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“Nas leituras tradicionalmente associadas aos textos kafkianos é comum encontrarmos uma visão desencantada da humanidade, uma espécie de conformismo e de irremediável condenação ao peso das instituições. Na preparação deste espectáculo propusemo-nos trabalhar também sobre o lado mais luminoso do universo de Kafka”, explica.
Acrescenta que em muitos dos seus pequenos textos, em contos, parábolas ou passagens do diário, e em pormenores da sua própria biografia, encontra-se “uma escrita plena de humanismo”.
O espectáculo “atravessando as palavras há restos de luz” foi construído ao longo de um processo de pesquisa e experimentação iniciado há mais de um ano com os alunos da Oficina de Artes da Licenciatura em Estudos Artísticos da Universidade de Coimbra, que a companhia dirige.
Nesse sentido, dois recém-licenciados em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras de Coimbra, que frequentaram a oficina realizada no ano passado, fazem parte do elenco alargado desta produção, que inclui ainda a cineasta Fátima Ribeiro e uma actor estagiário.
Com dramaturgia e encenação de António Augusto Barros, director artístico de A Escola da Noite, a peça tem um elenco de actores constituído por Ana Mota Ferreira, António Jorge, Heloísa Simões, Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash, Sílvia Brito e Sofia Lobo.
O espectáculo ficará em cena até 26 de Abril na sala da companhia, no Teatro da Cerca de São Bernardo, de quarta a sábado às 21:30, e aos domingos às 16:00.
Lusa/SOL
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