-se que, nas próximas semanas sejam mort6as 280 mil focas bebé.
De acordo com o jornal britânico «Daily Express», a quota prevista para este ano é maior do que a de 2008, em que as autoridades deixaram caçar 275 mil exemplares. Um aumento entendido como uma provocação por muitos críticos e ambientalistas por todo o mundo. Contestatários da caça às focas dizem que é uma indústria sangrenta e insustentável.
O Departamento de Pescas e Oceanos do Canadá assegura que tem uma caça «humana e profissional». «Qualquer informação de que fazemos uma caça às focas de forma não sustentável é incorrecta», garante o Governo canadiano.

Ouve!!

Crime violento

O ano de 2008 ficou marcado por vários crimes que tiveram grande projecção mediática, como o sequestro e a tentativa de assalto numa dependência do BES, em Lisboa; o homicídio, à queima-roupa, de uma mulher numa urbanização em Sacavém (casada com um pivô da Sport TV), vários assaltos a carrinhas de valores cujos autores (um gangue de Loures), entretanto, foram capturados pela polícia.
Este tem também sido o ano do carjacking, o roubo de viaturas de luxo com recurso a armas de fogo. Desde o início do ano, segundo o DN noticiou, quase quatro mil armas legalizadas foram apreendidas, por ter sido reportado o seu roubo. Para combater o aumento dos crimes violentos registado este ano, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, apresentou uma Estratégia de Segurança para 2008, que prevê o reforço do efectivo policial, uma maior formação das polícias e um programa nacional de videovigilância, que conta já com a aprovação de 12 mil câmaras pelo Observatório da Segurança.
No mesmo sentido, o Código Penal sofreu alterações, que foram contestadas pelo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que apelou à sua revisão. A procuradora Maria José Morgado juntou-se aos protestos contra o novo código, que considerou "demasiado brando" e um "incentivo aos criminosos.
publico

Medecina

Um novo composto desenvolvido para o combate do cancro passou nos teste de laboratório mostrando ser mais eficaz no combate das células cancerígenas e ter efeitos menos tóxicos nas células normais. A investigação do composto, desenhada inteiramente por uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e com várias colaborações internacionais, vai passar a uma nova fase que poderá demorar cerca de dois anos até ser testada em humanos."Já passou muitas fases e deu resultados promissores, é mais eficaz do que a cis-platina”, explica Maria Paula Marques, líder da investigação, referindo-se a uma droga utilizada nos cancros do testículo, pescoço e cabeça, que é “muito eficaz” mas apresenta problemas a nível de toxicidade, além dos doentes acabarem por desenvolver resistência ao medicamento passados dois anos.Ambos os químicos fazem parte do grupo de compostos contra o cancro que têm um ião metálico central. Quando são administrados no corpo, ligam-se ao ADN das células cancerígenas e provocam a sua morte. Os compostos atacam mais estas células por terem particularidades diferentes das normais – que, por exemplo, são as culpadas por acelerar a sua multiplicação –, mas também são nocivos ao resto dos tecidos. É por isso que os tratamentos cancerígenos são tóxicos para as pessoas, provocando náuseas, queda cabelo e outras complicações.O ião do novo composto é o paládio. Durante dez anos fizeram-se estudos com cerca de dez compostos, em que se alteraram ligações pontuais das moléculas que, posteriormente, foram testadas in vitro. Este, foi o único que revelou ser mais eficaz no combate ao cancro e menos nocivo em células não-cancerígenas do que compostos anteriores.“Os testes in vivo (em animais de laboratório), se forem promissores, podem durar um ou dois anos para passarem a ser testado em humanos”, disse ao PÚBLICO por telefone Paula Marques.A investigação feita mostra que o novo químico (que ainda não tem nome, só número) pode combater os cancros da mama, de língua, do útero e a leucemia, mas “nos testes in vivo pode-se descobrir mais cancros [que sejam afectados pelo químico], embora os estudos in vitro já dão uma boa indicação”, salienta a investigadora.Os próximos dois anos serão também essenciais para compreender se existem efeitos negativos que não foram até agora revelados. “Há toda uma maquinaria a ter em conta, mais complexa do que na célula”, diz Maria Paula Marques. Nos animais compreende-se o efeito que os químicos têm nos órgãos e em todo o metabolismo, adiantou.
publico

