Os Green Day estão de regresso aos palcos portugueses, para um concerto a 28 de Setembro, no Pavilhão Atlântico (Lisboa). O regresso tarda, mas promete ser em grande. Primeiro, porque a banda californiana promete três horas de música. Depois, porque está num momento de particular boa forma, como atesta o novo "21st Century Breakdown".
Estamos bem longe da ingenuidade de "39/Smooth", o primeiro disco que assinaram, em 1990, e do seu sucessor, "Kerplunk" (1992). A actual fase também contrasta com o tom comercial de "Dookie" (1994), que teve o dom de os catapultar para a fama global graças a temas como "Basket case" ou "When I come around". Com "Insomniac" (1995) as vendas afrouxaram, mas cresceu a agressividade dos temas, que seria devidamente orientada para "Nimrod" (1997).
Em 2000, chegava "Warning", um disco que exibia uma veia mais politizada. Desde esse ano que Portugal não via a banda de Billie Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt. Seguiu-se "American Idiot" (2004), um álbum com potencial para ser transformado numa ópera punk-rock com um olhar muito crítico sobre os usos e costumes da sociedade americana. Neste "21st Century Breakdown", optaram novamente por escrever canções unidas por um fio condutor. Mais do que isso, produziram uma verdadeira narrativa musical (está até dividida em actos) que conta a história de dois jovens: Christian e Gloria. E, mais uma vez, a crítica rendeu-se-lhes.
Foram estas as várias etapas de um crescimento que tanto nos aproximou como afastou da banda, sem nunca nos deixar sair do seu coração: o punk-rock. Hoje, os Green Day são uma das mais respeitadas bandas do género. Parafraseando a "Rolling Stone", os "pirralhos" dos anos 90 não só cresceram, como surpreendem a cada momento. E, como sublinha a revista, nem precisavam de se esforçar tanto porque, na verdade, não têm competição.
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