quinta-feira, 30 de abril de 2009



Gifs by Oriza - Lindos gifs, poemas, mensagens, recadinhos, scraps



Poema

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.(Enlaçemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.
Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole Na hora fugitiva.
Fernando Pessoa

terça-feira, 28 de abril de 2009

Lisboa

Desengane-se se pensa que é na Big Apple que poderia ter uma vida melhor. Segundo um estudo mundial sobre qualidade de Vida, da consultora Mercer , Lisboa surge em 44º lugar, com uma pontuação de 100.3 pontos (empatada com Washington e Chicago), à frente de cidades, como Nova Iorque (100.0), Roma (98.9) ou Madrid (100.2).
Viena assume a liderança do ranking, ultrapassando Zurique. Seguem-se as cidades de Genebra, Vancouver e Auckland. Por seu turno, as piores cidades são Cartoum, Brazzaville e Ndjamena.
A Europa domina o top 10 mundial da qualidade de vida. Além da líder Viena, entram nos dez primeiros lugares cidades como Munique, Dusseldorf e Frankfurt (em ex-aequo com Londres).
As 215 cidades incluídas no estudo são classificadas em relação a Nova Iorque, a qual foi atribuída uma pontuação base de 100 pontos. No total entram 39 critérios para a avaliação, como factores políticos, sociais, económicos e ambientais.
O estudo tem como objectivo dar uma ajuda a governos e empresas multinacionais nos processos de transferência de colaboradores para projectos internacionais.
expresso

Albânia candidata-se à União Europeia

A Albânia, antigo país comunista, durante muito tempo marcado por uma imagem negativa de corrupção e crime organizado, depositou hoje formalmente, em Praga, a sua candidatura à União Europeia (UE).“Um trabalho enorme espera a Albânia, declarou o primeiro-ministro checo, Mirek Topolanek, cujo país assegura a presidência semestral da União Europeia, depois de ter recebido os documentos oficiais do seu homólogo albanês, Sali Berisha. O depósito da candidatura não é senão um primeiro passo para a obtenção do estatuto de candidato, um processo muito longo que necessita do acordo dos 27 Estados-membros da UE. Vários países europeus exprimiram fortes reticências às candidaturas dos países balcânicos, afirmando que, entre outras coisas, o problema institucional da União, com a ratificação do Tratado de Lisboa, deverá ser resolvido antes. A Albânia, que compreende hoje três milhões de habitantes, juntou-se à NATO no dia 1 de Abril, ao mesmo tempo que a Croácia.
Público

Paul Klee

Depeche Mode

Europeias

O prazo para a entrega de listas no TC terminou hoje. Segundo o gabinete de imprensa daquele Tribunal, entregaram candidaturas o PS, PDS, CDS-PP, CDU [coligação PCP/PEV], Bloco de Esquerda, Movimento Esperança Portugal, Movimento Mérito e Sociedade, o PNR, o PCTP-MRPP, POUS, Partido Humanista e o MPT-Movimento Partido da Terra.
De acordo com o calendário eleitoral, o TC sorteará na terça-feira a ordem pela qual vão surgir as siglas das forças políticas concorrentes nos boletins de voto nas eleições de 7 de Junho.
Até quarta-feira o TC verifica a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos propostos pelas forças políticas.
Contando os prazos legais de suprimento de eventuais irregularidades, reclamações, recursos e respostas, o TC tem até meados de Maio para publicar as listas definitivamente admitidas. A campanha eleitoral começa oficialmente a 25 de Maio.

sol

Mariza

Um destino português

Claro que hoje se fala mais de bancarrota do que de Aljubarrota. Mas Nun'Álvares Cernache do Bonjardim, falecido em 1431, com 71 anos, vai ser reconhecido santo. Paradoxal destino, de quem foi Generalíssimo, o Condestável, chefe de um exército "moderno", sustentando a teimosia de ficar aqui.
No final da tarde de Agosto de 1385, estavam, não muito longe de Leiria e de Lisboa, 6500 portugueses e aliados, incluindo centenas de arqueiros ingleses, com os seus imponentes arcos de dois metros. Do outro lado, 30 mil castelhanos e soldados de fortuna, vindos de Itália e da França.
A batalha foi, em si mesma, revolucionária.
Confirmava-se o triunfo da infantaria e da artilharia ligeira, com consequências políticas imediatas. Como em Crécy, Azincourt, Poitiers, Nicopolis, onde a nobreza armada da França sucumbiu a 50 mil flechas por minuto, provava-se que simples camponeses podiam derrotar os senhores feudais, seus pajens e cavaleiros favoritos.
Nascia uma nova era na Europa.
Na crise da independência, em 1384, Nun'Álvares apoiou as pretensões de João I junto das Cortes.
Aí se defrontavam - como bem mostrou Marcello Caetano, em vários textos de História do Direito - as noções de legalidade e de legitimidade.
A primeira, girando em torno das regras comuns de sucessão dinástica, colocava João de Portugal como candidato "ilegal" ao trono, filho bastardo que era de D. Pedro, e tendo em conta que D. Fernando falecera sem herdeiros directos, para além de Beatriz, casada com o rei de Castela.
Este, pelo matrimónio, chegava à Coroa. Respeitava-se a lei internacionalista das monarquias, mas Portugal perdia a sua independência de dois séculos.
Mas, como defendeu João das Regras, e os outros juristas e tribunos portugueses, havia uma alternativa.
Uma alternativa nacional.
Ilegal, do ponto de vista de reis e rainhas.
Legítima, face a uma ideia que viria a ser consagrada, vários séculos depois, nas revoluções burguesas do Ocidente: a de soberania popular.
Essa alternativa venceu nas Cortes de Coimbra de 1385, o parlamento da época, pela lei da grei.
Mas esta foi só uma parte da vida de Nun'Álvares.
A vida da espada.
Com mais de 60 anos, viúvo da mulher que sempre adorou, meditando sobre a alma e o futuro, Nuno tornou-se irmão leigo da Ordem do Carmelo.
Desaparecia o marechal vitorioso, e erguia-se, aspirando aos céus, um humilde monge, enclausurado no Convento do Carmo, que fundara. Dedicou o resto dos seus dias aos pobres e aos desvalidos.
Beatificado no fim da I Guerra, pelo Papa "internacionalista" que inspirou Josef Ratzinger, Bento XV, Nun'Álvares aparecia como o condutor da "guerra justa", de resistência, que morreu em paz. Que pediu perdão pelas mortes de amigos e inimigos. Que se reconciliou com a Humanidade.
É lógico que a canonização se dê com Bento XVI.
Será no dia 26 de Abril. Na multidão que aplaudirá o novo Santo, estarão muitos portugueses.
Os crentes, que verão Nuno de Santa Maria feito para Deus.
Os outros, que olharão o herói nacional.
O herói que, já velho, terá sido visitado por D. João I, nas sombras refrescantes do convento do Carmo.
Segundo a história popular, o rei perguntou-lhe o que faria, se Portugal fosse outra vez invadido.
Nuno de Santa Maria levantou-se, abriu as vestes, e mostrou a cota de malha do guerreiro.
Continuava disponível para morrer pelo seu povo.
Nuno Rogeiro

