quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mafalda, a contestatária, faz 45 anos

Mafalda, a personagem de banda desenhada que o argentino Quino idealizou para um anúncio a electrodomésticos, transformou-se numa das mais improváveis e divertidas comentadoras políticas da actualidade mundial nos anos 1960. Celebra hoje 45 anos

"iPhone" pode vir a ser retirado do mercado europeu



A Comissão Europeia avisou a Apple, fabricante do "iPhone", que, caso se prove que o aparelho é um perigo para a saúde, o retirará do mercado.
A Comissão pediu explicações à empresa relativamente aos casos de aparelhos que terão explodido recentemente. A Apple negou sempre e atribui alguns dos problemas a "mau uso".
Meglena Kuneva, comissária para os consumidores citada pelo Diário Económico, refere que a Comissão tem de "estar 100% certa de que o produto é perigoso", mas que, se tal se provar e "se for necessário", não hesitará em retirá-lo do mercado europeu.
No entanto, o comissariado para os consumidores salientou o facto de não existirem, até à data, provas de que os "iPhones" representam um perigo para a saúde dos seus utilizadores.
"Estamos em contacto com as autoridades nacionais e o fabricante e esperamos as respostas para tirar conclusões", explicou Meglena Kuneva.
Vários foram os casos registados um pouco por toda a Europa de aparelhos da Apple a "explodir". Em Julho, o ecrã do "iPhone" de Rolland Caufman, um octogenário francês, partiu subitamente, uma semana depois da compra do aparelho.
Vários grupos de defesa dos consumidores na Europa estavam já a investigar os casos denunciados.
dn

Cuidado. A sua identidade pode estar à venda no mercado negro da internet


Kashima Brown estava em casa, na Califórnia, quando recebeu o telefonema de um amigo. "O que é que te aconteceu?!", perguntava ele, preocupado, depois de ter recebido um email urgente a dizer que estava perdida e precisava de dois mil dólares para regressar a casa.

Surpreendida, Kashima negou que estivesse em apuros e considerou que tinha sido alvo de uma brincadeira. Uns minutos mais tarde, outro amigo telefonou com a mesma pergunta, e outro ainda pouco tempo depois. Mas Kashima só ficou verdadeiramente alerta quando a Western Union lhe ligou a confirmar uma transferência de dez mil dólares para uma conta no estrangeiro. Estava a ser vítima de um ataque de cibercriminosos, que roubaram todas as informações da sua conta PayPal depois de Kashima ter caído num esquema de phishing.
"Nunca tinha ouvido falar de phishing e recebi um email da PayPal a dizer que era preciso confirmar alguns dados. Nem hesitei, carreguei no link e fiz o que pediam." Kashima Brown, que trabalha como analista em São Francisco, escapou por muito pouco ao roubo de identidade de que foi alvo. Mas esta não é a regra, é a excepção: de acordo com os especialistas em segurança da Symantec, empresa que fabrica o software Norton, uma em cada cinco pessoas serão alvo de cibercrime. Muitas delas vão perder milhares de euros e podem até ficar endividadas para o resto da vida. E como funciona o cibercrime? O que a polícia descobriu nos últimos dois anos é, no mínimo, assustador.
Mercado negro Existe uma economia paralela de piratas, que funciona na internet e que muitos especialistas e agentes da autoridade desconheciam até há pouco tempo. Nestes mercados negros virtuais, há gangues organizados que compram e vendem cartões de crédito, endereços de email, contas bancárias e até identidades completas em modo grossista - isto é, em pacotes. Cartões de crédito e credenciais de contas bancárias são os maiores alvos. E agora até estão na moda as promoções. Por exemplo: "Oferta especial! Receba um cartão de chamadas grátis por cada pacote de identidades comprado!"
Con Mallon, director de produtos de consumo da Symantec, explica que os anúncios e contactos são feitos em salas de chat ultraprivadas, de muito difícil acesso, e há mesmo brokers (corretores) que medeiam a aquisição e o pagamento - normalmente em equivalentes de dinheiro.
Os hackers dão pontuação uns aos outros e constroem um sistema de reputação semelhante ao do eBay, pelo que não é fácil para um agente da polícia infiltrar--se no sistema. Além disso, os membros dos gangues estão espalhados por todo o mundo e fazem as transacções em países sem legislação para a internet ou com enquadramento penal frágil. Há pouco tempo, um pirata que estava perto de ser acusado candidatou-se às eleições para o parlamento ucraniano e conseguiu ser eleito. Dessa maneira ganhou imunidade parlamentar.
Já os preços dos itens roubados variam muito, conforme a reputação do hacker e a quantidade de elementos conseguidos. Se for um cartão de crédito normal, vale apenas 0,10 euros. Se for um cartão de crédito com ccv, aquele código de segurança inscrito na parte de trás, pode custar até 30 euros. Uma conta bancária chega aos 700 euros. Se for uma identidade completa, estamos a falar de mais de 1000 euros.
Segundo as contas dos especialistas, só os cartões de crédito roubados que estão à venda no mercado negro valem 3,6 mil milhões de euros. Mas, apesar de já ser uma actividade mais lucrativa que o tráfico de droga, há muito menos hipóteses de que estes criminosos venham a ser apanhados e condenados. Recentemente, as autoridades conseguiram desmantelar e fechar dois mercados negros, o "Dark Market" e o "Shadow Crew". No entanto, os especialistas sabem que é difícil evitar que surjam outros, tal é o apelo do cibercrime.
Perfil do cibercriminoso Esqueça o génio informático solitário que se divertia a entrar em sistemas de alta segurança e a escrever vírus de disseminação mundial nos anos 90. Nos últimos cinco anos, apareceram cibercriminosos completamente diferentes. São mais velhos, têm estudos e estão organizados em células, um pouco à semelhança da organização terrorista Al-Qaeda. Uma vez que há kits de pirataria à venda na internet, nem sequer precisam de entender muito de informática. Por exemplo, um pacote para gravar todas as teclas que a vítima usa (e assim determinar códigos e palavras-passe) custa apenas 20 dólares (13,6 euros). "O pirata é apenas um elemento técnico da organização criminosa", explica ao i Sergio Staro, comissário da divisão de crime informático da Polícia Italiana, para quem é necessária a criação de uma força internacional dedicada em exclusivo ao cibercrime. Já Vincent Weafer, responsável de desen-volvimento na Symantec, alerta para a importância de educar os cibernautas. A empresa está a lançar uma série de iniciativas para promover o novo software Norton 2010, com uma abordagem radicalmente diferente das anteriores, e com uma campanha educativa associada: ter atenção aos links em emails e no messenger, cuidado ao descarregar programas, desconfiar de desconhecidos nas redes sociais, fazer back-up da informação. Sabia que nove em cada dez emails em todo o mundo são fraudulentos? As hipóteses de cair num esquema são demasiado elevadas para não prestar atenção.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cartoon


Sócrates e PS. Reféns dos favores de um Parlamento de combate





Ao fim de quatro anos e meio, o "animal feroz" vai dar lugar ao "português suave". A nova geografia parlamentar anulou a maioria absoluta do Partido Socialista e José Sócrates vai ter de saber conjugar verbos pouco ouvidos desde 2005: ceder, negociar, dialogar. Ou, como disse ontem Manuel Alegre, "o novo parlamento vai exigir outro talento político [ao poder executivo]".