Há cada vez mais ex. combatentes do ultramar sem abrigo

A Associação Combatentes do Ultramar Português (ACUP) estima que existam duas centenas de antigos militares a viver nas ruas e a travar todos os dias a sua derradeira batalha: a da sobrevivência.
«A nossa luta é conseguir que os mais desamparados tenham um abrigo e afecto no final das suas vidas», disse à Agência Lusa o presidente da ACUP, José Nunes, durante uma visita ao centro de reinserção social da Comunidade Vida e Paz em Sobral de Monte Agraço, onde estão 15 antigos combatentes em Ultramar que foram tirados das ruas.
José Nunes defendeu a criação de estruturas de apoio social e de lazer para os antigos combatentes, principalmente os «mais desprotegidos e abandonados socialmente», com idades entre os 58 e 65 anos.
«Depois da recuperação eles não têm para onde ir e voltam para a lama», frisou, adiantando que há antigos militares que «morrem abandonados e, por vezes, nem têm uma peça de roupa para levar para a sua sepultura».
O presidente da associação apelou ao Governo para que crie uma unidade de apoio a estes centros de recuperação ou então que peça aos Centros Distritais de Segurança Social para que façam cumprir os protocolos que estabelecem anualmente com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para que uma percentagem das vagas, a que tem direito, seja destinada a estes casos.
A ACUP já encetou também contactos com a Associação Nacional de Municípios (ANMP) para que as autarquias identifiquem ex-combatentes que vivam nas ruas e sofram de stress pós-traumático para a realização de um rastreio a nível nacional com vista ao seu reencaminhamento para centros de reinserção social.
Na semana passada, o Ministério da Defesa e a ACUP reviram o protocolo de apoio a antigos e actuais militares com stress pós-traumático.
Na altura, o secretário de Estado da Defesa Nacional e Assuntos do Mar, João Mira Gomes, afirmou que a revisão do protocolo visa «criar condições para que a ACUP possa ter mais meios para o apoio» aos antigos combatentes «para além do que a rede» actual já disponibiliza, com especial incidência para os ex-militares sem-abrigo.
João Mira Gomes adiantou que ainda que não existe «um levantamento exaustivo [dos ex-militares sem-abrigo], porque é muito difícil fazê-lo», mas salientou que o protocolo visa apoiar «um parceiro com créditos firmados como é o caso da ACUP» que tem um melhor conhecimento desta realidade pelo trabalho realizado no terreno.
iol

