quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Astérix cumpre 50 anos
Cumprem-se esta quinta-feira 50 anos sobre a publicação do primeiro livro de uma das mais famosas figuras de banda desenhada de sempre, o Astérix.A primeira história do Astérix foi publicada na revista Pilote em 1959. O primeiro álbum saiu dois anos depois e chamava-se "Astérix, o Gaulês", de 1961, a que se seguiram mais 32 álbuns.
As Editions Goscinny-Uderzo assinalam o aniversário com a publicação da "Grande Collection" integral, impressa a partir das pranchas originais restauradas.
TSF
As Editions Goscinny-Uderzo assinalam o aniversário com a publicação da "Grande Collection" integral, impressa a partir das pranchas originais restauradas.
TSF
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
1856 - Primeira viagem de comboio em Portugal
A 28 de Outubro de 1856, realiza-se a primeira viagem de comboio em Portugal, entre Lisboa e o Carregado, numa altura em que não havia estradas, nem sequer bons caminhos.
dia mundial da terceira idade
O Dia Mundial da Terceira Idade foi proclamado pelas Nações Unidas como forma de chamar a atenção do Mundo para a situação financeira, social e afectiva em que se vive nessa faixa etária. Apenas uma pequenissima parcela da população idosa aufere rendimentos suficientes para levar uma existência minimamente aceitável. A maioria, infelizmente, passa bastantes dificuldades, competindo aos filhos suprir as necessidades económicas dos pais quando estes atingem uma idade avançada e, sobretudo, distribuir-lhes carinho idêntico àquele que deles receberam enquanto foram jovens. As crianças, por sua vez, deverão respeitar e valorizar o papel dos avós na vida familiar. Socialmente, nada há mais triste que abandonar idosos em lares, não permitindo a cooperação e a partilha de saberes entre as diferentes gerações. Conta-se que, há muitos anos, numa terra longínqua, sempre que alguém atingia uma idade avançada, o seu filho entregava-lhe um cobertor e abandonava-o num monte, onde ficava a aguardar a morte. Certo dia, um idoso, ao chegar a sua vez de ser deixado no referido monte, devolveu o cobertor ao filho, dizendo-lhe: "fica com ele, assim já terás dois cobertores para te aqueceres quando também chegar a tua vez de para aqui vires". Só então o filho se apercebeu de quão terrível era aquele costume e trouxe o pai de volta ao seio familiar.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Tribunal europeu condena estado no caso de Mortágua
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o Estado Português por ter considerado difamatório o boneco que um habitante de Mortágua fez circular pelas ruas, no Carnaval de 2004, e que representava o autarca local.
Ricardo Silva tinha sido condenado pelo Tribunal de Santa Comba Dão, em Julho de 2006, ao pagamento de multa e de uma indemnização por difamação do presidente da Câmara de Mortágua, Afonso Abrantes, no Carnaval de 2004.
O caso foi apreciado na quarta-feira, por juízes europeus que consideram, por unanimidade, o "episódio de sátira carnavalesca não difamatório". o Estado português vai ter que pagar ao munícipe o valor da multa aplicada em 2006 (4.400 euros) mais quatro mil euros por danos morais e 1.500 euros de custas.
O autarca de Mortágua, Afonso Abrantes não se pronunciou sobre a decisão.
domingo, 25 de outubro de 2009
Tons de azul
Um pombo coroado Victoria (Goura victoria) foi captado ontem pelas lentes de uma câmara fotográfica no parque Katandra Treetops no Puerto de la Cruz, na ilha de Tenerife.
Foto: Santiago Ferrero/Reuters
Foto: Santiago Ferrero/Reuters
Lobo-ibérico recebe prêmio mundial de fotografia
Um lobo-ibérico foi a grande estrela dos prêmios fotográficos Veolia Environment Wildlife, entregues pela BBC e Museu Nacional de História Natural da Inglaterra. Esta espécie, que habita o norte de Portugal e da Espanha, foi captada num momento de caça, mas sem sangue. Aves lutadoras, gatos ciumentos e insetos solitários foram os outros vencedores.
Diz o ditado que quem espera sempre alcança e, este ano, a paciência deu ao espanhol Jose Luiz Rodriguez o prêmio Veolia Environment Wildlife na categoria de Retratos de Animais. A foto é de um lobo-ibérico saltando uma cerca, num ato de predação antecipado por Rodriguez.“Queria capturar um lobo num ato de caça, mas sem sangue”, disse o fotógrafo à BBC News, sobre a maneira como, muitos anos antes, planejou esta foto que até chegou a esboçar em papel. “Não queria uma imagem cruel”, explicou. O júri e fotógrafo Mark Carwardine considerou que Rodriguez conseguiu capturar “milhares de anos de interação entre o ser humano e o lobo num momento apenas”. A competição, que já vai para sua 45ª edição, é organizada pela BBC Wildlife Magazine e pelo Museu Nacional de História Natural de Londres.
O lobo-ibérico habita apenas a zona noroeste da Península Ibérica, distribuindo-se pela Galiza, Astúrias, Cantábria e Leão e Castela além de matilhas isoladas na serra Morena. Em Portugal haverá cerca de 300 lobos-ibéricos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Bragança, além de uma pequena área no distrito do Porto e a sul do Douro. No total são cerca de 2000 indivíduos.
A alcateia do sul do Douro foi, ainda este mês, notícia quando as associações ambientalistas Quercus e FAPAS (Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens) ameaçaram apresentar uma queixa contra o governo português na União Europeia. Os ambientalistas contestam a construção de um parque eólico que pode colocar em risco a sobrevivência dessa importante alcateia. “Somos favoráveis às energias renováveis, mas não a qualquer custo”, afirmou, na ocasião, Samuel Infante, da QUERCUS, frisando que as medidas de minimização do impacto do parque eólico que foram propostas “não são suficientes” para proteger os lobos da alcateia de Leomil.
