Em 1968, quando se preparava para o lendário espectáculo televisivo "68' Comeback Special", Elvis Presley passeou pelas ruas de Los Angeles e conta-se que, para seu horror, passou despercebido entre uma geração que o esquecera. Depois da transmissão do programa, não mais Elvis voltaria a passar despercebido em qualquer rua de qualquer país. Não o seria em 1977, o ano da sua morte, e se estivesse vivo, não o seria certamente em 8 de Janeiro de 2009, o dia em que completaria 75 anos.
Continua a ser o morto mais lucrativo da indústria musical e, apesar da ameaça de Michael Jackson, a edição recente de uma caixa, em várias versões, reunindo o melhor do seu catálogo (a série "Elvis 75"), poderá mantê-lo no topo. A caixa e os concertos: dia 19 de Fevereiro, em Sheffield, regressa à estrada "Elvis In Concert", onde antigos companheiros de banda actuam com o acompanhamento de um Elvis virtual, voz saindo das colunas de som e imagem projectada nos ecrãs. Isto sem esquecer que o Cirque du Soleil estreou em Dezembro, em Las Vegas, "Viva Elvis", espectáculo que, até Abril, evocará diariamente a obra do cantor.
Ícone indiscutível do século XX, corpo que revelou definitivamente o nascimento de uma cultura pop adolescente, Presley continua alvo de uma devoção que se manifesta de forma tão excessiva quanto o foi a sua década de 1970, passada no isolamento luxuosamente kitsch de Las Vegas.
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