Há vidas dificeis


Combate á desertificação

Há 277 municípios a precisar de recursos humanos qualificados e de gente empreendedora capaz de criar projectos geradores de emprego, com efeito multiplicador, e de competir a nível internacional. E há certamente famílias nos grande centros urbanos com vontade de mudarem para a província, para desenvolver um projecto próprio tendo mais qualidade de vida.
Foi nisto que Frederico Lucas pensou quando decidiu desafiar dois amigos, a Ana Linhares, socióloga, e o Alexandre Ferraz, técnico de uma associação de desenvolvimento local em Trancoso, para criarem conjuntamente o projecto Novos Povoadores (divulgado pela Visão há duas semanas), que tem como objectivo encontrar, nos grandes centros urbanos, candidatos à altura das necessidades regionais. Depois era preciso encontrar um parceiro que os ajudasse a pôr em prática o desafio. Encontraram o Intec - Instituto de Tecnologia Comportamental. Assim, o projecto só começou a ser posto em prática em Dezembro.
De então para cá já se candidataram 25 famílias. "Mas daqui por um mês já devemos ter 100 candidaturas. Uma estimativa que faço de acordo com o número de contactos que temos recebido", explica Frederico Lucas.
Para garantir o sucesso da família na sua nova vida, um dos membros do casal deverá ter um emprego assegurado, quer por via da transferência da sua actual entidade empregadora ou de uma entidade da região que o venha previamente a contratar. O outro membro da família terá de desenvolver um projecto empreendedor, para o qual conta, desde logo, com apoios de várias entidades, incluindo do próprio município.
Contudo, das cem famílias que deverão ser candidatas dentro de um mês, só um terço concretizará a mudança. Ou seja, 33.
De acordo com o cálculos de um dos mentores do projecto, "a maioria vai desistir ou prorrogar a decisão a meio do processo de aproximação à nova realidade. Um processo que pretendemos fazer de uma forma lenta, e com várias etapas, para que os candidatos se apercebam de todos os prós e contra" (ver caixa com passo a passo). Os que vão desistir, diz Frederico Lucas, fazem-no essencialmente por questões culturais. As que se mantêm mudam-se no começo do próximo ano lectivo, em Setembro, para uma cidade ligada por auto-estrada. Porque os mentores do projecto Novos Povoadores querem iniciar a experiência piloto num centro urbano de fácil acesso. Em cima da mesa estão várias hipóteses: Castelo Branco, Évora, Abrantes. Uma ilha nos Açores também está a ser estudada.
Entre as 15 famílias que já estão em processo de avaliação, há casais sem filhos e famílias numeroas (com 5 pessoas ), muitos profissionais da comunicação, marketing, engenheiros e projectistas, bem como emigrantes que regressaram ao país e querem investir em projectos de turismo rural.

dn

quarta-feira, 25 de março de 2009

F 1


Madre Deus e Banda cósmica

200 anos das invasões Francesas


passagem do Douro em 11 de maio

A 29 de Março de 1809, a ameaça dos canhões franceses precipitou a maior tragédia da história do Porto. Milhares de pessoas em fuga morreram no Douro, no desastre da Ponte das Barcas. Dois séculos depois,marcas e memórias ainda vidas desse dia e do que no Porto ficou das invasões napoleónicas.

Pat Metheny

Paris promete indemnizar vítimas de 210 testes atómicos

Vale mais tarde que nunca. O Governo francês decidiu enfim indemnizar as vítimas dos testes nucleares que efectuou durante mais de três décadas, entre 1960 e 1996, em regiões tão diversas como o Sara argelino e a Polinésia. O anúncio foi ontem feito pelo ministro da Defesa francês, Hervé Morin, em entrevista ao jornal Le Figaro.
"Durante muito tempo, os governos acreditaram que abrir a porta a compensações pecuniárias iria constituir uma ameaça aos esforços significativos da França para tornar-se uma potência nuclear credível. Mas chegou a altura de tomarmos consciência de que existiram vítimas", declarou o ministro.
De acordo com Hervé Morin, o Governo vai nomear uma comissão independente que num período máximo de seis meses avaliará, caso por caso, as situações de todas as pessoas que adoeceram devido às radiações. A comissão será presidida por um magistrado e integrará médicos especialistas em doenças do foro oncológico.
Cerca de 150 mil pessoas, entre militares e civis, estiveram directa ou indirectamente envolvidas nos testes realizados pelo Governo francês para se tornar uma potência atómica e desenvolver armamento nuclear. Os testes tiveram início durante o mandato presidencial do general Charles de Gaulle, em 1960, e prolongaram-se até 1996, já quando Jacques Chirac ocupava o Palácio do Eliseu. Só terminaram quando Paris aderiu ao tratado internacional para a interdição dos ensaios nucleares.
Ao todo, foram realizados 210 testes, repartidos pelo Sul da Argélia - que só se tornou independente da França em 1962 - e pela Polinésia, onde Paris mantém vários territórios coloniais, designadamente nos atóis de Fangataufa e Mururoa, situados no arquipélago das Tuamotu, 1200 quilómetros a sueste de Taiti. Nos últimos anos, cada teste mobilizava intensos protestos de organizações ambientalistas, como a Greenpeace, e de militantes pacifistas.
Durante décadas, Paris sempre negou uma relação de causa-efeito entre os testes e a proliferação de doenças graves entre os civis e os militares que neles participaram por imposição profissional - muitos dos quais acabaram por morrer com leucemias e cancros de tiróide. Tornou-se inequívoco o elo entre as radiações atómicas e estas doenças, como agora reconhece o Executivo francês, afirmando-se disponível para indemnizar as pessoas afectadas.
O ministro da Defesa reconheceu a existência de "várias centenas" de pessoas que adoeceram devido às experiências nucleares. De acordo com a Comissão Científica das Nações Unidas para o estudo dos Efeitos dos Raios Atómicos, existem 18 doenças relacionadas com esta origem - incluindo os cancros da tiróide, dos pulmões e da mama, além de várias formas de leucemia.
As indemnizações previstas, só numa primeira fase, deverão totalizar cerca de 10 milhões de euros, segundo anunciou também o titular da pasta da Defesa na entrevista ao Figaro.
"As pessoas não terão de provar uma relação de causalidade entre a exposição às radiações e a doença que sofreram ou sofrem", assegurou Hervé Morin. Nunca nenhum Governo de Paris havia dado esta garantia até hoje, o que satisfez as associações de antigos combatentes: há muito que os ex-militares franceses reivindicavam indemnizações às vítimas. Por isso o presidente da Associação dos Veteranos dos Ensaios Nucleares, citado pela AFP, destacou os "progressos não negligenciáveis" da proposta agora anunciada pelo ministro da Defesa.
dn

