Os casos recentes de ataques chamaram a atenção para o problema que atinge a região do “Chifre da África”.
Como os piratas agem?
Eles estão equipados com alta tecnologia, como telefones via satélite e aparelhos de GPS. As suas armas são lança-granadas e rifles AK-47. Para abordar os navios, eles usam lanchas com motores potentes. Para chegar ao convés dos seus alvos, usam ganchos, cordas e escadas. Por fim, levam a embarcação capturada até o porto de Eyl, na Somália, onde mantêm os reféns em cativeiro até o pagamento dos resgastes.
Por que é tão difícil conter suas acções?
Os piratas se deslocam muito rápido e, em geral, à noite. Muitas vezes é tarde demais para a tripulação se dar conta do ataque. Uma vez a bordo de um navio, a intervenção militar fica comprometida por causa dos reféns. Não existe uma legislação internacional destinada aos acusados de pirataria. A Somália não tem um governo efectivo, o que facilita os criminosos que actuam em suas águas territoriais.
O que motiva os piratas?
O dinheiro é o grande atractivo. As quantias que conseguem com os resgates são significativas em um país assolado pelo desemprego e pela fome e que está há 17 anos em guerra civil. Estima-se que os piratas tenham facturado US$ 150 milhões em 2008. Parte do dinheiro é usado para financiar novos sequestros, comprando mais armas e lanchas.
Como a pirataria afecta os não-somalis?
Há enormes prejuízos para as empresas que actuam no sector de navegação. Além disso, a principal consequência económica da pirataria é o encarecimento do frete, que acaba aumentando também os preços das mercadorias transportadas, até que os aumentos cheguem ao consumidor comum de todo o mundo. Estima-se que os prejuízos decorrentes da pirataria tenham ficado entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões no ano passado.
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