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Como contrapartida, o governo pretende que as universidades ofereçam melhores condições de acesso ao candidato. Na hora de escolher um curso, o estudante deverá ter uma lista de informação adicional em que seja possível conhecer com detalhe as cadeiras incluídas na licenciatura, o número de horas de aulas a serem dadas pelos professores ou os métodos de ensino a que vai estar sujeito. Determinar com que frequência cada aluno irá beneficiar de seminários e colóquios, informar sobre o número de horas de trabalho individual que cada curso implica e saber com que frequência vão ser avaliados são outras indicações que os institutos devem esclarecer quando lançam os novos cursos.
As obrigações das universidades perante o aluno não se esgotam com o fim do curso. Estatísticas sobre o desemprego e empregabilidade deverão ser facultadas de seis em seis meses e durante os três primeiros anos após concluírem a licenciatura. O que falta ainda saber é como pretende o governo implementar este sistema de acesso ao ensino superior. Centralizar a informação de todas as universidades num website é uma das hipóteses levantadas pelo ministro Peter Mandelson, mas ainda nenhuma decisão foi tomada pelo governo inglês.
O plano pretende ser uma resposta ao descontentamento generalizado dos estudantes universitários que protestam contra os cerca de 3600 euros desembolsados por ano para frequentar um curso superior e que dizem não ter retorno no momento de entrar no mercado de trabalho. Em Portugal, as universidades públicas estabelecem como máximo 920 euros de propinas anuais. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior divulga todos os anos o estudo sobre empregabilidade dos cursos, uma medida criada em 2005 que visa combater o desemprego de longa duração entre jovens licenciados.
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