Por quanto tempo? Dois anos? Quatro anos? Essa é a grande incógnita. Contudo, por agora, há pelo menos uma certeza: à espera de Sócrates vai estar um parlamento com renovados poderes fiscalizadores e capacidade de influência. Miguel Morgado, doutorado em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, explica porquê: "Olhamos para a nova configuração da Assembleia da República e vemos um CDS reforçado e um Bloco de Esquerda reforçado. E tanto à esquerda como à direita, ninguém vai fazer favores ao PS. É um Parlamento com mais influência, sobretudo para vetar as iniciativas do governo."
Encurralado, Sócrates olha para a direita e vê uma maioria PSD-CDS: 99 deputados, ou 78 mais 21 respectivamente.
À esquerda estão forças que durante a campanha se mostraram pouco disponíveis para ajudar o PS. E sabem que se o fizerem podem pagar um elevado preço político. Por isso, a grande questão é saber o que é que Sócrates vai fazer para passar no Parlamento legislação crucial. "Acredito que Sócrates vai arriscar tudo e não vai fazer coligações com nenhum partido, apostando antes em acordos pontuais", prevê Morgado.
As eleições reequilibraram as relações de força no Parlamento e consagraram o CDS como terceira força política nacional, com o melhor resultado desde 1985. Com perto de 600 mil votos, os populares elegeram deputados na maioria dos círculos e conseguiram até um mandato na Madeira. No lado oposto do arco parlamentar, o Bloco de Esquerda cumpriu todos os objectivos - só não conseguiu ser a terceira força - e dobrou a representação parlamentar: de oito para 16 mandatos. Más notícias para Sócrates? "Há um enorme reforço do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda. E, apesar da vitória pessoal de José Sócrates, o BE vai aumentar a pressão sobre a coesão interna dos socialistas", vaticina Morgado. Com menos razões para comemorar ficou Jerónimo de Sousa. Embora o PS tenha perdido a maioria absoluta e a CDU até tenha crescido em número de votos (mais 14 mil sufrágios), a aliança entre comunistas e verdes passa a ser a última força parlamentar.
Num parlamento que se adivinha "de combate", destaque para o regresso de Ribeiro e Castro e a entrada de Assunção Cristas. Reforços para uma bancada que perdeu, para a Europa, Diogo Feio e Nuno Melo. Nas fileiras do PSD perdeu-se Pedro Santana Lopes e Paulo Rangel. Mas Manuela Ferreira Leite já disse que fica e vai ter a companhia de Deus Pinheiro, Pacheco Pereira, Couto dos Santos e Maria José Nogueira Pinto.
Pesos pesados para um parlamento de vida curta? A primeira prova é a apresentação do Programa de Governo e do Orçamento do Estado. Aí Sócrates saberá com o que pode contar. Para já, fica com a certeza de que a Assembleia não pode ser dissolvida nos primeiros seis meses de vida (até Abril de 2010), nem nos últimos seis meses do mandato de Cavaco Silva (Setembro de 2010 e Março de 2011).
Na agenda socialista, o semestre que corre de Abril a Setembro de 2010 está sublinhado a vermelho: é aí que o Parlamento pode cair.

O que acontece quando um girassol fuma 97 cigarros


A lei que proíbe o fumo em espaços públicos fechados entrou esta semana em vigor em São Paulo, no Brasil.

Como em Portugal, a contestação seguiu-se à entrada em vigor da lei. Para contra-atacar, um movimento anti-tabaco resolveu fazer esta experiencia, em que dois girassóis são submetidos a condições de luz e humidade idênticas, mas apenas um deles é exposto ao fumo de cem cigarros. A planta morreu ao 97º cigarro.ionline

Contra a crise: formar, formar!


É público: Portugal está em recessão económica. Convenhamos que não é novidade para ninguém e que até os tarólogos de fim-de-semana conseguiram antever esta situação. De facto, a crise norte-americana do subprime teve consequências globais e afectou toda a economia mundial.
A grande questão neste momento é saber quando chega a retoma. Por um lado, os mais optimistas crêem que vai surgir no final deste ano. Por outro lado, os cépticos dizem que estas previsões são utópicas e que ainda vai haver mais uma quebra da economia – em Setembro – e que o mundo só vai começar a recuperar em 2011.

Insiro-me no primeiro grupo e quero acreditar que a recuperação já está à vista. Lamentações nunca ajudaram um barco a chegar a bom porto. Só com trabalho, espírito construtivo e conhecimento se conseguem atingir objectivos. Sejam eles colectivos ou individuais
Enquanto não conseguimos atracar em porto seguro – leia-se, estabilidade económica – há que apostar na valorização e qualificação profissional.
Em alturas de crise, como a que vivemos actualmente, as organizações dividem-se em duas categorias: as que privilegiam uma estratégia de curto prazo, funcionam muito numa lógica de presente e tendem a cortar em tudo o que são despesas relacionadas com recursos humanos, incluindo formação; e as que vêem os colaboradores como o activo mais importante e a saída para a crise, apostando na qualifi- cação para ultrapassar as adversidades.
A história dá razão aos segundos. É, justamente, em alturas de crise que as empresas devem apostar na formação e valorização dos profissionais. Se os colaboradores souberem gerir eficazmente o tempo, estiverem qualificados para resolver conflitos de forma assertiva e melhor trabalhar em equipa, por exemplo, com certeza que a produtividade vai aumentar e os resultados corporativos vão ser melhores.
Tudo depende, portanto, do líder que está à frente dos destinos da empresa. Mas não só. Actualmente, os profissionais individuais estão conscientes da importância da formação para se diferenciarem eficazmente num mercado de trabalho cada vez mais agressivo.
O mundo profissional é uma luta constante e só os que privilegiam a valorização pessoal conseguem actualizar conhecimentos e manter-se competitivos.
Estudar, trabalhar e investigar parecem ser, assim, as soluções para a crise actual. Quer seja numa lógica colectiva, quer seja numa perspectiva individual.A palavra de ordem é mesmo Formação. Para bem de todos e para bem do país: contra a crise, formar, formar! Porque ‘Novas Oportunidades’ devem ter todos. Independentemente do regime de trabalho, função ou sector.
sol

Green Day

Os Green Day estão de regresso aos palcos portugueses, para um concerto a 28 de Setembro, no Pavilhão Atlântico (Lisboa). O regresso tarda, mas promete ser em grande. Primeiro, porque a banda californiana promete três horas de música. Depois, porque está num momento de particular boa forma, como atesta o novo "21st Century Breakdown".