gripe suína

A gripe suína ou gripe porcina é uma doença causada por uma variante do vírus H1N1. O vírus pode ser transmitido através de contacto com animais e objetos contaminados. Uma nova variante do vírus pode ser transmitida entre humanos e é considerada epidêmica no México. O governo mexicano anunciou 149 mortes confirmadas causadas pelo H1N1 e 1600 casos suspeitos o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar que a doença é uma "emergência na saúde pública internacional", e tem grandes hipóteses de se tornar uma pandemia.wikipédia

sexta-feira, 24 de abril de 2009

As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar.
Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas de mãos.
E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel alegre

adriano

zeca

Adriano

Ary dos santos

Adriano

Adriano

zeca

zeca

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Senha 1 para a revolução

25 Abril 1974

Revolução dos Cravos


Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado militar que derrubou, num só dia, sem grande resistência das forças leais ao governo - que cederam perante a revolta das forças armadas - o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. O levantamento, também conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

O Herói que deu a cara: Cap. Salgueiro Maia (em destaque nas fotos)
wikipédia

Antecedentes

Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Com a Constituição de 1933 o regime é remodelado, auto-denominando-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcelo Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade.
O Estado Novo possuía uma polícia política, a
PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), uma evolução da ex-PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança), que perseguiria os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política que considerava a manutenção das colónias do "Ultramar", numa altura em que alguns países europeus iniciavam os seus processos de alienação progressiva das suas colónias. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.
Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Notou-se, contudo, um desenvolvimento económico a partir desta década.

A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para a revolução

O mito do "orgulhosamente sós"
Nos inícios dos anos 1970 o regime autoritário do
Estado Novo continuava a pesar sob Portugal. O seu fundador, António Oliveira Salazar, foi destituído em 1968 por incapacidade e veio a falecer em 1970, sendo substituído por Marcelo Caetano na direcção do regime. Qualquer tentativa de reforma política foi impedida pela própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política (PIDE). O regime exilava-se, envelhecido num mundo ocidental em plena efervescência social e intelectual de finais de década de 60, obrigando Portugal a defender pelas forças das armas o Império Português, instalado no imaginário dos ideólogos do regime. Para tal, o país viu-se obrigado a investir grandes esforços numa guerra colonial de pacificação, atitude que contrastava com o resto das potências coloniais que tratavam de assegurar-se da saída do continente africano da forma mais conveniente.
O contexto internacional não era favorável ao regime salazarista/marcelista.
Com o auge da
Guerra Fria, as nações dos blocos Capitalista e Comunista apoiaram e financiaram as guerrilhas das colónias portuguesas, numa tentativa de as atrair para a influência americana ou soviética. A intransigência do regime e mesmo o desejo de muitos colonos de continuarem sob o domínio português, atrasaram o processo de descolonização por quase 20 anos, no caso de Angola e Moçambique.
Ao contrário de outras Potências Coloniais Europeias, Portugal mantinha laços fortes e duradoros com as suas colónias africanas. Para muitos portugueses um Império Colonial era necessário para um poder e influência contínuos. Contrastando com Inglaterra e França, os colonizadores portugueses casaram e constituíram família entre os colonos nativos.
Apesar das constantes objecções em forúns nacionais, como a ONU, Portugal manteve as suas colónias como parte integral de Portugal, sentindo-se portanto obrigado a defendê-las militarmente de grupos armados de influência comunista, particularmente após a anexação unilateral e forçada dos inclaves portugueses de
Goa, Damão e Diu, em 1961.
Em quase todas as colónias portuguesas africanas – Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde – surgiram movimentos independentistas, que acabaram por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Excepto no caso da Guiné, estas guerrilhas foram facilmente contidas pelas forças portuguesas, apesar dos diversos embargos ao armamento militar fornecido a Portugal. No entanto, os vários conflitos forçaram Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar uma maior parte do orçamento de Estado na administração colonial e despesas militares, sendo que cedo Portugal viu-se um pouco isolado do resto do Mundo
Após a ascensão de Caetano ao poder, a guerra colonial tornou-se num forte motivo de discussão e num assunto muito focado por parte das forças anti-regime. Muitos estudantes e manifestantes contra a guerra terão sido forçados a abandonar o país para escapar à prisão e tortura.
Economicamente, o regime mantinha a sua política de Corporativismo, o que resultou na concentração da economia portuguesa nas mãos de uma elite de industriais.
No entanto, a economia crescia fortemente, especialmente após 1950 e Portugal foi mesmo co-fundador da
EFTA, OCDE e NATO. A Administração das colónias custava a Portugal um aumento percentual anual no seu orçamento e tal contribuíu para o empobrecimento da Economia Portuguesa, pois o dinheiro era desviado de investimentos infraestruturais na metrópole. Até 1960 o país continuou relativamente frágil em termos económicos, o que estimulou a emigração para países em rápido crescimento e de escassa mão-de-obra da Europa Ocidental, como França ou Alemanha principalmente após a Segunda Guerra Mundial.
Para muitos o Governo português estava envelhecido, sem resposta aparente para um mundo em grande mudança cultural e intelectual.
A guerra colonial gerou conflitos entre a sociedade civil e militar, tudo isto ao mesmo tempo que a fraca economia portuguesa gerava uma forte emigração.
Em Fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime a destituir o general António Spínola e os seus apoiantes, quando tentava modificar o curso da política colonial portuguesa, que se revelava demasiado dispendiosa para o país.
Nesse momento, em que são reveladas as divisões existentes no seio da elite do regime, o MFA, movimento secreto, decide levar adiante um golpe de estado.
O movimento nasce secretamente em 1973 da conspiração de alguns oficiais do exército, numa primeira fase unicamente preocupados com questões de carreira militar.

