Numa entrevista à agência Lusa, o comendador considerou que se perspetiva «um problema dramático nos próximos cinco anos» para a economia nacional.
«Estamos a brincar com o lume. Portugal está completamente endividado, ao nível do Governo, das empresas e privados», opinou, acrescentando que o país «não se pode dar ao luxo» de fazer exigências.
Sublinha que «as pessoas ainda não compreenderam que não há alternativa e não podemos justificar este endividamento».
O empresário madeirense defende ser necessário «negociar uma globalidade e andar com o problema para a frente porque o dinheiro virtual que não está a ser contabilisticamente apreciado vai ser uma dor de cabeça».
«Empurramos este problema com a barriga mas vai chegar o dia em que acho que vai ser tudo nacionalizado», diz.
Para Joe Berardo, a situação de Portugal neste contexto de crise «não é tão drástica como na restante economia mundial», porque pela sua dimensão «não arrisca muito, sendo arrastado para o que é bom e para o que é mau».
O empresário salienta que os problemas económicos e financeiros assolam vários países, incluindo o Japão, o que levou o primeiro ministro a «declarar bancarrota».
Refere que «as pessoas não querem fazer os sacrifícios necessários» e realça que todo o processo «foi mal conduzido nos últimos tempos», classificando de «o maior roubo à humanidade, o que estão a fazer nos offshores, que são casinos sem regulamentos».
Critica os governos mundiais por não terem «optimizado os regulamentos para acabar com as malandrices nos offshores, tanto por franceses, como europeus e africanos».
«Foi uma meia dúzia de homens que manipularam estas situações e estão a gozar da humanidade e vamos todos sofrer com isso», conclui.
Lusa / SOL
1 comentário:
Puxa... o tipo é mais revolucionário que o Che Guevara... O Depois ri-se.. LOOOOL
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