Estamos bem longe da ingenuidade de "39/Smooth", o primeiro disco que assinaram, em 1990, e do seu sucessor, "Kerplunk" (1992). A actual fase também contrasta com o tom comercial de "Dookie" (1994), que teve o dom de os catapultar para a fama global graças a temas como "Basket case" ou "When I come around". Com "Insomniac" (1995) as vendas afrouxaram, mas cresceu a agressividade dos temas, que seria devidamente orientada para "Nimrod" (1997).
Em 2000, chegava "Warning", um disco que exibia uma veia mais politizada. Desde esse ano que Portugal não via a banda de Billie Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt. Seguiu-se "American Idiot" (2004), um álbum com potencial para ser transformado numa ópera punk-rock com um olhar muito crítico sobre os usos e costumes da sociedade americana. Neste "21st Century Breakdown", optaram novamente por escrever canções unidas por um fio condutor. Mais do que isso, produziram uma verdadeira narrativa musical (está até dividida em actos) que conta a história de dois jovens: Christian e Gloria. E, mais uma vez, a crítica rendeu-se-lhes.
Foram estas as várias etapas de um crescimento que tanto nos aproximou como afastou da banda, sem nunca nos deixar sair do seu coração: o punk-rock. Hoje, os Green Day são uma das mais respeitadas bandas do género. Parafraseando a "Rolling Stone", os "pirralhos" dos anos 90 não só cresceram, como surpreendem a cada momento. E, como sublinha a revista, nem precisavam de se esforçar tanto porque, na verdade, não têm competição.

domingo, 27 de setembro de 2009

Borlas da semana: Dia da Música, aulas de dança e muito mais!


Graças ao Dia da Música, muitas são as actividades, a custo zero, que celebram esta data. Mas, ao longo da semana de 28 de Setembro a 4 de Outubro, escape.pt descobriu muitos locais onde aprender e divertir-se, sozinho, a dois ou em família, sem gastar um cêntimo de 28 de Setembro a 4 de Outubro. Divirta-se sem se preocupar com o peso da carteira!
Dia da Música no Porto

A Música vai sair à rua, passear por praças, jardins e avenidas, por iniciativa da Casa da Música. Estão agendadas, além de actuações em espaços públicos, verdadeiros concertos nos autocarros dos STCP. Caleidoscópio de estilos musicais, o Dia Mundial da Música 2009 ficará definitivamente marcado pela formação de um grande grupo de saxofonistas composto por músicos profissionais e amadores, alunos e professores.

Música nas Praças de Lisboa

Para assinalar o Dia Mundial da Música, vai poder assistir a diversos concertos da Orquestra Metropolitana de Lisboa em várias praças da Baixa-Chiado (Largo do Carmo, Largo do S. Carlos, Pátio Siza Vieira, Ruínas do Carmo e Largo Duque do Cadaval). Ao longo do dia é possível assistir a recitais e actuações de coros, orquestras e diversas formações musicais. Consulte o programa completo da iniciativa Música nas Praças.

Ecos do Órgão

No dia 1 de Outubro, no âmbito da iniciativa Ecos do Órgão vai poder assistir a diversos concertos, todos com início às 21h00, nomeadamente, na Capela do Mosteiro de Jesus, em Aveiro, na Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, na Igreja do Convento de Santa Maria de Semide, em Miranda do Corvo, e na Capela do Santuário de Nossa Senhora da Esperança, em Sátão. No Teatro-cine de Pombal, actua a Banda Nova de Fermentelos.

Carlos do Carmo em Viana do Alentejo

Segunda-feira, dia 28 de Setembro, pelas 22h00, Carlos do Carmo actua na tenda de espectáculos da Feira d'Aires, em Viana do Alentejo.

Scalabis Urbe em Santarém

A zona histórica de Santarém recebe, de 25 de Setembro a 4 de Outubro, a segunda edição do Scalabis Urbe. Trata-se de uma iniciativa interactiva e aberta à participação de toda a sociedade que contempla workshops, conferências, showcases, concertos, demonstrações, espectáculos, instalações de arte, exposições, entre outras actividades. Consulte toda a programação do Festival Scalabis Urbe.

Aulas de Dança

Em Lisboa, mais precisamente, na Fórum Dança, na LX Factory (Alcântara) decorrem entre dia 28 de Setembro e dia 3 de Outubro, aulas de dança gratuitas. Trata-se de uma semana experimental, para futuros cursos de dança criativa, dança contemporânea, ballet, pilates e barra de chão.

Vinhos do Alentejo no Casino Estoril

Se quer saber mais sobre vinhos, os especialistas convidados pela organização de Vinhos do Alentejo no Casino Estoril dão dicas para se tornar um verdadeiro conhecedor. Sexta-feira, dia 2 de Outubro, no Lounge Alentejo, decorre, pelas 16h30, a acção Brancos Aromáticos, com Manuel Moreira., segue-se Boas Compras para o dia-a-dia, pelas 19h30, com Manuel Moreira. Sábado, dia 3 de Outubro, decorrem as acções Tintos Jovens, pelas 16h30, com Manuel Moreira, seguindo-se Rosés a experimentar, pelas 19h30.

Festival do Chícharo

A Câmara de Alvaiázere promove entre os dias 3 e 5 de Outubro mais uma edição do Festival Gastronómico do Chícharo, um certame terá como ingrediente principal esta peculiar leguminosa. Para além da gastronomia, o festival conta com um vasto conjunto de mostras de artesanato, jogos tradicionais e oficinas, bem como as emblemáticas arruadas e passeios de burro. Outras actividades passam pelo teatro e por concertos de Rita Red Shoes, Olive Tree Dance e Farra Fanfarra. Todas actividades são grátis.

Casa das Histórias de Paula Rêgo

Pode visitar a Casa das Histórias de Paula Rêgo, entre as 10h00 às 22h00. Na Casa das Histórias, em Cascais, habitam 121 obras, entre as quais 16 da famosa pintora e algumas peças do marido, Victor Willing.

