O contrato já está assinado. A EDP Renováveis aliou-se à britânica Sea Energy e juntas vão desenvolver o parque eólico escocês de Moray Firth, no mar do Norte. A empresa portuguesa detém 75% do projecto e a Sea Energy os restantes 25%. O presidente da EDP, António Mexia, assinou ontem em Londres o contrato de 4 mil milhões de euros - quase o mesmo valor que o do novo Aeroporto Internacional de Lisboa (4,9 mil milhões).
Moray Firth é um dos nove parques eólicos offshore (no mar) a que o Reino Unido atribuiu os direitos de desenvolvimento. O valor total de investimento, prevê-se, chegará a 75 mil milhões de libras (83,3 mil milhões de euros), a 12 anos. A revolução verde poderá empregar até 70 mil pessoas e ultrapassará tudo o que já foi feito neste campo: cada um dos nove parques terá mais potência que o maior complexo eólico mundial. O objectivo é satisfazer um quarto das necessidades energéticas britânicas e, através das redes de transporte que serão instaladas, exportar energia para a Europa. Cerca de 3,2 milhões de casas poderão ser alimentadas por esta energia limpa, avança o departamento britânico da Energia e das Alterações Climáticas.
António Mexia defendeu ontem, em Londres, que o parque terá "um papel fundamental no crescimento das renováveis a partir de 2013 ou 2014". À agência Lusa, o presidente da EDP salientou também que o concurso representa dois terços da actual produção eólica mundial.
Em relação aos custos, o offshore custa hoje cerca do dobro do onshore, mas a EDP espera que o preço desça nos próximos anos. Com capacidade instalada de 1,3 gigawatts, o parque da empresa energética terá 250 torres eólicas dispersas por uma área de 520 quilómetros quadrados - o equivalente ao Minho e Douro Litoral juntos. As torres serão construídas em cinco anos, entre 2015 e 2020, depois de quatro anos de estudos. Na costa portuguesa, a EDP conta ter um projecto de offshore em fase de arranque no final de 2010 ou início de 2011.
ionline
Sem comentários:
Enviar um comentário