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Preparação

.A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.
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Movimentações militares durante a Revolução

No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção ”
E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”
Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel
Carlos de Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de
Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.


A revolução resultou na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política (PIDE) dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
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Consequências

No dia seguinte, forma-se a Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da
Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.
Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como
PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta e perseguição politica entre as facções de esquerda e direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo ou não partilhavam da mesma visão politica que então se estabelecia para o país. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.
A guerra colonial acabou e, durante o
PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.
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O 25 de abril visto tempo depois

O 25 de abril de 1974 continua a dividir a sociedade portuguesa, sobretudo nos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, nas facções extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais.
Existem actualmente dois pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao
25 de abril.
Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o
25 de abril representou um grande salto no desenvolvimento politico-social do país. Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu. Alguns lamentam que a revolução não tenha ido mais longe e que muitas das conquistas da revolução se foram perdendo.
De uma forma geral, ambos os lados lamentam a forma como a
descolonização foi feita, enquanto que as pessoas mais à direita lamentam as nacionalizações feitas no periodo imediato ao 25 de abril de 1974 que condicionaram sobremaneira o crescimento de uma economia já então fraca.
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Como são os portugueses 35 anos após o 25 de Abril

Trinta e cinco anos depois da Revolução de Abril, há mais dois milhões de portugueses. Apesar de terem menos filhos, vivem mais tempo, e a chegada dos imigrantes ajudou a população a crescer.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 1970 existiam 8,6 milhões de portugueses. Em 2007 esse número tinha aumentado para 10,6 milhões.
Apesar do aumento populacional, actualmente há menos crianças até aos 10 anos do que havia em 1970 (cerca de um milhão, contra 1,6 milhões, respectivamente).
Em contrapartida, o número de pessoas com mais de 70 anos duplicou, passando de 560 mil para 1,2 milhões, resultado do aumento da esperança de vida, que deu mais 13 anos aos homens e 15 às mulheres.
Portugal passou também a ser um país com maior diversidade populacional: enquanto em 1975 residiam no território nacional cerca de 32 mil estrangeiros, segundo dados do Serviço Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2007 esse valor subiu para 435 mil, sem contar com os imigrantes ilegais.
Segundo o estudo "As Regionalidades Demográficas do Portugal Contemporâneo", de Maria João Guardado Moreira e Teresa Ferreira Rodrigues, houve um "decréscimo da população portuguesa entre 1960 e 1974".
A década de 70 começou com um recorde de saídas: 173.300 emigrantes, dos quais 107 mil ilegais procuraram melhores condições de vida fora de Portugal.
Entre 1960 e 1974 registaram-se os valores mais elevados da emigração no país: mais de 1,5 milhões de portugueses, ou seja, 100 mil por ano, saíram de Portugal, de acordo com o Atlas de Portugal do Instituto Geográfico Português.
A inversão desta tendência só aconteceu em 1974 e surgiu ligada à Revolução de Abril. Nesse ano, o aumento demográfico foi de 2,6 por cento, segundo as duas investigadoras do CEPESE (Centro de Estudos de Economia e Sociedade).
O número de emigrantes baixou a partir de 1973 devido à crise económica internacional, à mudança do regime político em Portugal e ao processo de independência das colónias.
Em 1974 emigraram apenas cerca de 43 mil portugueses, número que baixou para os 24 mil em 1975.
O regresso de portugueses residentes nas ex-colónias - mais de meio milhão - traduziu-se num aumento populacional expressivo, estimando-se que a população tenha aumentado 14 por cento, na década de 70, sobretudo entre 1974 e 1976, devido ao processo de descolonização.
Uma estimativa feita pelas investigadoras do CEPESE apontava para 8,3 milhões de residentes em Portugal em 1974, contra nove milhões dois anos depois.
Nos últimos 30 anos, a população portuguesa envelheceu: nascem cada vez menos crianças e morre-se cada vez mais tarde.
Segundo o estudo do CEPESE, "entre 1960 e 2006, a proporção de jovens desceu de 29 por cento para 16 por cento e os idosos aumentaram de oito para 17 por cento".
Em 2007, pela primeira vez em mais de um século, o número de mortos superou os nascimentos: morreram 103.727 pessoas e nasceram apenas 102.213.
Ainda assim, nesse ano, a população residente em Portugal cresceu ligeiramente, graças a um saldo imigratório positivo de 19.500 pessoas.
Contudo, verificou-se um decréscimo da taxa de natalidade e um aumento da taxa de mortalidade, mas a manutenção da taxa de mortalidade infantil em valores abaixo dos 3,5 óbitos de crianças com menos de 1 ano por mil nados vivos.
Números bem diferentes dos que estavam reflectidos nas estatísticas de 1970, quando morriam 58 crianças com menos de um ano por cada mil nados vivos.
Nesta altura, a taxa de mortalidade infantil em Portugal situava-se 137,2 por cento acima do valor da União Europeia (15 países).
A atestar o contributo dos imigrantes para o aumento da população residente em Portugal refira-se que, em 2007, nasceram em Portugal cerca de 10 mil bebés cuja mãe tem nacionalidade estrangeira.
São quase 10 por cento do total de bebés nascidos no país.

