No Brasil, quatro milhões de hectares estão registados em nome de grupos internacionais e mais de metade da área comprada por estrangeiros está localizada na Amazónia. A desflorestação é já uma realidade no maior "pulmão" brasileiro, que tem sido usurpado por investidores estrangeiros à procura de terrenos para produzir alimentos e biocombustíveis.
O desaparecimento de alguns territórios no próximo século, um tema que será discutido durante a Cimeira do Clima, em Copenhaga, está também a levar muitos países a procurarem, fora de portas, terras aráveis para cultivar. Por esse motivo, o Courrier Internacional de Dezembro dedica um dossiê a este neocolonialismo, que visa essencialmente países africanos e asiáticos.
Pelo menos 30 milhões de hectares de solos aráveis são cultivados em proveito das nações estrangeiras mais ricas e países como o Congo-Brazzaville puseram um terço do território à venda, enquanto outros, como a Índia, não param de comprar grandes parcelas de terreno na Etiópia, Quénia, Indonésia, Uruguai e Paraguai.
Os habitantes destes países, sobretudo camponeses pobres que vivem da agricultura, não têm sequer uma palavra a dizer e são, muitas vezes, sumariamente espoliados.
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