Foto: Jose Luiz Rodrigues
DN Ciência
sábado, 24 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A ideia de demolir o Estádio Municipal de Aveiro
A ideia de demolir o Estádio Municipal de
Aveiro, devido aos elevados encargos com a manutenção e conservação deste equipamento, já se tornou no primeiro grande debate do novo mandato autárquico, mas a hipótese não parece colher muitos apoiantes.
O assunto que surgiu na praça pública através do presidente da concelhia de Aveiro do PSD, Ulisses Pereira, tem sido discutido não só nas mesas de café, como também nas bancadas do próprio estádio, como aconteceu no último domingo, durante a realização do jogo entre o Beira-Mar e o Torre de Moncorvo a contar para a Taça de Portugal.
“Não faz sentido nenhum pensar numa coisa dessas com o dinheiro que se gastou aqui da Câmara, do Estado e de toda a gente”, dizia João Gonçalves um dos 350 espectadores que assistiam ao desenrolar da partida - pouco mais de um por cento da lotação do estádio. Este sócio do Beira-Mar há 40 anos admite que o estádio “é um elefante branco”, mas diz que isso se deve ao facto de a autarquia ter “parado no tempo”, referindo-se ao facto de os projectos complementares previstos para a área envolvente ao estádio não terem saído ainda do papel.
publico
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Fórmula 1
O piloto britânico Jenson Button e a sua equipa Brawn GP sagraram-se campeões do mundo de Fórmula 1, uma dobradinha - pilotos e construtores - no final do Grande Prémio do Brasil.
O piloto inglês Jenson Button (Brawn GP/Mercedes) sagrou-se hoje campeão do Mundo de Fórmula 1 pela primeira vez, consumando o título em Interlagos, São Paulo, Brasil.
Numa prova vencida pelo australiano Mark Webber (Red Bull), Jenson Button partiu do 14º lugar e foi quinto classificado, enquanto o seu colega de equipa, o brasileiro Rubens Barrichelo, que ainda aspirava ao título, conseguiu a primeira "pole position" da época, mas terminou na oitava posição, não conseguindo adiar a decisão para a última prova.
"Somos campeões do Mundo! Campeões do Mundo", gritou de alegria o atleta dentro do carro, cantando o célebre tema dos Queen, mal cortou a linha de meta.
Jenson Button, que ajudou ao título mundial de construtores ja garantido pela Brawn GP/Mercedes, sucede no ceptro ao compatriota Lewis Hamilton.
O piloto inglês Jenson Button (Brawn GP/Mercedes) sagrou-se hoje campeão do Mundo de Fórmula 1 pela primeira vez, consumando o título em Interlagos, São Paulo, Brasil.
Numa prova vencida pelo australiano Mark Webber (Red Bull), Jenson Button partiu do 14º lugar e foi quinto classificado, enquanto o seu colega de equipa, o brasileiro Rubens Barrichelo, que ainda aspirava ao título, conseguiu a primeira "pole position" da época, mas terminou na oitava posição, não conseguindo adiar a decisão para a última prova.
"Somos campeões do Mundo! Campeões do Mundo", gritou de alegria o atleta dentro do carro, cantando o célebre tema dos Queen, mal cortou a linha de meta.
Jenson Button, que ajudou ao título mundial de construtores ja garantido pela Brawn GP/Mercedes, sucede no ceptro ao compatriota Lewis Hamilton.
dn
sábado, 17 de outubro de 2009
Nuno Figueiredo distinguido em dois concursos de composição
Nuno Figueiredo estuda composição com a Prof. Sara Carvalho e música electroacústica com o Prof. João Pedro Oliveira, no DeCA. Recentemente foi distinguido no 10º Concurso de Música Electroacústica (promovido pela Miso Music), sendo da sua autoria uma das duas obras escolhidas pelo júri, de entre as melhores de compositores portugueses. O resultado foi conhecido durante a 15ª edição do Festival Musica Viva de Lisboa.
Também da autoria deste aluno da UA é a peça «Klanken Uit», uma das três obras seleccionadas em Setembro pelo júri no 2º Concurso de Composição, organizado conjuntamente pela Casa da Música e Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE). A peça vai ser executada pelo Remix Ensemble, sob a direcção de Peter Rundel, em concerto agendado para as 15h00 do dia 25 de Outubro, na Casa da Música.Nuno Figueiredo, 26 anos, iniciou os seus estudos musicais na Filarmónica de Santa Comba Dão, de onde é natural, com o Professor Artur Gouveia. Entre 1998 e 2003 dedicou-se ao estudou de trompete no Conservatório Calouste Gulbenkian, em Aveiro. Participou em diversos seminários de composição e improvisação e trabalhou em orquestra de sopro com vários maestros. Nuno Figueiredo é também professor de Classe Conjunto na Filarmónica de Santa Comba Dão e na Banda Amizade, onde desenvolve um reportório novo e específico para orquestras juvenis. Frequenta, actualmente, o último ano da licenciatura em Música, na área de composição, no Departamento de Comunicação e Arte da UA.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
O melhor Dão dos últimos quatro anos
Há mais e melhor vinho na Região Demarcada do Dão (RDD). Condições climatéricas favoráveis concorreram para o apuro da maturação das uvas, sem pôr em causa a quantidade. A colheita de 2009 pode chegar aos 40 milhões de litros.
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), Valdemar Freitas, fala numa das "melhores campanhas" dos últimos anos para os vinhos da região. "Este ano o tempo esteve do nosso lado. As condições climatéricas favoráveis que se fizeram sentir, durante o período de maturação das uvas, ajudaram a fazer aquele que esperamos venha a confirmar-se como um dos melhores vinhos dos últimos três a quatro anos", declarou o dirigente.