RCR/CC
Lusa

terça-feira, 21 de abril de 2009

Santa Comba Dão - Assinado protocolo de colaboração entre as entidades promotoras da Universidade Sénior

Foi assinado, recentemente, o Protocolo de Colaboração entre as entidades promotoras da Universidade Sénior de Santa Comba Dão. É objectivo de cada uma das entidades envolvidas criar e proporcionar condições ao bom funcionamento da Universidade, salvaguardando a sua identidade e autonomia. Baseados nos princípios que regem a Universidade, os parceiros sociais assumiram compromissos específicos que poderão ser sintetizados da seguinte forma: Tomgradual Academia de Estudos: Organização e realização da prática pedagógica;
Junta de Freguesia de Santa Comba Dão: Apoio Logístico Associação de Profissionais de Desporto e Educação Física de Santa Comba Dão: Cedência de Professores para a coordenação da prática desportiva; Câmara Municipal de Santa Comba Dão: Disponibilização de equipamentos colectivos e sociais para as actividades da Universidade Sénior, nomeadamente instalações onde serão ministradas as aulas teórico-práticas; cedência de transporte para realização de saídas no âmbito das disciplinas leccionadas.
Funcionamento da Universidade Sénior
A Universidade Sénior realiza actividades durante dez meses do ano, cinco dias por semana. Destina-se a pessoas a partir dos 50 anos de idade, com aptidão para o conhecimento e aprendizagem. Com 3 meses de existência, a Universidade ministra 8 disciplinas: Psicologia, Envelhecimento Activo, Saúde, Informática, Inglês (Iniciação e Aprofundamento), Actividade Desportiva, Pintura e Música (a iniciar em Abril). Os professores exercem em regime de voluntariado, de acordo com a sua disponibilidade horária. Os alunos estão sujeitos ao pagamento de uma jóia de inscrição, mensalidade e seguro escolar. Para alcançar os seus objectivos a Universidade Sénior compromete-se a organizar as seguintes actividades:
- Aulas semanais de diversas disciplinas e assuntos;
- Seminários, encontros e cursos de formação multidisciplinares;
- Passeios, intercâmbios e viagens culturais
- Acolhimento e apoio aos voluntários
- Recolha e divulgação das tradições da região e dos conhecimentos dos utentes
- Outras actividades sócio-culturais e recreativas que os utentes desejarem.

Dão tv

Trabalhadores da Citröen de Mangualde rejeitam lay-off e ponderam formas de luta

A comissão de trabalhadores (CT) da PSA Peugeot-Citröen de Mangualde deu parecer negativo à proposta de lay-off que a empresa quer implementar entre Maio e Outubro, alegando razões económicas e financeiras, motivadas pela quebra de produção que ultrapassa os 50 por cento.A CT considera que a empresa não disponibilizou a documentação necessária para fundamentar as dificuldades, nomeadamente o balanço geral da empresa de 2008 e balancetes trimestrais deste ano.O lay-off irá abranger 840 dos cerca de 900 trabalhadores, mas Jorge Abreu, presidente da CT realça que a administração também não entregou os critérios de selecção do pessoal que será abrangido por esta medida.A comissão considera também que a Citröen quer avançar para o lay-off, sem que antes tenham sido esgotados todos os mecanismos legais, designadamente o acesso à formação.O parecer da comissão de trabalhadores não é vinculativo, pelo que a empresa poderá suspender a actividade laboral já em Maio, desde que obtenha autorização da Direcção-Geral de Emprego e das Relações do trabalho (DGERT). Jorge Abreu afirma que nesta altura os trabalhadores ponderam todas as formas de luta, sem no entanto especificar se poderão avançar para a greve ou manifestações.
Sandra ferreira in: publico

