O filme circulou no YouTube e em Julho do ano passado chamou a atenção de três portugueses - Nuno Mendes, Paulo Torres e Rui Marinho -, unidos pela paixão dos passeios em veículos todo-o-terreno. "O Nuno Mendes viu e mandou-nos", conta Paulo Torres, 50 anos, comerciante de Braga. "Eu respondi: "Vamos a isso"", diz Paulo Torres.
Passaram-se oito meses e amanhã mais de cem mil portugueses vão varrer o país, literalmente, libertando-o de uma das maiores chagas da sua paisagem: os depósitos ilegais de entulhos, electrodomésticos, plásticos, pneus e outros testemunhos históricos da falta de civismo. A ideia inicial transformou-se numa das maiores mobilizações colectivas de sempre em torno de uma causa ambiental.
Ironicamente, nenhum dos três fundadores do projecto Limpar Portugal pertence a uma associação ambientalista. "Não sou activista, nem pretendo ser", diz Paulo Torres. O movimento opera com uma estrutura informal, sem estatutos, nem burocracias, e sem dinheiro. Todos os apoios obtidos são em espécie ou em serviços.
O que fez a ideia alastrar como mancha de óleo foi a Internet. "Abrimos uma rede social e passados alguns dias tínhamos mais de mil pessoas dispostas a participar", afirma Torres. Até ontem, a rede social criada na plataforma Ning já tinha mais de 46 mil adeptos. Muitas inscrições são colectivas - juntas de freguesia, escolas, empresas. Por isso, esperam-se pelo menos o dobro de pessoas.
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