A par da qualidade, o mesmo responsável estima que a produção registe um aumento de 15% relativamente à campanha anterior, o que se traduzirá num total de 40 milhões de litros. "A região tem normalmente uma produção média que se situa entre os 45 e os 50 milhões. Nos últimos anos, por razões de vária ordem, tem havido um decréscimo. O ano de 2008 ficou-se apenas pelos 35 milhões de litros", explica Valdemar Freitas. A CVRD reconhece que 40 a 50% dos vinhos anualmente produzidos na região são "susceptíveis" de obter a Denominação de Origem. Uma percentagem que aumenta ou diminui, esclarece o presidente do organismo, proporcionalmente à qualidade maior ou menor da produção de cada campanha.
Dos vinhos produzidos na RDD cerca de 40% destinam-se à exportação. Os mercados prioritários, a exemplo do que sucede com outros vinhos nacionais, são Angola, Estados Unidos da América, Brasil e Canadá.
"Angola é neste momento um dos principais mercados dos vinhos portugueses, nomeadamente do Dão. É um filão em que vamos continuar a apostar, nem que para isso seja necessário um esforço acrescido de todos os intervenientes", diz, ao JN, Valdemar Freitas.
A promoção da Região Demarcada do Dão, fora de portas, levou a CVRD a partilhar com as congéneres da Bairrada e Beira Interior uma candidatura à Organização Comum de Mercado (OCM) no valor de 1,3 milhões de euros.
A candidatura tem garantido um financiamento de 65%, a fundo perdido, sendo que o restante terá de ser assegurado por capitais dos produtores de cada uma das regiões. "No caso do Dão, como o objectivo é intensificar o processo de internacionalização em curso, estamos dispostos a adiantar cerca de 50% da parte que cabe aos produtores", explicou o presidente da CVRD.
Apesar do que garante ser "um dos melhores momentos do vinho do Dão", graças a uma conjugação de factores que não exclui "o trabalho da CVRD, dos seus técnicos, dos produtores e das adegas cooperativas", Valdemar Freitas admite que a região não escapou à crise. "Calculámos uma quebra nas vendas de vinhos com Denominação de Origem, na ordem dos 9%. Era quase inevitável que isso não acontecesse".
Distribuída pelos distritos da Guarda (Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia), Coimbra (Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua) e Viseu (Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela e parte de Viseu), a RDD ocupa uma área total de cerca de 388 mil hectares, sendo que 20 mil são de vinhas.
dn
Neues Museum de Berlim reabre após 70 anos
O busto da raínha egípcia Nefretiti, uma das obras de arte mais famosas da Antiguidade, estará de novo a partir de hoje no seu lugar no Neues Museum de Berlim, que foi destruído pela guerra e reabre após 70 anos.
A restauração do museu, que albergará as colecção da Pré-História, a colecção de História Primitiva e a colecção da Antiguidade, esteve a cargo do arquitecto britânico David Chipperfield, durou seis anos e custou 200 milhões de euros.
O Neues Museum será inaugurado hpje pela chanceler alemã, Angela Merkel, mas o público, que deverá afluir em grande número, só poderá ver o busto de Nefretiti e as outras obras de arte a partir de sábado.
Em compensação, nesta dia as entradas serão gratuítas. Pela primeira vez desde o início da II Guerra Mundial, em 1939, reconstitui-se assim na sua plenitude o conjunto dos cinco edifícios que albergam valiosas exposições históricas e compõem a Ilha dos Museus de Berlim, declarada pela UNESCO como Património Mundial.
A abertura do Neues Museum é também uma etapa importante no plano de modernização de todo o complexo, que deverá estar concluído em 2028.
O Neues Museum, projectado por Friedrich August Stueler, foi construído entre 1843 e 1855.
A obra de arte mais famosa do seu acervo é o busto de Nefretiti, mulher principal do faraó Akhenaton.
Antes de voltar ao Neues Museum, o busto percorreu um longo caminho e recentemente o Egipto ameaçou exigir a sua restituição.
Berlim, no entanto, garante que possui legalmente o busto, que foi encontrado pelo arqueólogo alemão Ludwig Borchardt, em 1913, em expedição e escavações no Egipto financiadas pelo mecenas James Simon.
Outras importantes peças são a chamada Colecção de Tróia, ou Tesouro de Priamos, descoberto na antiga Tróia, na costa ocidental da Turquia, em 1873, pelo arqueólogo alemão Heinrich Schliemann (1822-1890), e oferecido a Berlim, o Chapéu de Ouro, da Idade do Bronze, e o crânio do Homem de Neanderthal, encontrado em Le Moustier.
Ao todo, serão expostas quase nove mil peças de arte em cerca de oito mil metros quadrados de área, espaço quase três vezes maior do que dispunham as mesmas colecções noutros museus de Berlim, onde foram colocadas provisoriamente.
A restauração do Neues Museum foi confiada a Chipperfield em 1997, e o reputado arquitecto tentou manter a estrutura e os materiais originais, optando também por deixar os buracos de balas do tempo da guerra na fachada do prédio e em manter os estragos causados pela passar do tempo.
Só as partes do Museu totalmente irreparáveis foram substituídas.
Controversa, no entanto, foi a opção de Chipperfield por uma escada de betão na nave central do museu, onde outrora existia uma escada com ricos ornamentos e uma impressionante pintura de parede.
Lusa / SOL
Saara Inédito
A região líbia de Fezzan acolheu várias culturas humanas que ali se implantaram e se extinguiram, sempre dependentes da chuva.
O vento sopra das profundezas do tempo. O Saara impressiona-nos como um inferno perpétuo de dunas e céu azul. As suas panorâmicas deslumbram-nos, mas nem reparamos que este é um dos mais importantes locais de preservação da Terra. Aqui, o passado perdura e interpela-nos, sob a forma de areia, rocha, calor e vento seco. Sussurra-nos a história de solavancos repetidos de alteração climática, bem como do avanço e recuo da presença humana. David Mattingly chefia o Projecto Migrações no Deserto. Os peritos envolvidos são viajantes do tempo que se deslocam pelo Saara em veículos de tracção às quatro rodas, procurando vestígios dos nossos antepassados. Equipados com pneus de pressão reduzida para proporcionar tracção suplementar, trepam por dunas com trinta metros de altura e criaram um método totalmente novo de observar este deserto.Charles Bowden fotografias de George Steinmetz
RTP inaugura museu dedicado ao seu passado
A estação pública apresentou esta quinta-feira, na sua sede em Lisboa, um espaço museológico onde os visitantes têm a oportunidade de contactar com as peças que fazem a história do operador, que completou 50 anos há dois anos.