Mercadinho de Outono em Cacela Velha

O Mercadinho de Outono decorre em Cacela Velha, no domingo, dia 4 de Outubro, entre as 10h30 e as 17h30. Dedicado ao Outono, o mercadinho contempla, artesanato, produtos reciclados, bijutaria, produtos de design, flores, animação de rua e como vem sendo tradição, um espaço para "trocas e baldrocas" que pode ser utilizado para a venda ou troca de trapos, discos ou livros.

Feira Medieval em S. Silvestre

Em S. Silvestre, concelho de Coimbra, decorre nos dias 3 e 4 de Outubro, uma feira medievla. O recinto da feira será animado por música medieval, almoço e jantar medieval, animação teatral, espectáculos de demonstração de águias (dia 4, às 14h00 e às 19h00), apresentação de histórias tradicionais infanto-juvenis musicadas, um cortejo real, espectáculos de música medieval, danças e lutas da época medieval.

Casulo das Histórias em Bragança

No Centro de Ciência Viva de Bragança, realiza-se no dia 4 de Outubro, a iniciativa Casulo das Histórias, vocacionada para crianças dos 4 aos 10 anos. A actividade começa às 15h00, no auditório da Casa da Seda, e os participantes vão conhecer diversas histórias com muita ciência.

Ecstasy e Viagra invadem noite dos jovens


Na noite dos jovens há uma nova moda: os cocktails bombásticos de ecstasy e Viagra.
Cada vez mais, os jovens usam drogas recreativas na noite. A mistura de ecstasy e Viagra já é banal.

Nos últimos anos, foram publicados inúmeros estudos sobre o consumo de Viagra entre uma população cada vez mais jovem, que toma o famoso comprimido azul associado a outro tipo de drogas para fins exclusivamente recreativos. Todos eles alertam para o perigo associado ao seu uso sistemático, pois pode causar danos irreversíveis no sistema límbico e provocar impotência .expresso

Em terra de cegos...


A campanha eleitoral burguesa chegou ao fim. As hostes do sistema instalado grunhiu palavreado a granel, alguns, os mais espertos, colavam-se na procura de tacho, os menos, sempre na peugada do “chefe” e na procura infinita do mesmo (tacho), lá iam aparecendo, algo envergonhados, mas sempre imbuídos do mesmo propósito, o beija-mão constante. Foi vê-los de bandeira em punho, sorridentes e felizes sempre na esperança dum qualquer lugarzito numa qualquer empresa pública, ou, quem sabe, num lugar mais destacado pela estranja.
O Povo (o mais politizado!!!!sic), lá se vai dando ao “trabalho” de a troco de uns almocitos, ou uma ou outra passeata, (ambas à borla já se vê, pois a “crise” é basta e não toca a todos), lá vai “alimentando” o sistema e de quem vive à sua custa.
O restante Povo (o menos politizado!!!!sic), assiste impávido e nem sempre sereno a todo este melancial de gestos, tiques, arrogância, estupidez, aldrabices, intolerância, prepotência, demagogia, incoerência, etc., esperando pela oportunidade de construir um verdadeiro país de pessoas livres e independentes, o que para alguns (os mais politizados), é uma utopia (será que sabem a significado da palavra?).Enquanto se mantiver todo este matrix, em que o Homem é dominado pelas máquinas partidárias, pelos mídia que tresandam a lavagem de dinheiro e pelos chico-espertos, nunca será Livre. Para o ser, temos de ser unidos e corajosos, acreditar-mos em nós e não em vendedores de sonhos ou quimeras douradas.

Dream Theater-Wither

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

René Magritte


Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, no dia 21 de Novembro de 1898, filho caçula de Léopold Magritte. Em 1912, sua mãe cometeu suicídio por afogamento no rio Sambre. Magritte estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio.
Em 1916, ingressou na Académie Royale des Beaux-Arts, em Bruxelas, onde estudou por dois anos. Foi durante esse período que ele conheceu Georgette Berger, com quem se casou em 1922. Trabalhou em uma fábrica de papel de Parede, e foi designer de cartazes e anúncios até 1926, quando um contrato com a Galerie la Centaure, na capital belga, fez da pintura sua principal atividade. Nesse mesmo ano, Magritte produziu sua primeira pintura surrealista, Le jockey perdu, tendo sua primeira exposição apresentada no ano seguinte. René Magritte praticava o surrealismo realista, ou “realismo mágico”. Começou imitando a vanguarda, mas precisava realmente de uma linguagem mais poética e viu-se influenciado pela pintura metafísica de Chirico.
Magritte tinha espírito travesso, e, em A queda, seus bizarros homens de chapéu-coco despencam do céu absolutamente serenos, expressando algo da vida como conhecemos. Sua arte, pintada com tal nitidez que parece muitíssimo realista, caracteriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte: A Queda tem uma estranha exatidão, e o surrealismo atrai justamente porque explora nossa compreensão oculta da esquisitice terrena.
Mudou-se para Paris em 1927, onde começou a se envolver nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp.
Quando a Galerie la Centaure fechou e seu contrato encerrou, Magritte retornou a Bruxelas. Permaneceu na cidade mesmo durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial. Seu trabalho foi exposto em 1936 na cidade de Nova York, Estados Unidos, e em mais duas exposições retrospectivas nessa mesma cidade, uma no Museu de Arte Moderna, em 1965, e outra no Metropolitan Museum of Art, em 1992.

Grande Porto à frente na Agenda 21 Local




O Grande Porto é a região do país onde a percentagem de processos de Agenda 21 Local, programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável, é mais elevada, com 37 por cento.O Norte e o Grande Porto registam uma maior percentagem de processos "porque a maioria deles estão desenvolvidos nas freguesias", afirmou ontem Marta Pinto, da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, autora de um estudo sobre a Agenda 21 Local em Portugal.
De acordo com o estudo, existem actualmente por todo o país 139 processos de Agenda 21 Local, sendo que 118 são a nível de concelho e 21 em freguesias. A região Centro aparece em segundo lugar, com 23 por cento, seguida de Lisboa e Vale do Tejo, com 18 por cento. O Alentejo regista 17 por cento dos processos nacionais e o Algarve apenas quatro por cento, sendo que as ilhas, Madeira e Açores, aparecem em último lugar.
Marta Pinto, que falava na conferência subordinada ao tema Pensar global, agir local, realizada no Centro de Congressos do Estoril, no âmbito do Green Festival, frisou também a evolução do número de processos desde 1996, com um maior destaque para 2003 e 2005, anos em que o número de inscritos aumentou "estrondosamente".
No entanto, a bióloga lembrou ainda os problemas da Agenda 21, realçando a falta de comprometimento político, "factor chave e de que muitos se esquecem". "Os políticos que inicialmente se envolvem no projecto mostram-se muito entusiasmados e prometem ajudar, mas depois perdem a noção de que é necessário dar continuidade aos processos", afirmou Marta Pinto à Lusa.
A Agenda 21 Local é um programa de acção que visa o desenvolvimento sustentável local e inclui sistemas e processos que visam a integração do desenvolvimento ambiental, económico e social no processo de planeamento.
publico

Paula Rêgo abre hoje as portas da sua Casa das Histórias em Cascais

A Casa das Histórias Paula Rego, que apresentará duas exposições temporárias por ano - a inaugurar na Primavera e no Outono - abre com uma dedicada a trabalhos da artista, criados entre 1987 e 2008.