Eleições

A Lei da Paridade, que obriga à inclusão de um terço de mulheres nas listas eleitorais, vai funcionar pela primeira vez este ano. Os partidos estão a deparar-se com dificuldades em angariar candidatas, sobretudo para as autárquicas. O CDS diz que teme que venham a existir listas que são um logro. Ao invés, o PS e o BE dizem que a lei só vai beneficiar a democracia.
À excepção do PS, autor da Lei da Paridade aprovada em 2006, os restantes partidos admitem que as quotas de mulheres impostas legalmente, e que vão funcionar pela primeira vez, estão a gerar muitas dificuldades, sobretudo na elaboração das listas às eleições autárquicas. "É um esforço enorme. Não sei se conseguiremos cumprir na íntegra o que a lei obriga", confessa ao DN o coordenador autárquico do CDS.
Hélder Amaral diz que lhe chegam relatos de listas que estão "a ser feitas com familiares directos, irmãs, tias, primas, sem qualquer apetência pela política" apenas para que o número de mulheres seja preenchido a todo o custo. "Espero que no pós-eleições não se assista a uma troca maciça dessas mulheres apenas por homens e que, no fim, existam um conjunto de listas que são um logro eleitoral!"
O BE e o PS saem em defesa desta lei que estipula que um terço das mulheres, ou seja uma por cada três homens, componham as listas às europeias, legislativas e autárquicas. O líder parlamentar bloquista, Luís Fazenda, inscreve os problemas levantados pelos centristas no rol das "velhas críticas". E no que toca aos "familiares directos" que assustam Hélder Amaral, diz: "Eu também espero que não haja muitos homens fictícios nas listas..." Luís Fazenda admite, contudo, que cumprir as quotas nas autárquicas "é mais difícil" já que envolve entre 50 a 60 mil candidatos aos vários órgãos autárquicos. "Estabelecemos uma orientação de que não entregaremos listas que não cumpram a paridade."
O porta-voz do PS, Vitalino Canas, frisa que no seu partido as resistências foram semelhantes quando as quotas foram impostas internamente. "O que está a suceder no PS é que cada vez há mais mulheres." Na sua opinião, se a Lei não obrigasse os partidos a procurar mulheres para a política, o status quo masculino continuaria a barrar a sua entrada nesta actividade. "No início será difícil, depois será automático."
O ex-secretário-geral do PSD e actual membro da Comissão Coordenadora Autárquica do partido, Miguel Macedo, que não simpatiza muito com a lei, afirma que cumprir as quotas "vai ser difícil para todos". Tanto mais que o desrespeito pela legislação acarreta um corte de parte da subvenção estatal aos partidos.
Jorge Cordeiro, membro da Comissão Política do PCP, reitera a ideia de que a Lei da Paridade serviu "apenas para a lavagem da cara" do PS, porque "passa ao lado da efectiva participação das mulheres". E também ele antevê dificuldades na elaboração das listas às eleições autárquicas.
Os politólogos ouvidos pelo DN são favoráveis à lei. "As grandes conquistas da humanidade puseram sempre o carro à frente dos bois. Aconteceu com a abolição da escravatura, com o sufrágio feminino, acontece agora", sublinha José Adelino Maltez. Afirma que a lei apenas é "um sismógrafo" que mostra a realidade de uma sociedade que desinvestiu na participação das mulheres.
Já António Costa Pinto diz que a lei obriga os partidos a pensar, a escolher com mais critério e a recrutar mulheres. "A lei é boa numa sociedade que ainda discrimina o género feminino a muitos níveis", acrescenta.
dn