Aprovada declaração final da conferência sobre o racismo

Foi esta tarde aprovada, por consenso, a declaração final da conferência sobre o racismo, que se prolonga até sexta-feira, numa iniciativa destinada a salvar do fracasso a reunião das Nações Unidas, abalada ontem por um polémico discurso do Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.A aprovação do documento, negociado durante meses, estava prevista apenas para o último dia dos trabalhos, mas alguns grupos regionais solicitaram a antecipação do voto, para que a conferência não ficasse refém das declarações de Ahmadinejad e das tentativas de alguns países para centrar as discussões na questão israelo-palestinianas.Essa discussão tinha já marcado os trabalhos preparatórios da cimeira, levando nove países (Estados Unidos, Israel, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, Polónia e Holanda) a boicotar o encontro. Face à polémica anunciada, os restantes países fizeram-se representar pelos chefes da diplomacia ou (como aconteceu com os restantes estados-membros da UE) pelos seus embaixadores junto da ONU em Genebra.A declaração final do encontro centra-se no combate ao racismo associado à imigração e pobreza e à discriminação das minorias, não fazendo quaisquer críticas ou mesmo referências ao tratamento dos palestinianos em Israel. Contudo, um dos parágrafos reafirma as conclusões da primeira cimeira sobre o racismo, realizada em Durban em 2001, que as delegações israelita e norte-americana abandonaram face às propostas de alguns países árabes para identificar como racista o sionismo (movimento que levou à criação do Estado judaico).
púlico online

Presidente do Irão provoca protestos ao criticar Israel

O que se esperava aconteceu. Igual a si próprio, o Presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, utilizou a tribuna do Palácio das Nações, em Genebra para invectivar Israel e o Ocidente. Num ambiente já tenso - dado o boicote da conferência por um grupo de países - as afirmações do dirigente iraniano levaram delegados europeus a abandonar a sala, onde continuaram protestos contra o discurso.
"Isto é um circo, um racista não pode lutar contra o racismo", gritou um jovem, membro da União dos Estudantes judaicos, face às acusações de Ahamadinejad.
Alguns manifestantes, que se disfarçaram com perucas multicolores e nariz de palhaço, gritaram "racista! racista!" enquanto Ahmadinejad discursava, sendo forçados a abandonar a sala pelos seguranças das Nações Unidas.
Durante o seu discurso de mais de 30 minutos, Ahmadinejad afirmou que "após o fim da Segunda Guerra Mundial, eles [aliados] recorreram à agressão militar para privar de terras uma nação inteira sob o pretexto do sofrimento judaico". "Eles enviaram emigrantes da Europa, dos Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada", prosseguiu o Presidente iraniano conservador , indiferente aos apupos vindos das galerias e ao semblante visivelmente incomodado de Ban Ki-moon. "Devem ser feitos esforços para acabar com os abusos dos sionistas e dos (seus) apoiantes", disse ainda Ahmadinejad.
Momentos depois, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, emitia um comunicado no qual "lamentava" as declarações anti-Israel proferidas por Ahmadinejad. Tanto mais que, no encontro que mantiveram antes da abertura da conferência, Ban Ki-moon fizera questão de alertar o Presidente do Irão contra toda a ligação entre sionismo e racismo. Mais: os países europeus tinham avisado Ban Ki-moon que deixariam a sala se Ahmadinejad, conhecido pelas suas diatribes anti-israelitas, proferisse "acusações anti-semitas". E o senhor do Irão sabia-o, obviamente.
"Lamento a utilização desta plataforma pelo Presidente iraniano para acusar, dividir e provocar. É profundamente lamentável que o meu apelo para que se construa um futuro de unidade não tenha sido escutado pelo Presidente iraniano", pode ler-se no comunicado emitido por Ban Ki-moon.
O documento lança ainda um desafio: recusar o tipo de mensagem emitido pelo Irão e trabalhar em conjunto para "combater o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância". Afinal, esse é o tema e o objectivo desta conferência das Nações Unidas.
Esta reunião de uma semana, que conta com o apoio do Vaticano e que começou ontem em Genebra, deveria dar seguimento à realizada em 2001 na cidade sul-africana de Durban. Daí a sua denominação de "Durban II". Então, EUA e Israel abandonaram a reunião como protesto face à tentativa árabe de classificar o sionismo como movimento racista.