Esta primeira mostra inclui «obras icónicas» como a primeira obra, intitulada Life Painting (1954), criada enquanto estudante da Slade School of Fine Art, em Londres, até às mais recentes como A Filha do Polícia, quadros da série Avestruzes Bailarinas, e a célebre Mulher Cão (1994), primeira obra a pastel realizada por Paula Rego, 73 anos. .
Globalmente, a colecção do novo museu conta com a totalidade da obra gráfica da artista, num total de 257 exemplares, com várias centenas de desenhos, algumas dezenas de pinturas emprestados pela artista por uma década, também de Victor Willing, seu marido já falecido, e ainda a tapeçaria com o tema Batalha de Alcácer-Quibir, adquirida pelo município de Cascais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tempestade de areia. Australianos acordam em Marte



Portugal foi o país que mais desperdiçou fundos comunitários


Portugal perdeu no ano passado 71 milhões de euros de fundos estruturais comunitários por falta de absorção no prazo previsto, o que representa o valor mais elevado dos 27 países da União Europeia (UE), avança o jornal Público.
Segundo explica o Público, deste montante, 64 milhões referem-se a ajudas agrícolas, cinco milhões a ajudas regionais e dois milhões a financiamentos na área das pescas que foram «comprometidos» em 2005 e deveriam ter sido gastos até ao fim de 2008.

A perda destes fundos resulta da chamada regra N+2 que impõe a perda definitiva dos fundos que não sejam gastos num prazo máximo de dois anos a partir do ano em que foram comprometidos, como explica o jornal.
Escreve ainda o Público que a Comissão Europeia desdramatiza as perdas portuguesas, frisando que representam apenas dois por cento do total dos fundos que estavam previstos neste ano para o país.
SOL

terça-feira, 22 de setembro de 2009

De auscultadores para que futuro?


Para quem ouvia o gramofone no início do século XX, ou a cassete nos anos 80, seria inimaginável este mundo actual de Internet e mp3, de épicos de mil instrumentos criados num apartamento. O futuro da música - o nosso futuro como ouvintes, portanto, de iPod no bolso, "phones" na cabeça, dez ou 20 CD para ocasiões especiais - nunca foi tão imprevisível como agora. E não começa só daqui a 104 dias, quando entrarmos em 2010: já começou. Vai valer tudo, até ressuscitar a cassete.


Eis-nos numa sumptuosa casa parisiense, em plenos Campos Elísios. Uma orquestra toca num salão, animando alguns dos convivas. Não todos, que há quem prefira ouvir teatro ou ópera noutra divisão, seleccionando o canal que o espírito julgue adequado ao momento, há quem prefira ser senhor total da companhia sonora e, noutra divisão ainda, seleccione o registo que queira ouvir, do princípio ao fim, com as interrupções que julga apropriadas. Relato de hoje, tempo de mil dispositivos e outras tantas plataformas de lazer, de iPhones, iPods, iTunes, Blu-Ray e Surround 5.1? Nem por isso. Relato de uma festa no 202 dos Campos Elísios, mansão de Jacinto de Tormes, personagem principal de "A Cidade e As Serras", romance póstumo de Eça de Queirós, editado em 1901 - esta não parecerá, convenhamos, a forma mais apropriada de iniciar um texto que se pretende sobre o futuro. E, no entanto, avançamos.

A animação na mansão: a orquestra, o Teatrofone ligado por linha telefónica às grandes salas parisienses, o gramofone soltando melodias preservadas em cilindros de cera. O início desta história: a íntima relação entre tecnologia e música. Uma alimentando a outra, conduzindo-a à mudança - quer por aproveitamento, quer por reacção. Resumindo: do gramofone de início do século XX à música feita em Playstation no XXI.
Na viragem de século parisiense em que encontrámos Jacinto, estávamos à beira de uma revolução. Com a possibilidade da gravação, os processos de fruição, criação e interpretação da música transformar-se-iam irremediavelmente. Nessa altura, compositores como John Philip Sousa, catastróficos, anunciaram o fim das cantorias amadoras, caseiras, e o desemprego dos músicos profissionais. Outros, por sua vez, elogiaram a democratização que o invento traria: a música, toda a música, dos cantores populares aos líricos, das grandes orquestras aos pequenos combos, acessível a todos (onde é que já ouvimos isto, e recentemente?).

Como sabemos, o apocalipse de Sousa não se concretizou. Como sabemos, a democratização tornou-se realidade - e a necessidade de adaptação ao modo "democrático" não demorou a fazer-se sentir. A trompete de Louis Armstrong e os metais das bandas jazz, tornaram-se quase omnipresentes: ultrapassavam com o seu poder estridente as limitações do gramofone que era, por exemplo, pouco dado às subtilezas das cordas de uma orquestra - problema que não se punha, outro exemplo, com as gravações do tenor Enrico Caruso, cuja voz ampla e poderosa, captada e amplificada de uma forma única, o transformou numa das primeiras estrelas da alvorada da música gravada.
Naquele período, maestros empalideceram ao ouvir, nas gravações de ensaios e de concertos, incorrecções de que nunca se tinham apercebido.

Os violinistas passaram a usar mais assiduamente o "vibrato", até então recurso esporádico, dado que o som assim produzido dava, nas gravações, outro peso à sua presença, e os dadaístas, vendo mais longe, utilizaram os gramofones não como emissores, mas como instrumentos de criação musical. Quais proto-DJs vanguardistas, organizaram sessões em que ligavam vários gramofones em simultâneo e em diferentes velocidades, procurando descobrir na música novos sentidos - tudo isto é explicado por Alex Ross, crítico de música da "New Yorker", num artigo, publicado em Junho de 2005, sobre "Capturing Sound: How Technology Has Changed Music" (University Of California Press, 2004), o livro de Mark Katz.

