terça-feira, 31 de março de 2009

Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva (Lisboa, 13 de junho de 1908Paris, 6 de março de 1992) foi uma pintora portuguesa, naturalizada francesa em 1956.
Filha do
embaixador Marcos Vieira da Silva, Maria Helena demonstrou interesse pelas artes desde pequena.
Neta de José Joaquim da Silva Graça, fundador do Jornal O Século, morou na casa do avô em Lisboa.
Aos onze anos começou a estudar pintura e desenho na Academia de Belas Artes de Lisboa e, motivada pela escultura, estudou Anatomia na Faculdade de Medicina de Lisboa.
Em
1928 estabeleceu-se em Paris onde estudou pintura com Fernande Léger, e trabalhou com Duffrene e Waroquier.
Em Paris conheceu seu futuro marido, o, também pintor,
húngaro Árpád Szenes, casando em 1930.

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa
Realizou inúmeras viagens à
América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Devido ao facto de seu marido ser
judeu e de ela ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. Então, o casal decidiu residir por um longo tempo no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entraram em contato com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira.
Vieira da Silva foi autora de uma série de
ilustrações para crianças que constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela em 1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de ilustradora, executando uma série de guaches.
A partir de 1948 o estado Francês começa a adquirir as suas pinturas e em 1956 tanto ela como o marido obtêm nacionalidade francesa. Em 1960 o Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em 1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts e em 1979 torna-se cavaleira da legião de honra francesa.
Participou na Europália, em
1992, e veio a morrer nesse ano.
Para honrar a memória do casal de pintores, foi fundada em
Portugal a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa.

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