dn

Pink Floyd

segunda-feira, 20 de abril de 2009

The Jesus & Mary Chain - Just Like Honey live Oslo 2007

Roubo de identidade nas redes sociais online

As fraquezas de segurança e as falsas promessas de privacidade das cada vez mais populares redes sociais online podem permitir acções maliciosas, incluindo roubo de identidade, para aceder a extensa informação pessoal dos utilizadores.
Esta é a conclusão de vários especialistas que analisaram as principais redes sociais online, incluindo espaços como Facebook e Linked-in, e que num congresso internacional sobre a Internet, em Madrid, vão demonstrar que é relativamente fácil conduzir "ataques" maliciosos nestas redes sociais.
Os estudos, obtidos pela Lusa, surgem num momento em que as redes sociais assumem uma crescente importância nos contactos locais e globais, debatendo-se, por exemplo, até que ponto é que um empregador poderá 'visitar' o perfile de um candidato a um emprego para conhecer mais informação sobre a sua personalidade.
Ainda que os estudos referidos sejam essencialmente técnicos, denotam as fraquezas de um sistema em que o utilizador desconhece a facilidade com que se pode aceder à informação disponibilizada, incluindo a que está em espaço privado das redes.
Cinco especialistas da Escola de Engenaria e Centro de Investigação EURECOM, sedeada em França, sugerem que no actual momento - com a taxa de crescimento de utilizadores a atingir em algumas redes (como o Facebook) os três por cento semanais - é vital repensar a segurança existente.
A segurança online, incluindo nas redes sociais, é um dos temas em debate no 18º Congresso Internacional World Wide Web, o "WWW2009", que começou hoje em Madrid e que reúne mais de mil especialistas de todo o mundo.
Num texto apresentado ao encontro, Leyla Bilge, Thorsten Strufe, Davide Balzarotti, Engin Kirda e Sophia Antipolis demonstram que "é muito fácil lançar ataques automáticos de roubo de identidade contra as principais redes sociais" para ter acesso a um "largo volume de informação pessoal".
Uma das experiência levadas a cabo envolveu criar "clones" de utilizadores existentes, enviar convites para aplicações, grupos ou pedidos de amizade, confiando na resposta positiva de outros utilizadores que, assim, disponibilizam todos os seus dados na dita rede social.
Para demonstrar a fragilidade dos sites, o grupo levou a cabo um ataque mais simples, automático, de utilizadores existentes, e um outro, mais avançado, que recorre a análises paralelas de várias redes sociais ao mesmo tempo.
Neste segundo ataque, os especialistas conseguiram, com facilidade, utilizar o perfile de um utilizador numa rede para criar um clone seu noutra rede, onde não estava registado, ampliando assim a informação a que um agente malicioso pode ter acesso.
Posição idêntica é manifestada por duas outras especialistas, Elena Zheleva e Lise Getoor, da Universidade de Maryland, que se referem à "ilusão de privacidade" das redes sociais, onde os utilizadores se refugiam com os alegados elementos de privacidade nos seus perfis de utilizador.
O estudo das duas especialistas sugere que é possível usar uma combinação dos perfiles públicos e privados nas redes sociais online para "prever atributos dos utilizadores", mesmo os que se encontrem com perfis privados.
Em causa estão principalmente as questões de convites para grupos, aplicações ou projectos online, que podem servir como "bases importantes de transporte" de informação sobre os utilizadores.
"Demonstramos que podemos facilmente aceder a informação de utilizadores com perfil privado", explicam, referindo-se na análise técnica às fraquezas das redes sociais mais comuns, apesar das promessas de privacidade dadas aos utilizadores.
Recordando que o "elo mais fraco" acaba sempre por ser o utilizador - num processo de "confiança implícita" - , os especialistas recomendam que sejam os próprios sites sociais a controlar melhor a segurança.
Um exemplo seria fornecer ao utilizador, no momento dos pedidos de amizade ou de contactos, mais informação sobre a origem do pedido, incluindo direcção IP e localização do utilizador.
Impedir buscas automatizadas (conhecidas online como crawling) poderia igualmente melhorar a segurança, segundo estes estudos.
Para as suas conclusões, os especialistas analisaram, entre outros, sites como XING, SudiVZ, MeinVZ, Facebook e Linkedin.
jn

Cabeleireira viola assaltante

Um assalto a um cabeleireiro na Rússia está a mobilizar a polícia. O crime envolve o assaltante e a cabeleireira do estabelecimento assaltado, avança o jornal G1.
A cabeleireira, identificada como Olga, de 28 anos, viu o seu salão invadido por um homem na passada terça-feira, dia 14. Olga, experiente em artes marciais, conseguiu dominar Viktor, de 32 anos, e levou-o para uma sala reservada, segundo o site «life.ru». A cabeleireira utilizou um secador de cabelo para obrigar o assaltante a render-se e acabou por o prender. No entanto, não chamou a policia.
Olga obrigou o assaltante a tomar Viagra para depois abusar dele várias vezes durante os dois dias seguintes.
Quando foi libertado, o assaltante dirigiu-se ao hospital para curar o pénis «magoado» e depois à esquadra para registar queixa contra a cabeleireira que, por sua vez, só no dia seguinte registou queixa contra Viktor por assalto.
No entanto, a história confunde-se ainda mais porque a policia não consegue ter a certeza sobre quem é o verdadeiro criminoso deste caso de assalto que terminou em «violação».portugal diário

Há cada vez mais produtos perigosos da China

O número de produtos perigosos retirados do mercado europeu aumentou 16 por cento em 2008, para 1.866, sendo quase 60 por cento destes fabricados na China, segundo relatório divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia em Bruxelas.
O relatório anual de 2008 sobre o Sistema de Alerta Rápido (Rapex) revela que o número de produtos de consumo não alimentares considerados perigosos passou de 1.605 em 2007 para 1.866 em 2008, um aumento de 16 por cento.
Brinquedos (32 por cento), veículos motorizados (15), aparelhos eléctricos (8), equipamento de iluminação (8) e cosméticos (8) foram as categorias de produtos que receberam mais notificações como sendo perigosos.
Por outro lado, o número de alertas sobre produtos com origem na China aumentou de 700 em 2007 (52 por cento do total) para 909 (59) em 2008.
Segundo a Comissão Europeia, este aumento explica-se pela «atenção particular colocada pelas autoridades responsáveis pela vigilância do mercado em relação às categorias de produtos considerados de alto risco».
Portugal foi responsável por 17 notificações (um por cento do total), um número inferior ao verificado em 2007 (18).
«Num período de crise económica, quando o preço se torna um factor determinante na escolha dos consumidores, devemos redobrar os esforços e estar particularmente vigilantes», disse a comissária europeia responsável pela Protecção dos Consumidores, Meglena Kuneva.
Através do Rapex, o Sistema de Alerta Rápido para produtos de consumo não alimentares, as autoridades nacionais notificam a Comissão acerca dos produtos que representam um risco sério para a saúde e a segurança do consumidor, à excepção de alimentos, medicamentos e dispositivos médicos.
Essa informação é partilhada com as demais autoridades de vigilância em 30 países da Europa, sendo a venda de produtos perigosos então proibida ou sujeita a restrições.

iol

The Tubes

A hipertensão arterial é um reconhecido factor de risco das doenças cardiovasculares.

Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, apenas um quarto está medicado e apenas 16 por cento estão controlados.
Hoje sabe-se que a adopção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e que a sua detecção e acompanhamento precoces podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular.
Como se define a hipertensão arterial?
Designam-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mm Hg.
Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades avançadas.
Quais as causas da hipertensão arterial?
Na maior parte dos casos (90 por cento), não há uma causa conhecida para a hipertensão arterial, embora em algumas situações seja possível encontrar uma doença associada que é a verdadeira causa da hipertensão arterial. Por exemplo: a apneia do sono, a doença renal crónica, o hiperaldosteronismo primário, a hipertensão renovascular, a síndroma de Cushing ou terapêutica esteróide, a feocromocitoma, a coarctação da aorta ou a doença tiroideia e paratiroideia.
A hereditariedade e a idade são dois factores a ter também em atenção. Em geral, quanto mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial. Cerca de dois terços das pessoas com idade superior a 65 anos são hipertensas, sendo este o grupo em que a hipertensão sistólica isolada é mais frequente.
Quais são os factores de risco?
Obesidade;
Consumo exagerado de sal e de álcool;
Sedentarismo;
Má alimentação;
Tabagismo;
Stress.
Como prevenir a hipertensão arterial?
A adopção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir a ocorrência de hipertensão arterial.
Entre os hábitos de vida saudável sublinha-se a importância de:
Redução da ingestão de sal na alimentação;
Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas;
Prática regular de exercício físico;
Consumo moderado do álcool (um máximo de 30 ml etanol/dia nos homens e 15 ml/dia para as mulheres);
Cessação do hábito de fumar;
No caso dos indivíduos obesos é aconselhável uma redução de peso.
A ausência de quaisquer sintomas durante a fase inicial da doença faz da medição regular da tensão arterial um hábito a seguir. Todos os adultos, em particular os obesos, os diabéticos e os fumadores ou com história de doença cardiovascular na família, devem medir a sua pressão arterial pelo menos uma vez por ano.
Quais os sintomas que estão associados à doença?
Regra geral, nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas, à excepção de valores tensionais elevados, os quais se detectam através da medição da pressão arterial.
Em alguns casos, a hipertensão arterial pode, contudo, manifestar-se através de sinais como a ocorrência de cefaleias, tonturas ou um mal-estar vago e difuso, que são comuns a muitas outras doenças.
Com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas e sinais de alerta vários.
Como se faz o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é feito através da medição da pressão arterial e pela verificação de que os seus níveis estão acima do limite normal. Contudo, um valor elevado isolado não é sinónimo de doença. Só é considerado hipertenso um indivíduo que tenha valores elevados em, pelo menos, três avaliações seriadas.
Compete ao médico fazer o diagnóstico da doença, uma vez que a pressão arterial num adulto pode variar devido a factores como o esforço físico ou o stress, sem que tal signifique que o indivíduo sofre de hipertensão arterial.
Quais as formas de tratamento?
Não há uma cura para a hipertensão arterial. Contudo, apesar de ser uma doença crónica, na maioria dos casos é controlável.
A adopção de um estilo de vida saudável proporciona geralmente uma descida significativa da pressão arterial.
A diminuição do consumo do sal reduz a pressão arterial em grande número de hipertensos.
A prática regular de exercício físico pode reduzir significativamente a pressão arterial. O exercício escolhido deve compreender movimentos cíclicos (marcha, corrida, natação ou dança são boas escolhas). Mas os hipertensos devem evitar actividades que aumentem a pressão arterial durante o esforço, como levantar pesos, por exemplo.
Se algum tempo depois de ter posto em prática estas medidas não tiver registado uma descida adequada da pressão arterial, torna-se necessário recorrer ao tratamento farmacológico. Convém sublinhar que os medicamentos não curam a hipertensão arterial, apenas ajudam a controlar a doença. Por isso, uma vez iniciado o tratamento, ele deverá ser, em princípio, mantido ao longo de toda a vida.
Felizmente, já existem muitos medicamentos eficazes na redução da pressão arterial. Compete ao médico decidir qual o fármaco mais apropriado para iniciar o tratamento. Em alguns casos, não basta apenas um fármaco, sendo necessária uma medicação combinada. Noutros casos, os doentes não toleram a medicação indicada, pelo que devem contactar novamente o médico para que ele a substitua por outra.
portal da saúde

Onu

A conferência das Nações Unidas sobre o racismo arranca esta segunda-feira em Genebra sob um clima de incerteza e boicote.
A presença do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad motivou a ausência de um grupo de países ocidentais que inclui os Estados Unidos a Austrália e a Holanda.
A Alemanha anunciou este domingo que não se faria representar e o Canadá e Israel há meses que diziam que não estariam presentes.
A presença do chefe de Estado iraniano, que por diversas vezes negou o Holocausto e defendeu a destruição de Israel, é inadmissível para alguns: “Acho que é extremamente lamentável que este representante do regime Ayatollah seja tratado como se ele de facto se preocupasse com os direitos humanos. O facto de ele se ir dirigir à conferência é, em si mesmo, uma paródia muito triste do que esta conferência devia ser”, afirmou Yigal Palmor, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
As divergências resultantes da última conferência do género, promovida pela ONU em Durban há oito anos, continuam bem presentes. As Nações Unidas tentam desvalorizar. “Há pelo menos outros 185 Estados membros das Nações Unidas que, tanto quanto sabemos, ainda estão nesta conferência. O racismo é um problema que afecta todos os países, em toda a parte, milhões de pessoas, muitos grupos diferentes. É uma pena que uma ou duas questões tenham dominado completamente a agenda, pelo menos da perspectiva de certos países” declarou Rupert Colville, responsável da ONU.
O anti-semitismo e o tratamento dos palestinianos por parte de Israel continua a dividir os membros da ONU. Os israelitas e respectivos aliados abandonaram a conferência de 2001 depois de os Estados Árabes terem proposto definir sionismo como racismo.
euronews