Nina hagen

terça-feira, 24 de março de 2009

Electroclash

Poema

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o príncipio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa

Administração da Peugeot/Citroën está a propôr saídas voluntárias

A administração da Peugeot/Citroën de Mangualde quer reduzir o número de funcionários e para isso está a propôr saídas voluntárias prometendo um mês de salário por cada mês de serviço, para quem tiver entre 51 e 60 anos.
A empresa dá ainda uma compensação de incentivo, nunca inferior a 25 mil euros, o que faz com que o trabalhador perca o direito ao subsidio de desemprego.
Nesta altura, a comissão de trabalhadores ainda desconhece se algum funcionário pretende aderir a este plano de rescisões, mas Jorge Abreu revelou à TSF que o ambiente na fábrica é de preocupação.
«Qualquer tipo de medida para reduzir trabalhadores deixa sempre preocupação e algum incomodo. Mas não podemos deixar de sublinhar que é uma proposta para saídas voluntárias. Cada trabalhador deve pensar se lhe interessa ou não esta saída, não esquecendo que sai sem qualquer garantia ou apoio social», referiu.
Segundo Jorge Abreu há trabalhadores que desconhecem se a fábrica recebeu ou não os apoios do Estado ao sector automóvel.
«Desde Dezembro que tentamos esclarecer isto, a própria empresa também não nos esclareceu esta situação», afirmou.
«Acho estranho que uma empresa como esta não tenha sido envolvida neste plano de apoios, que já estão em funcionamento», acrescentou.
tsf

Bosques a arder


Dois incêndios em zonas de mato estavam por circunscrever às 12:30no Parque Natural Peneda Gerês, concelho de Montalegre, o terceiroparque natural a ser hoje afectado por fogos, segundo a AutoridadeNacional de Protecção Civil.

China bloqueia YouTube

China bloqueou o site de vídeo «YouTube» por conter imagens de tropas chinesas a agredir monges e outros tibetanos, noticia a BBC.
Um porta-voz do governo chinês não confirma a informação, no entanto em vários pontos do país o site está inacessível.
O vídeo foi carregado por um grupo de tibetanos exilados e mostra centenas de militares chineses num mosteiro tibetano e um grupo de tropas a bater num homem com um bastão. Noutra, um grupo de homens, incluindo um monge, são vistos no chão enquanto são espancados com pontapés. Alguns estão com as mãos amarradas e aparentam estar inconscientes.
Não se conhece a data nem o local das filmagens. Na terça-feira um porta-voz do ministro dos negócios estrangeiros afirmou que a China «não tem medo da Internet». No entanto ainda não confirmou ou desmentiu o sucedido.
A China tem um historial conhecido no bloqueio de páginas da Internet que contêm mensagens consideradas pelo seu Governo politicamente incorrectas.

iol