A colecção visitável conta com 163 peças. O visitante pode ainda visionar programas antigos emblemáticos. Outros dos atractivos é a possibilidade de reviver o ambiente de estúdio de rádio dos anos 50 e mesmo gravar uma emissão televisiva recorrendo à mais moderna tecnologia.
Paralelamente,foi ainda lançada uma nova fase do Museu Virtual. Junta-se agora à documentação relativa ao espólio antigo, uma galeria multimédia, além de novas peças e fotografias.
dn
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Provedor quer menos ruído em zonas habitacionais
A Provedoria do Ambiente e da Qualidade de Vida Urbana de Coimbra apelou,ontem, domingo, à Câmara Municipal para ser mais exigente na emissão de licenças de ruído e reduzir o horário nocturno de bares em zonas habitacionais.
É apenas uma recomendação do organismo liderado por Massano Cardoso, que o epidemiologista dirigiu ao Executivo de Carlos Encarnação e aos deputados da Assembleia Municipal de Coimbra, mas os termos do documento, a que o JN teve acesso, são um claro "grito de alerta" de quem quer ver resultados práticos a muito curto prazo.O provedor do Ambiente, médico e professor universitário, diz que "deve ser revista a emissão de autorizações especiais de ruído, nomeadamente para eventos em locais públicos e ao ar livre; devem ser revistos os horários de funcionamento de estabelecimentos de restauração e de diversão nocturna, nomeadamente aqueles existentes em áreas preferencialmente residenciais".
Na opinião de Massano Cardoso, deve igualmente "ser equacionada a não autorização de estabelecimentos de actividade comercial e industrial em zonas residenciais".
No imediato, sustenta o médico epidemiologista, "deve ser revista e analisada a autorização de actividade nocturna nas obras da variante sul do Itinerário Complementar (IC)2".
Ao JN, fonte da autarquia disse que "a recomendação da Provedoria do Ambiente e da Qualidade de Vida vai ser analisada com a atenção que um assutno tão delicado e importante como este merece". Por outro lado, garantiu que é intenção da Câmara diligenciar no sentido de reduzir o ruído e aumentar a qualidade de vida dos munícipes.
Douro ao sabor do Vinho
Nada como um fim-de-semana no Douro para revigorar corpo e alma, passeando por uma dúzia de lugares de eleição capazes de transformar uma viagem numa incursão sensorial de relaxe, descoberta, degustação da gastronomia local e da cultura do vinho.
Arte urbana: graffiti no Seixal
São 50 writters, nacionais e estrangeiros, que de sprays de tinta em riste mostrarão os seus dotes artísticos, pintando o muro da antiga fábrica Mundet, durante o próximo fim-de-semana. São eles Rough e System, de Londres; Nash, da Holanda, Sonsi, de Madrid, Mosaik, de Oeiras, Ram, de Sintra, Leg Crew (Klit, Time, Mar) de Almada e Nomen, de Oeiras.
O Meeting of Styles é uma rede internacional de artistas e fãs de graffiti que nasceu em Wiesbaden, na Alemanha, em 2002. A ideia é criar uma comunidade internacional de arte onde os intervenientes possam comunicar e partilhar ideias, além de fomentar o intercâmbio internacional de artistas e das suas obras. Ao longo da sua existência, o MOS produziu mais de 75 eventos em dezasseis países europeus, na Rússia e na América, com a participação de centenas de artistas.
Ao longo deste ano o MOS vai passar por 15 países, incluindo Portugal, onde esteve pela primeira vez em 2003 (Caldas da Rainha). Após seis anos, regressa a Portugal, desta vez ao Seixal.
ionline
DocLisboa passa pela Culturgest, Londres e São Jorge
Até dia 25, o festival vai desdobrar-se entre a Culturgest e os cinemas Londres e São Jorge, propondo várias homenagens e retrospectivas, a presença de realizadores estrangeiros e filmes inéditos portugueses, produzidos este ano.
Haverá um ciclo dedicado aos Balcãs, pós-Jugoslávia, e foi feita uma selecção de filmes do ou sobre o Irão, repartidos por várias secções.
Destacam-se "Shirin", do cineasta iraniano Abbas Kiarostami, "Letters to the President", de Petr Lom, e ainda "No One Knows About Persian Cats", de Bahman Ghobadi, um documentário sobre a cena indie-rock de Teerão.
Do cinema documental premiado lá fora, a organização escolheu, por exemplo, "The Fortress", de Fernand Melgar, Grande Prémio de Locarno em 2008, "Below Sea Level", de Gianfranco Rosi, premiada em Veneza e no Cinéma du Réel, "Boris Ryzhy", de Aliona van der Horst, prémio Silver Woolf, no Festival Internacional de Amesterdão.
O realizador lituano Jonas Mekas, apresentado pelo DocLisboa como "uma lenda viva do cinema", estará em Lisboa para uma retrospectiva da sua obra.
Mekas, de 87 anos e radicado nos Estados Unidos, apresentará alguns dos seus filmes do cinema vanguardista norte-americano, entre os quais os recentes "Lithuania an the collapse of the USSR" e "An american film director at work: Martin Scorcese", feitos este ano.
Além de Jonas Merkas, destaque para a presença em Lisboa do realizador francês Nicolas Philibert, que apresentará, em estreia europeia, o filme "Nenette" e estará três semanas na cidade para um atelier de realização com 15 jovens realizadores.
Pela primeira vez haverá um ciclo dedicado ao futebol e outro às histórias de amor, habitualmente retratadas na ficção, mas que também existem no cinema documental.