Tentações

Não se evite das tentações, elas com o tempo vão evita-lo a si.
Lawrence Peter

Moby

O primeiro clip do novo álbum de Moby já pode ser visto na Internet. O vídeo foi realizado por David Lynch.

O cineasta David Lynch realizou "Shot in the Back of the Head", uma animação em tom sombrio, sendo esta a sua primeira incursão dentro deste género.

"Wait for Me", novo CD de Moby, vai chegar às lojas na Europa e nos EUA a 30 de Junho.

"Shot in the Back..." pode ser visto no site www.pitchfork.com

Lynch, de 63 anos, é um dos realizadores mais importantes do cinema contemporâneo. Entre os seus títulos, "Veludo Azul" (1986) e “Mulholland Drive” (2001).

sexta-feira, 17 de abril de 2009

U2

Coimbra

O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, que tem vindo a ser objecto de complexas obras de reabilitação desde 1991, vai reabrir ao público no próximo sábado, numa sessão que será presidida pelo ministro da Cultura.
A presença de José António Pinto Ribeiro assinala a abertura geral daquele espaço histórico e arqueológico, que começou a ser construído no século XIII para convento de freiras clarissas, por iniciativa da Rainha Santa Isabel.
Ao longo do tempo, o mosteiro foi sofrendo deteriorações devido ao assoreamento do leito do rio Mondego, até que teve de ser abandonado e todo o seu espólio transferido para o Convento de Santa Clara. Coimbra
cm

Leonardo daVinci


Rita Redshoes

TAUROMAQUIA


Contributo para o exercício da cidadania e da participação dentro e fora da lógica politico-institucional vigente

A sociedade portuguesa desenvolveu nestes últimos 35 anos de regime democrático um conjunto vasto de princípios e práticas de participação dos cidadãos na vida pública, nomeadamente através de normas constitucionais e da consequente produção legislativa, que enquadrou e regulou todo o edifício político institucional, conducente quer à constituição de partidos políticos e à eleição por sufrágio universal dos diversos órgãos de soberania e autarquias locais, quer à definição do exercício da gestão democrática das instituições da sociedade civil como Escolas, IPSSs, Associações Sociais, Profissionais, Empresariais e Sindicais, etc.
Entretanto verificou-se ao longo dos anos, um aumento exponencial da estrutura do Estado na sua organização central, regional e local, associado ao desenvolvimento económico e social do país, com a consequente emergência de grupos económicos e financeiros fortes, bem como uma crescente interacção/influência entre alguns dos eleitos e nomeados pelos partidos do centro político e os grupos económico-financeiros que, directa ou indirectamente, são contraentes do Estado. Tudo isto originou uma teia de influências que subverteu a acção de grande parte das instituições democráticas, com a sua consequente descredibilização junto dos cidadãos em geral.Considerando a subversão do modelo político institucional em vigor, pelo exercício de práticas danosas que, entre outras consequências, têm contribuído para o despesismo não justificado do Estrado, perante o aumento das assimetrias sociais que têm vindo a convergir na diminuição da confiança e participação espontânea dos cidadãos na vida pública, nos partidos políticos e nas instituições do Estado, propõe-se:ü revisão urgente da Constituição por forma a contemplar, entre outras, medidas para a criação de Círculos Uninominais nas eleições para a Assembleia da República, constituídos por candidatos provenientes dos partidos políticos, instituições da sociedade civil e cidadãos independentes;ü em sede de formalização das candidaturas deverão todos os candidatos apresentar currículo detalhado, declarações actualizadas de património próprio, situação fiscal e regimes/montantes de subvenções de aposentação e segurança social, para posterior divulgação no período de campanha eleitoral;ü assegurar um regime transparente de recrutamento de recursos humanos para assessoria de membros do Governo, dentro e fora da Administração Pública, através de procedimentos que permitam a selecção de quadros qualificados, com currículo e experiência nas respectivas áreas de actuação, com divulgação prévia dos respectivos curriculos, situação patrimonial e fiscal, não obstante o princípio da confiança pessoal e/ou política de quem nomeia em relação a quem é nomeado;ü rever o regime jurídico de nomeação dos cargos de altos dirigentes da Administração Pública e das Empresas Públicas, criando mecanismos legais que assegurem o recrutamento por procedimento concursal público simplificado e desburocratizado, assegurando também a divulgação pública do respectivo currículo, declarações actualizadas de património próprio, situação fiscal e montantes de subvenções de aposentação e segurança social dos candidatos;ü reforçar a transparência dos procedimentos concursais para os cargos dirigentes intermédios da Administração Pública, com a constituição de júris mais independentes do poder decisório dos dirigentes de topo dos serviços (nomeação de confiança política e/ou de proximidade pessoal dos respectivos membros de Governo) que constituem, por inerência, a presidência daqueles júris.
VISÃO