Imersos em som

"Fast-forward" até 2009. Para os inventores de inícios do século XX, seria inimaginável isto que agora temos: tanto mundo imaterial e tudo passível de ser utilizado para a criação musical - de resto, a partir do momento em que John Cage compôs o famoso "4'33"", no longínquo ano de 1952, instaurando o silêncio e o som ambiente como música, ficámos com todo um espaço, imenso, infinito, para preencher. Para os habitantes do início do século XX, prosseguimos, inimagináveis a Internet e as consolas, inimaginável a Torre de Babel que é toda a música de todos os tempos tão facilmente disponível. Inimaginável tê-la tão portátil - 20 mil orquestras e 40 mil bandas num aparelho de "oh-tão-poucos-gramas" -, inimaginável a possibilidade de ser um músico megalómano a criar épicos de mil instrumentos no quarto de um apartamento. Entre tudo isto, porém, algo se mantém inalterável: a forma como a tecnologia ajuda a moldar e a transformar a música que é criada, no início deste século como no início (e no meio, e no fim) do anterior. Diferença substancial: neste momento, as transformações sucedem-se ao ritmo dos "upgrades informáticos" - ou seja, a velocidade supersónica - e manifestam-se de forma múltipla.

Olhemos, por exemplo, para alguém como Andrew Bird. É uma manifestação do seu tempo. A forma como actua ao vivo rege-se por um princípio antigo, desenvolvido por pioneiros como Edgard Varèse ou Stockhausen, e que, por exemplo, o guitarrista Robert Fripp aproveitaria mais tarde, ao criar, no início dos anos 1970, o processo a que chamou Frippertronics: utilizando dois gravadores de fita, gravava, reproduzia e sobrepunha em tempo real várias linhas de guitarra. O que vemos hoje com Andrew Bird, contudo, é essa tecnologia, simplificada para uso massivo (basta um pedal, o loop station), tornar-se elemento comum na música popular dos nossos dias. Manipulando linhas de violino, de guitarra ou melodias de voz em tempo real, Bird, tal como Final Fantasy (Owen Pallett), tal como centenas de músicos mundo fora, cria um novo tipo de interpretação, um novo virtuosismo.

Num momento em que vivemos, como nunca antes, rodeados de som, tudo conta. A facilidade de gravação - possível com um programa razoavelmente barato instalado no computador ou com um mero jogo de Playstation que simule um simplificadíssimo estúdio de gravação - espicaça a criação e os estímulos sonoros constantes criam novos dialectos. Assistimos à transformação de sons de consola em matéria criativa (conferir o grime de Dizzee Rascal), vemos como a música concreta de ontem se transforma na pop de hoje (ouvem-se aspiradores, frequências rádio ou talheres de cozinha nas canções de Micachu & The Shapes). Descobrimos que ferramentas de estúdio utilizadas para esconder deficiências e que, como tal, se mantinham assunto discreto, saltam para plano de destaque e ressurgem como marca identitária: o Auto-Tune, salvador de vozes ou instrumentos desafinados, corrigindo-os electronicamente, é acusado de formatar excessivamente a música mainstream da actualidade, habitada como nunca de timbres estranhamente perfeitos, roboticamente humanos, mas também se tornou a marca de água, devidamente exposta, do rapper T-Pain (na sua ficha na Wikipedia lê-se "instrumento: Auto-Tune") e ponto central do último álbum de Kanye West, "808s & Hearbreak".

Os "miúdos" percebem as diferenças

Paradoxalmente, a evolução tecnológica tem-nos conduzido a um patamar em que a perfeição sonora, a limpidez acústica ou os ínfimos detalhes de produção se tornem quase redundantes. Ouve-se música através de auscultadores em ficheiros mp3, ouve-se música nas colunas dos computadores. Em Maio, o MC e produtor Xeg dizia ao Ípsilon que não se preocupara em enviar o seu último disco, "Outros Tempos", a um profissional que o misturasse: "90 por cento das pessoas, mesmo que comprem o CD, vão passá-lo para mp3 e ouvi-lo nos 'phones'. É preciso estar assim tão arranjado?", questionou. Há algumas semanas, por sua vez, o engenheiro responsável pela remasterização da discografia dos Beatles, Allan Rouse, queixava-se em Abbey Road que poucos iriam dar uma "verdadeira oportunidade" ao meticuloso trabalho de quatro anos que desenvolvera: "Gostava de pegar num desse miúdos que andam na rua com um iPod e trazê-lo aqui para ouvir as diferenças".

Estamos certos de que os "miúdos" perceberiam as diferenças. De resto, muitos deles terão até em casa uma aparelhagem razoável, com um amplificador razoável e uma colunas razoáveis, e recorrerão a ela de tempos a tempos, qual experiência sazonal, muito prezada, mas que não faz parte da fruição quotidiana de música. Ouviriam os Beatles remasterizados em Abbey Road, com altíssima definição sonora. Depois, regressariam a casa. Pegariam numa guitarra roufenha, utilizariam um programa democraticamente acessível a todos e gravariam umas canções que soariam tão bem no leitor de mp3 quanto na tecnologia de ponta dos estúdios de Allan Rouse. Não é isso que acontece com a música de uns No Age, punks catárticos com queda para melodias deliciosamente trauteáveis em baixa fidelidade, e de uns Wavves, mestres do abandono adolescente em glorioso e ruidoso lo-fi? Olhamos para "Wavves", o primeiro álbum, e vemos o futuro a tomar forma (parece, mas não é, um fantasma do passado): gravaram-no em cassete, um formato que, como reacção à deriva hiper-tecnológica da música no século XXI, tem ressurgido pontualmente. Os Times New Viking foram ainda mais além: depois de experimentarem a cassete, deram o grande salto em frente e gravaram o novo álbum, que sai agora, em VHS.

No início do século, maestros empalideceram ao ouvir as imperfeições das suas orquestras preservadas em cilindros de cera. Em 2009, já ninguém empalidece. Adopta-se a tecnologia, adapta-se a tecnologia, resiste-se à tecnologia. E a música evolui. Em todas as direcções, evolui. Como sempre. Mais freneticamente do que nunca.

Malandros, Eu disse-lhes para irem votar


O Presidente da Republica, Cavaco Silva, referiu-se à abstenção afirmando que “não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo”. Ou seja: “O alheamento não é a forma adequada – nem certamente eficaz – de enfrentar os desafios e resolver as dificuldades”. “Pelo contrário, níveis de abstenção como aquele que se verificou nas eleições de domingo passado são um sintoma de desistência, de resignação, que só empobrecem a democracia”, garantiu.

