O Grande Porto é a região do país onde a percentagem de processos de Agenda 21 Local, programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável, é mais elevada, com 37 por cento.O Norte e o Grande Porto registam uma maior percentagem de processos "porque a maioria deles estão desenvolvidos nas freguesias", afirmou ontem Marta Pinto, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, autora de um estudo sobre a Agenda 21 Local em Portugal.
De acordo com o estudo, existem actualmente por todo o país 139 processos de Agenda 21 Local, sendo que 118 são a nível de concelho e 21 em freguesias. A região Centro aparece em segundo lugar, com 23 por cento, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, com 18 por cento. O Alentejo regista 17 por cento dos processos nacionais e o Algarve apenas quatro por cento, sendo que as ilhas, Madeira e Açores, aparecem em último lugar.Marta Pinto, que falava na conferência subordinada ao tema Pensar global, agir local, realizada no Centro de Congressos do Estoril, no âmbito do Green Festival, frisou também a evolução do número de processos desde 1996, com um maior destaque para 2003 e 2005, anos em que o número de inscritos aumentou "estrondosamente".
No entanto, a bióloga lembrou ainda os problemas da Agenda 21, realçando a falta de comprometimento político, "factor chave e de que muitos se esquecem". "Os políticos que inicialmente se envolvem no projecto mostram-se muito entusiasmados e prometem ajudar, mas depois perdem a noção de que é necessário dar continuidade aos processos", afirmou Marta Pinto à Lusa.
A Agenda 21 Local é um programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável local e inclui sistemas e processos que visam a integração do desenvolvimento ambiental, económico e social no processo de planeamento.
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