Haverá ainda uma pequena homenagem à bailarina e coreógrafa Pina Bausch, falecida este ano, com a exibição de três filmes, entre os quais "Lissabon Wuppertal Lisboa", de Fernando Lopes.
Quanto aos filmes portugueses, Sérgio Tréfaut, um dos directores do DocLisboa, declarou ser este "o ano de maior maturidade no documentário português".
Foram seleccionados 19 filmes para a competição e curtas e longas-metragens e nesta vertente contam-se documentários como "Com que voz", de Nicholas Oulman, sobre o pai, o compositor de fados Alan Oulman, "Bobby Cassidy", de Bruno de Almeida, sobre aquele pugilista norte-americano, e "Dundo, memória colonial", de Diana Andringa, sobre a localidade angolana onde a realizadora nasceu.
Este ano a secção de competição internacional apresenta-se remodelada, dividindo-se em três categorias: longas-metragens (mais de 60 minutos), médias (entre 30 e 60) e curtas (menos de 30 minutos).
Além do prémio para a melhor longa-metragem, este ano haverá um prémio para uma curta e um prémio para uma média, com júris diferentes.
A lista completa dos documentários portugueses em competição:
Longas-metragens:
"48" - Susana de Sousa Dias
"Bobby Cassidy - Counterpuncher" - Bruno de Almeida
"Com que voz" - Nicholas Oulman
"Dundo, memória colonial" - Diana Andringa
"Gente da Casa" - Carlos Gomes, Ruy Otero
"Lisboa domiciliária" - Marta Pessoa
"Luanda, a fábrica da música" - Inês Gonçalves, Kiluanje Liberdade
"Os esquecidos" - Pedro Neves
"Paredes meias" - Pedro Mesquita
"Pare, escute, olhe" - Jorge Pelicano
Curtas-metragens:
"Avant la corrida" - Edgar Pêra
"Entrevista com Almiro Vilar da Costa" - Sérgio Costa
"Himsagar Express" - João Chaves
"Listening to the silences" - Pedro Flores
"Mãe e Filha" - Catarina Mourão
"No Hia Ma" - Alejandro Campos
"Passando à de Zé Marôvas" - Aurora Ribeiro
"Reservado" - Paula Preto
"Territórios" - Mónica Baptista
dn
Quadro até agora atribuído a pintor do século XIX é afinal de Leonardo Da Vinci
A impressão digital descoberta num canto de um quadro até agora atribuído a um artista alemão do século XIX parece confirmar que se trata de uma tela de Leonardo da Vinci, informa a revista Antiques Trade Gazette. O quadro, de 33 por 23 centímetros, foi vendido em 1998 num leilão em Nova Iorque por 19 mil dólares (cerca de 12800 euros) mas, se a nova atribuição for verdadeira, poderá alcançar os 150 mil milhões de dólares (101.500 milhões de euros), segundo os peritos.
Segundo Peter Paul Biro, um perito forense em arte do Canadá, a impressão digital corresponde à ponta do dedo indicador e é «muito parecida» com a encontrada num São Jerónimo do pintor renascentista italiano que se conserva no Vaticano.
O jornal The Times informa que Martin Kemp, professor emérito de História de Arte da Universidade de Oxford, teve inicialmente uma reacção de incredulidade mas está agora convencido de que se trata de uma obra de Da Vinci.
A obra em questão foi leiloada com o título de Jovem de Perfil com Vestido do Renascimento, mas Kemp rebaptizou-a como La Bella Principessa (A bela princesa) depois de a identificar, «por um processo de eliminação», con Bianca Sforza, filha de Ludovico Sforza (1452-1508), duque de Milão, e da sua amante Bernardina de Corradis.
Se realmente for de Leonardo, como acredita Kemp, esta será a única obra de Leonardo sobre pergaminho.
Ainda segundo Kemp, o pintor renascentista, em 1494, informou-se junto do artista francês Jean Perréal acerca da técnica do uso de giz de cores sobre pergaminho.
O quadro foi adquirido em 1998 por uma negociante de arte nova-iorquina, Kate Ganza, que o vendeu pela mesma quantia ao perito Preter Silverman em 2007, pensando tratar-se da obra de «um artista alemão que havia estudado em Itália, onde se tinha familiarizado com a obra de Leonardo».
Quando Silverman viu o quadro emocionou-se, porque pensou que poderia ser obra de um artista de Florença ou mesmo do próprio Da Vinci.
As análises com a técnica do carbono-14 permitem datar o pergaminho de entre 1440 e 1650 e as efectuadas com análises por raios infra-vermelhos revelam paralelismos com outras obras de Leonardo.
Lusa / SOL
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
El Mundo considera «sublime» novo álbum de Rodrigo Leão
O jornal espanhol El Mundo classificou hoje como «sublime» o novo álbum de Rodrigo Leão, uma obra dedicada à sua mãe e que o músico descreve como «bem filosófica» e centrada nas questões da vida e da morte, sem ser um disco triste.
«O álbum 'A Mãe', como não podia deixar de ser uma vez que se trata do ex-fundador dos Madredeus e dos Sétima Legião, só pode qualificar-se como sublime», avança a edição online do El Mundo.
Em entrevista telefónica ao jornal espanhol, Rodrigo Leão frisou que dedicou o álbum à mãe, já falecida, por a considerar a sua fonte de inspiração, considerando-o «não um disco triste em absoluto», mas «bem filosófico, onde as questões da vida e da morte estão muito presentes».
«A minha mãe foi uma das pessoas que mais me influenciou para que me empenhasse a fazer música. Quando estavámos nos Sétima Legião, ajudava-nos a compor os títulos das canções. Ela encaminhou-me para a música, para a arte e para a literatura... quando eu não tinha mais que 12 ou 13 anos», contou Rodrigo Leão.
Rodrigo Leão conta com a cumplicidade do Cinema Ensemble e vai dar dois concertos no dia 28 de Outubro no Porto e no dia 30 no Coliseu de Lisboa e a 2 e 24 de Novembro em Madrid e no Petit Palau de Barcelona, respectivamente.