Empobrecem de facto esta democracia, mas os portugueses começam a aperceber-se que afinal esta democracia não é realmente uma verdadeira democracia no sentido etimológico da palavra. Democracia quer dizer, Demo, povo, Kracia, povo, ou seja governo do povo. Isto quer dizer que uma verdadeira democracia é a democracia directa, em que tenhamos a possibilidade de decidir em cada passo do nosso caminho. A outra, aquela que nos impingem sob a capa de democracia representativa, considera-nos incapazes de decidir sobre o nosso destino e por isso coloca só os melhores, aqueles que aceitam fazer parte do sistema a decidir por nós, a dizer-nos o que devemos fazer e que caminho devemos seguir. De tempos a tempo lá metemos um papelinho para que nos convençamos que temos alguma influência nas decisões. Transformam as eleições num jogo e criam o espectáculo que o rodeia. O poder, esse nunca o largam nem nos dão a possibilidade de sequer o cheirar. Sr. Silva, as pessoas estão a desistir é de vocês, da vossa maneira de governarem este país e de fazerem de nós parvos. Estão a ficar fartos da corrupção, da impunidade, dos abusos, dos enriquecimentos rápidos, do compadrio, da mentira. Esta é a lição que deviam tirar desta abstenção de 63% e dos 6,5% de votos brancos e nulos é a de que os estão a avisar que assim quem vai ser dispensado são vocês. Enquanto tentarem transferir a culpa para os eleitores e descartar a dos eleitos estão mesmo a pedi-las.
wehavekaosinthegarden

Partituras de canções de José Afonso apresentadas em Lisboa


A Associação José Afonso (AJA) lança terça-feira na Casa da Imprensa o primeiro volume de uma colecção de partituras de música portuguesa, inteiramente dedicado a José Afonso, como se pode ler no site da Associação . A obra é apresentada por Adelino Gomes e inclui arranjos de alguns dos temas mais conhecidos do cantor e compositor.
A apresentação da obra - que tem chancela da Metriround - está a cargo de Adelino Gomes, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AJA. O lançamento terá lugar no dia 22 de Setembro, pelas 21h30, na Casa da Imprensa, Rua da Horta Seca, 20 (Junto ao Largo do Camões), em Lisboa.

Trata-se de uma obra composta por partituras e tablaturas para guitarra acústica, com arranjos da autoria de Fernando Couceiro, e que é acompanhada por um CD didáctico no qual o autor interpreta as 10 obras.

"Verdes são os campos", "Traz outro amigo também", "Maria Faia", "Cantigas do Maio", "Avenida de Angola", "Canção do Desterro", "Menina dos olhos tristes", "Senhor arcanjo", "Vejam bem" e "Venham mais cinco" são os dez temas de José Afonso incluídos no livro.
esquerda.net

Jamiroquai - Space Cowboy

Investigador defende que o PS é um instrumento ao serviço do seu líder


Um estudo conclui que o PS existe sobretudo em função do líder, e que a estrutura partidária está menorizada. Na comparação com o PSD, o investigador sublinha algumas diferenças . O investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Marco Lisi, acaba de lançar em livro o estudo no qual analisa o papel dos líderes no Partido Socialista (PS). Na obra A Arte de ser Indispensável – Líder e organização no Partido Socialista português, o autor analisa as diferentes lideranças que ocorreram no partido entre 1976 e 2006 - Mário Soares, Vitor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Eduardo Ferro Rodrigues e José Sócrates. Cada um destes líderes teve uma postura própria que esteve intimamente relacionada com o facto do partido se encontrar no Governo ou na oposição. A grande conclusão deste estudo é que o partido não parece existir como uma entidade autónoma mas apenas como um instrumento ao serviço do líder, o qual pode recorrer aos laços directos com os filiados e com os eleitores para legitimar o seu controlo sobre a organização e sobre a acção do governo. Segundo este estudo, o PS já alcançou um carácter personalizado, ou seja, há uma crescente identificação do partido com o seu líder. O partido age em função do sucesso do seu secretário-geral, que dispõe da estrutura partidária como de um instrumento para a conquista e manutenção do poder. Neste sentido, o estudo perspectiva dois os desafios para o futuro do PS. O primeiro refere-se à maior vulnerabilidade do partido, sobretudo se o líder não consegue chegar ao Governo, como aconteceu durante a liderança de Ferro Rodrigues. O segundo relaciona-se com as funções desempenhadas pela organização quando o partido se encontra no Governo. Durante a liderança de José Sócrates, a gestão do consenso interno, na opinião do investigador, revelou-se mais fácil devido à ampla maioria parlamentar. Apesar de algumas propostas terem encontrado resistências internas (por exemplo, no caso do Código do Trabalho ou do casamento dos homossexuais). Segundo o estudo, o papel da organização partidária tornou-se irrelevante para a definição das linhas programáticas implementadas pelo Governo e para a elaboração do programa eleitoral para as eleições deste ano, que à semelhança de eleições anteriores adopta o esquema de ‘Estados Gerais’, marginalizando as estruturas partidárias. Por outro lado, é evidente que a estratégia de comunicação se baseia sobretudo numa ligação directa entre o líder socialista e os eleitores, utilizando sobretudo os meios e os recursos institucionais à disposição do Governo. Em relação à gestão dos recursos materiais há uma crescente importância das despesas eleitorais no orçamento do partido, pois os gastos associados às campanhas aumentaram muito durante o período democrático. O autor afirma que o PS nunca teve uma capacidade significativa de auto-financiamento, tendo de recorrer a fontes externas. No entanto, a diminuição destes financiamentos acelerou a necessidade de introduzir crescentes subsídios públicos para as actividades e o partido teve de se adaptar através do reforço da capacidade de mobilização para a angariação de fundos. Diferenças entre as lideranças do PS e do PSD Marco Lisi faz, ainda, uma comparação entre o PS e o seu principal opositor – o PSD. Algumas das características analisadas parecem aproximar a configuração organizativa do PS do PSD, pois em ambos os partidos se verifica que os eleitos a nível local e a elite dirigente apresentam uma autonomia recíproca substancial, que consiste na liberdade de os primeiros gerirem o seu território, enquanto os líderes podem estabelecer de forma independente as politicas a nível nacional. Há, no entanto, diferenças importantes entre os dois partidos. Em primeiro lugar, no PSD a configuração hierárquica parece emergir quando o partido se encontra na oposição, enquanto no PS se verifica quando está no Governo. Em segundo lugar, muda também o locus do poder a nível local: no partido de centro-direita reside nos presidentes de câmaras de cidades importantes, enquanto no PS são os presidentes de federações as figuras mais importantes em termos da gestão dos partidos no território. A explicação destas diferenças baseia-se, provavelmente, no diferente processo de formação dos dois partidos e no equilíbrio interno de poder. O PSD formou-se mais como uma rede de networks locais do que através de penetração territorial que foi seguida pelo PS. No entanto, os socialistas apresentaram desde o começo uma maior centralização e apenas depois da metade dos anos 80 as estruturas locais assumiram um peso relevante. Pelo contrário a ordem organizativa do PSD foi sempre caracterizada por uma maior descentralização. O autor analisa a relação entre o papel desempenhado pelo líder e a organização partidária, quer no período de formação do partido quer na sucessiva fase de estabilização com base nas características dos partidos recentes: prioridade atribuída à competição eleitoral, importância assumida pelos meios de comunicação de massas e ligações débeis com a sociedade civil. SOL

