quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Grande Porto à frente na Agenda 21 Local




O Grande Porto é a região do país onde a percentagem de processos de Agenda 21 Local, programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável, é mais elevada, com 37 por cento.O Norte e o Grande Porto registam uma maior percentagem de processos "porque a maioria deles estão desenvolvidos nas freguesias", afirmou ontem Marta Pinto, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, autora de um estudo sobre a Agenda 21 Local em Portugal.
De acordo com o estudo, existem actualmente por todo o país 139 processos de Agenda 21 Local, sendo que 118 são a nível de concelho e 21 em freguesias. A região Centro aparece em segundo lugar, com 23 por cento, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, com 18 por cento. O Alentejo regista 17 por cento dos processos nacionais e o Algarve apenas quatro por cento, sendo que as ilhas, Madeira e Açores, aparecem em último lugar.
Marta Pinto, que falava na conferência subordinada ao tema Pensar global, agir local, realizada no Centro de Congressos do Estoril, no âmbito do Green Festival, frisou também a evolução do número de processos desde 1996, com um maior destaque para 2003 e 2005, anos em que o número de inscritos aumentou "estrondosamente".
No entanto, a bióloga lembrou ainda os problemas da Agenda 21, realçando a falta de comprometimento político, "factor chave e de que muitos se esquecem". "Os políticos que inicialmente se envolvem no projecto mostram-se muito entusiasmados e prometem ajudar, mas depois perdem a noção de que é necessário dar continuidade aos processos", afirmou Marta Pinto à Lusa.
A Agenda 21 Local é um programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável local e inclui sistemas e processos que visam a integração do desenvolvimento ambiental, económico e social no processo de planeamento.
publico

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