Lusa / SOL
«O álbum 'A Mãe', como não podia deixar de ser uma vez que se trata do ex-fundador dos Madredeus e dos Sétima Legião, só pode qualificar-se como sublime», avança a edição online do El Mundo.
Em entrevista telefónica ao jornal espanhol, Rodrigo Leão frisou que dedicou o álbum à mãe, já falecida, por a considerar a sua fonte de inspiração, considerando-o «não um disco triste em absoluto», mas «bem filosófico, onde as questões da vida e da morte estão muito presentes».
«A minha mãe foi uma das pessoas que mais me influenciou para que me empenhasse a fazer música. Quando estavámos nos Sétima Legião, ajudava-nos a compor os títulos das canções. Ela encaminhou-me para a música, para a arte e para a literatura... quando eu não tinha mais que 12 ou 13 anos», contou Rodrigo Leão.
Rodrigo Leão conta com a cumplicidade do Cinema Ensemble e vai dar dois concertos no dia 28 de Outubro no Porto e no dia 30 no Coliseu de Lisboa e a 2 e 24 de Novembro em Madrid e no Petit Palau de Barcelona, respectivamente.
Lusa / SOL
Microcrédito. Para quem não tem acesso ao crédito
."Pus o carro à frente dos bois", assume Marcos Santos, que depois de ficar desempregado constituiu a sua própria empresa, montou o escritório e contratou pessoal, mas, pouco tempo depois, percebeu que ninguém lhe iria emprestar dinheiro para arrancar com o seu projecto. Depois de lhe fecharem a porta várias vezes, chegou no início do ano passado ao Millennium bcp Microcrédito. "Deram-me o máximo possível, 15 mil euros, mas era só um décimo do que realmente precisava", conta. Contudo, foi o suficiente para "tornar o negócio viável e liquidar o crédito ao fim de cerca de 12 meses, quando o prazo era de 48 meses". A Tormarine, a empresa que criou em Cascais e que fornece peças e reparações a navios, está hoje livre de créditos.
São muitas as pessoas que, através das vias normais, não têm acesso ao crédito necessário para lançar um projecto que as permita integrar-se na sociedade, mesmo que o plano seja economicamente viável. Normalmente, são desempregados, jovens à procura do primeiro emprego, reformados e imigrantes. Todavia, a solução para essas pessoas está em expansão: o microcrédito, financiamento de baixo montante que exige poucas ou nenhumas garantias, apenas boas ideias e muito empenho. E ideias não faltam: é o caso das vendas de artesanato de Fátima Fonseca, de Fornos de Algodres, de Dany Rangel, que, a partir de Coimbra, vende jogos e banda desenhada, e de Dina Nzambi, que leva a arte das cabeleiras afro às cabeças de Santo António dos Cavaleiros. Estes casos, apresentados no livro "Retratos, 10 Anos de Microcrédito em Portugal", lançado em Dezembro de 2008, quando a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) celebrou o décimo aniversário, começam a contar-se aos milhares. As últimas estatísticas da ANDC e do Millennium bcp, que há quase quatro anos criou a única rede bancária dedicada exclusivamente ao microcrédito, mostram que o número de operações aprovadas em Portugal já ultrapassou os dois milhares.
"O microcrédito não é só crédito: é um serviço que prestamos a pessoas carenciadas que não conseguem trabalhar com a banca. É um serviço de acompanhamento que nenhum outro cliente do banco tem. Os resultados são qualitativos e não quantitativos", conta Helena Mena, directora central do Millennium bcp Microcrédito. Há, no entanto, outro número importante: em quase 11 anos foram criados cerca de 3300 postos de trabalho a partir de projectos de microcrédito.
Condições Os microcréditos contratados por intermédio da ANDC, que tem escritórios em Lisboa e no Porto, ficam bastante baratos: sobre a Euribor a três meses, os empreendedores pagam um spread entre 2% e 3%. Os três bancos parceiros da ANDC - Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo e Millennium bcp - não têm margem para ganhar dinheiro, porque o risco do financiamento é muito elevado. "Não atingimos a sustentabilidade, mas havemos de lá chegar", revela Helena Mena, do Millennium bcp. Os bancos estão dispostos a perder dinheiro, porque o microcrédito insere-se na vertente de responsabilidade social.
Apesar do dinheiro sair dos cofres das instituições financeiras, a avaliação dos projectos é feita pelos técnicos da ANDC. "Mais do que a avaliação, a ANDC ajuda a pessoa a montar o seu projecto, confrontando-a com a sua ideia e ajudando-a a perceber se essa é realmente a via para a sua reinserção", explica José Centeio, secretário-geral da associação, cujos custos de financiamento são suportados na quase totalidade pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional. Até Setembro de 2009, os financiamento atribuídos através da ANDC ultrapassaram os seis milhões de euros.
Fora do protocolo com a ANDC, o Millennium bcp e o BES cobram taxas muito diferentes. "A taxa de juro era de 18%", lembra Marcos Santos, da Tormarine de Cascais, que se financiou junto do Millennium bcp. "É muito, mas foram as únicas pessoas que acreditaram no meu projecto", explica, acrescentando que voltaria a fazer tudo igual. "As taxas não são relevantes", diz Helena Mena. "Com uma diferença de 10% na taxa, por exemplo de 10% para 20%, pagaria mais 40 euros, o que não é significativo para uma pessoa que não tem acesso a crédito", defende, indicando ainda que as taxas são muito flexíveis. "Até temos planos de pagamentos verbais", conta. Além disso, o valor pago pelos empreendedores não é apenas pelo crédito, justifica Helena Mena, uma vez que os gestores de projecto acompanham em permanência o desenvolvimento do negócio, incluindo o desenho do plano de negócio e a formação nas áreas jurídica, financeira e comercial. A rede autónoma Millennium bcp Microcrédito atribuiu quase dez milhões de euros entre Novembro de 2005 e Agosto passado.