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

redbull air race

A FALTA DE VERGONHA TEM LIMITES

A Manuela fascisoide foi à Madeira prestar a habitual vassalagem ao Chico das bananas. Até aqui nada a opor, já estamos habituados, até Jaime Gama o fez.
Agora afirmar que “aquilo” (digo Alberto João) é um modelo de virtudes e que a ilha é um paraíso onde se pratica a liberdade de expressão (alguns madeirenses vivem na mais profunda clandestinidade), que a Madeira é um bom exemplo de governação PSD, entre outras baboseiras, é uma insensatez e falta de vergonha.

Sempre lhe digo Manuela Leite se governar (espero que não) este país à “boa” maneira do Alberto Jardim, vai ser das piores decisões que tomará. Andamos cheios de injustiças sócratianas, aguentamos quatro anos, não nos peça para termos de levar consigo mais alguns, não vamos aguentar tanto, a caldeira explodirá mais tarde ou mais cedo, não tenha dúvida. E, quando tal acontecer, vai ser do caraças.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

1939: Alemanha invade a Polônia


A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia Lorena e parte da Prússia. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda e desemprego em massa, fatores que, explorados pelos nazistas, contribuíram para o fortalecimento de Hitler no poder (assumido em 1933).
As relações entre a Alemanha e a Polônia já eram tensas desde a República de Weimar. Nenhum governo do Reich nem partido alemão concordava com a nova delimitação da fronteira leste do país (com um corredor polonês, neutro, separando o país da Prússia Oriental), imposta no Tratado de Versalhes.
Ambicionando as matérias-primas da Romênia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ucrânia, Hitler começou a expansão para o Leste. Embora as potências ocidentais temessem o perigo nazista, permitiram seu crescimento como forma de bloqueio ao avanço comunista soviético.

Conquistas passo a passo
Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamentos e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Itália fascista de Benito Mussolini; de Francisco Franco, na Espanha; do Japão; e anexou a Áustria (Anschluss), em 1938, por tratar-se de um povo de língua alemã.
No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, incorporou a região dos Sudetos, que abrigava minorias alemãs, na Tchecoslováquia. Por fim, aproveitou o ceticismo ocidental em relação à União Soviética e assinou com Josef Stalin um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos.
Estava aberto o caminho para atacar a Polônia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polonês" e do porto de Danzig (neutra, a atual Gdansk).
Diante da negativa da Polônia em ceder Danzig, as tropas alemãs invadiram o país em 1º de setembro de 1939 e travaram uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, fazendo eclodir a Segunda Guerra Mundial.A Alemanha, a sofrer as consequências do Tratado de Versalhes, que se seguiu à I Grande Guerra, iniciara um processo de rearmamento e lançara-se numa vaga de anexação de territórios vizinhos, que culminou com a ocupação da Áustria.

Os Estados europeus aliados, nomeadamente o Reino Unido e a França, foram seguindo uma política de apaziguamento - ou de capitulação, para alguns historiadores -, até que os exércitos nazis invadiram a Polónia.
Londres e Paris declararam guerra à Alemanha, mas nada parecia capaz de travar o avanço das forças armadas alemãs. Depois da Polónia, foi a vez da Dinamarca e Noruega se renderem. E seguiram-se a Bélgica, o Luxemburgo e a Holanda.
Estava criada a base para a invasão da França, que se entregou em 1940.
Em Portugal, apesar de manifestas simpatias pela Alemanha, o Estado Novo de Salazar conseguiu manter a neutralidade, evocando até a Aliança velha de séculos com a Grã Bretanha, e o território português ficou conhecido como um “ninho” de espiões de todos os países envolvidos, que se aproveitavam da neutralidade lusa para tecer as suas teias.
Por outro lado, Lisboa foi também ponto de acolhimento e de passagem para refugiados de todas as etnias e de todos os países envolvidos no conflito, que queriam seguir para um mundo melhor.
Ao longo de todo o ano de 1941, o Reino Unido, alvo de bombardeamentos consecutivos dos aviões alemães, resistiu praticamente sozinho, apenas com ajuda material dos Estados Unidos, que resistiam a envolver-se numa guerra na Europa.
E Estaline, acatando o pacto nazi-soviético Molotov-Ribbentrop, que previa o não-envolvimento de qualquer dos países num confronto externo, não tencionava imiscuir-se.
Depois, foi o alastrar da guerra ao norte de África e Mediterrâneo, com Hitler a ter que apoiar os seus aliados italianos de Mussolini.
E, finalmente, a primeira grande derrota das forças alemãs nas estepes soviéticas, de que é retrato exemplar a batalha de Estalinegrado.
Entretanto, estavam abertos os grandes campos de concentração nazis, dedicados à purga de judeus, ciganos, homossexuais e outros cidadãos «indesejáveis» para a pureza da raça ariana. Eram os trabalhos forçados e as câmaras de gás. Era o Holocausto.
Os Estados Unidos entraram finalmente na guerra, depois do bombardeamento da sua base naval de Pearl Harbor, no Havai, em Dezembro de 1941 por forças japonesas. E o Japão, um outro elemento decisivo do “Eixo” de Hitler, controlava, já em 1942, uma vasta extensão de território, da Manchúria às Filipinas.
Os Estados Unidos empenharam-se profundamente na guerra do Pacífico, em batalhas ilha a ilha, até que, depois de assegurarem Iwo Jima, começaram a bombardear território japonês.
O exército britânico começou a recuperar as zonas asiáticas em poder das forças do “Eixo” e a União Soviética juntou-se à guerra.
A Alemanha rendeu-se em Maio de 1945, dias após o suicídio de Hitler, mas o Japão resistiu até Agosto desse ano, quando os Estados Unidos lançaram bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Dos cerca de 50 milhões de mortos na II Guerra Mundial, metade eram civis.