O Projecto BES sobre Microcrédito é bastante mais recente. O banco tem um grupo de gestores especializados que, tal como no Millennium bcp, acompanham os empreendedores do início ao fim do contrato. Contudo, o spread praticado é único e fixo nos 6% sobre a Euribor a três meses, qualquer que seja o projecto. Entre Agosto e Setembro foram aprovados 57 mil euros de um total de cerca de 172 mil euros solicitado, revela António Duarte Oliveira, do Gabinete de Microcrédito do BES.
Há cada vez mais entidades a promover o microcrédito, como o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Região Autónoma dos Açores, mas que, normalmente, recorrem a protocolos
domingo, 11 de outubro de 2009
“Como somos portugueses, salve-se quem puder!” CIDADÃO REPORTER
Não tenho fotos, nem vídeos mas gostava de partilhar mais uma situação, no mínimo, caricata sobre o funcionamento do País em que vivemos.
Numa altura em que o desemprego atinge recordes históricos entre pessoas com e sem qualificações, em que o nosso governo “promove”, ou diz promover, incentivos à criação do próprio emprego, acontece o inédito.
O meu marido, desempregado de longa duração (leia-se superior a 3 anos), licenciado, decide criar o seu próprio emprego. Um negócio pequeno, que cria apenas 2 postos de trabalho, mas que não deixa de ser um negócio.
Qual não é o seu espanto, quando, na qualidade de desempregado de longa duração, se dirige à Segurança Social para entregar um requerimento para isenção de pagamento de taxa social única durante 3 anos (ao abrigo do disposto nas MEDIDAS EXCEPCIONAIS DE APOIO AO EMPREGO E À CONTRATAÇÃO PARA O ANO DE 2009 - Portaria n.º 130/2009, de 30 de Janeiro e Declaração de Rectificação n.º 13/2009, de 10 de Fevereiro), e é informado que na qualidade de sócio-gerente não tem direito a nada.
Esta situação é, no mínimo, hilariante. Se fossemos chineses teríamos 5 anos de isenção de IRC, se fossemos ciganos teríamos não sei quantos subsídios, se fossemos dos países de Leste teríamos mais não sei quantas benesses, mas como infelizmente somos portugueses, salve-se quem puder!
Não tenho mais comentários sobre este assunto, e não sei se hei-de rir ou chorar…
Anabela Cartaxo
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Catalunha não quer mais touros: a última corrida em Barcelona
A Catalunha pode ser a primeira província espanhola a banir touradas. Por causa de pressões dos defensores dos direitos dos animais - e pelo orgulho catalão de ser diferente
Um fã fotografa José Tomás, ídolo dos aficionados espanhóis, que pode ter sido dos últimos toureiros a actuar na Catalunha Eloy Alonso/Reuters 1/1 + fotogalería .Aqui na Catalunha, esta região de Espanha de espírito persistentemente separatista, há anos que a tourada está em apuros, e a economia não tem ajudado. Os preços dos bilhetes são semelhantes aos da ópera. A produção das corridas de touros é dispendiosa. Este ano, o número de touradas desceu vertiginosamente na Catalunha e em toda a Espanha.
Mas José Tomás ainda atrai enormes multidões. Para os aficionados, ele é a última esperança das touradas. Discreto, este matador de uma intrepidez e calma fora de série, envolto em história e mistério, reformou-se em 2002, aos 27 anos, no auge da sua carreira. Volvidos cinco anos, eis que regressa inesperadamente a Barcelona, à Plaza Monumental - a bela e antiga praça de touros da cidade, toda construída em tijolo e com 19 mil lugares. Foi a primeira tourada dos últimos 20 anos a conseguir esgotar a lotação.
No início deste mês, regressou para mais uma ocasião especial: a corrida que será, possivelmente, a última a realizar-se na Catalunha.
Ao longo das últimas décadas, o interesse cada vez menor que os catalães mais jovens manifestam pelos touros, juntamente com a pressão dos defensores dos direitos dos animais e dos nacionalistas catalães, têm prejudicado a tourada na Catalunha. As praças de touros das quatro províncias da região têm vindo a fechar; a de Barcelona é a única que se mantém activa.
Agora, um referendo apresentado ao parlamento catalão, poderá acabar de vez com as touradas. Há muito que se fala, nesta zona de Espanha, sobre a proibição total da tourada. Até mesmo os aficionados já consideram plausível que a proibição seja aprovada.
Assim, a corrida - programa com três matadores e seis touros - foi mais do que apenas a última da época. Foi, possivelmente, o fim de uma era. E José Tomás surgiu no que quase pareceu ser uma derradeira tentativa de usar o seu poder de atracção e a sua mestria para ajudar os que se opõem à proibição da tourada.
Mestria, isto é, para os aficionados. Há a arte do ritual, ancestral e colorida, com as suas sequências de movimentos, firmemente estabelecida. No entanto, e porque os touros diferem, é uma arte sempre diferente, envolvendo uma certa graciosidade balética dos matadores, que são avaliados em especial pela forma como conseguem, ou não, fazer os touros parecerem igualmente graciosos. A tourada, dizem os fãs, é um património cultural espanhol. A Europa pode desejar juntar-se em torno de interesses sociais e económicos comuns, mas as culturas nacionais devem ser respeitadas e a tourada representa diversidade cultural.
Os opositores, como é óbvio, vêem a questão por outros prisma. Na corrida em Barcelona, uma dezena de defensores de direitos dos animais juntaram-se no exterior da praça de touros empunhando bem alto cartazes artesanais salpicados de tinta vermelha.
Os touros são franquistas?
Ao fundo da rua, no La Gran Pena, um bar frequentado por aficionados, Isabel Bardon, a proprietária, equilibra uma bandeja cheia de cervejas, enquanto vai navegando por entre um mar de patronos, alguns deles esticando o pescoço para ver o matador retirado, que sorria para os fotógrafos, posando ao lado de uns homens mais velhos que fumavam grandes charutos. "Para mim ia ser muito mau", diz Isabel Bardon, especulando sobre a possibilidade da proibição ser aprovada.
Poderá ser, quem sabe. O que é certo é que durante os primeiros anos do século passado, Barcelona tinha nada mais nada menos do que três praças de touros. Era a Meca dos aficionados. Entre a década de 1920 e a de 1960, realizaram-se aqui mais corridas do que em qualquer outra cidade espanhola.
Mas os nacionalistas catalães começaram a disseminar a ideia de que as touradas tinham sido uma imposição do regime fascista de Franco sobre a Catalunha, que as promovera, tal como ao flamenco, como um símbolo patriótico. A oposição às touradas tornou-se uma forma diferente de manifestação de separatismo. Os defensores dos direitos dos animais entraram em cena e deram força às reivindicações dos nacionalistas.
A questão mantém-se, acima de tudo, política. Isso é claro pelo que acontece do lado de lá da fronteira, na região catalã do Sul de França, onde as touradas são acarinhadas com o mesmo fervor com que são contestadas na Catalunha, e precisamente pela mesma razão separatista: no caso deles, por serem proibidas pelo governo de Paris.
"Numa altura em que a Europa se está a tornar maior e mais multicultural, Barcelona está a ficar mais pequena e mais catalã." É assim que Robert Elms, escritor britânico de literatura de viagens, vê a situação.
Veio ver José Tomás e comentou, antes da corrida, de que forma esta cidade escura mas mágica que em tempos conhecera, se tornou num fulgurante centro de moda que, não obstante, parece cada vez mais virado sobre si próprio.
"É vaidade", diz. "É a única palavra. E a vaidade reflecte uma cultura insegura." A possível proibição das touradas, acrescenta, assemelha-se a uma lei que exige que as crianças em idade escolar recebam a maior parte da sua formação em catalão e não em castelhano.
Paco March acena a cabeça quando é feita essa associação. Natural de Barcelona, é o autor da coluna de tauromaquia do "La Vanguardia", segundo jornal de maior tiragem da cidade. Conta que a filha, de 15 anos, é considerada fascista pelos colegas de turma, simplesmente porque tem a fotografia de um toureiro colada num caderno.
"Fico enfurecido ao ver que, em nome da democracia, uma minoria de opositores à tourada possam apagar os direitos de outra minoria, a dos aficionados, que apreciam aquilo que, neste país, é um espectáculo legal que expressa verdades profundas sobre a vida e a morte levadas ao extremo."
Os aficionados falam assim. Sublinham que as touradas tornam a morte uma coisa simples e visível numa época em que a maioria das pessoas prefere manter distância dessa realidade.
Algumas destas mesmas pessoas pactuam com a criação e abate de animais ao comer a sua carne, mas condenam as touradas. Ou então vão ver touradas a Portugal, onde os touros não são mortos na arena. São mortos depois, onde ninguém é obrigado a ver.
Para os matadores espanhóis, isso é extremamente injusto, porque lhes nega o seu dever para com os touros com os quais lutaram, poupando-os à particular vulnerabilidade que é suposto sentirem nesse momento da tourada.
Matar a própria cultura
Independentemente de aceitarmos este argumento como válido, seria um erro partirmos do princípio de que a proibição da tourada na Catalunha será um prenúncio para o resto de Espanha.
Apesar de três quartos dos espanhóis afirmarem não ter interesse por touradas, jamais admitirão que estrangeiros venham dizer--lhes o que podem ou não podem fazer. É por esta razão que a Espanha tem vindo a resistir, sistematicamente, às pressões do Parlamento Europeu e do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que seja posto fim às touradas. O que poderá acabar com elas - se é que algumas vez isso vai acontecer - será a indiferença do público, a concorrência de outro tipo de espectáculos mais baratos, como o futebol e os jogos de computador, e a morte de uma geração de aficionados.
E assim, à luz pálida de uma quente tarde de início de Outono, entre explosões de flashes e gritos de "Torero!" e "Olé!" José Tomás apareceu em Barcelona, pelo menos uma última vez, como porta-estandarte de uma arte em apuros. Orquestrou a sua habitual série de arrepiantes passes com os touros. Como Roger Federer, faz com que cada gesto pareça incrivelmente lento e elegante.
"Esta artística corrida de touros com que terminou a temporada pode muito bem ter sido a última a realizar-se nesta praça", lamenta na manhã seguinte o "El País". "Se os políticos proibirem as touradas em Barcelona, vai ser uma pena."
Paco March, o cronista de tourada do "La Vanguardia", põe a questão de uma forma mais drástica: "Queremos diferenciar-nos do resto de Espanha acabando com a morte dos touros. Mas aquilo que estamos a fazer é a matar a nossa própria cultura."
Exclusivo i//The New York Times
Veja aqui, parte da lida de José Tomás, provavelmente a última na Catalunha:
Um fã fotografa José Tomás, ídolo dos aficionados espanhóis, que pode ter sido dos últimos toureiros a actuar na Catalunha Eloy Alonso/Reuters 1/1 + fotogalería .Aqui na Catalunha, esta região de Espanha de espírito persistentemente separatista, há anos que a tourada está em apuros, e a economia não tem ajudado. Os preços dos bilhetes são semelhantes aos da ópera. A produção das corridas de touros é dispendiosa. Este ano, o número de touradas desceu vertiginosamente na Catalunha e em toda a Espanha.
Mas José Tomás ainda atrai enormes multidões. Para os aficionados, ele é a última esperança das touradas. Discreto, este matador de uma intrepidez e calma fora de série, envolto em história e mistério, reformou-se em 2002, aos 27 anos, no auge da sua carreira. Volvidos cinco anos, eis que regressa inesperadamente a Barcelona, à Plaza Monumental - a bela e antiga praça de touros da cidade, toda construída em tijolo e com 19 mil lugares. Foi a primeira tourada dos últimos 20 anos a conseguir esgotar a lotação.
No início deste mês, regressou para mais uma ocasião especial: a corrida que será, possivelmente, a última a realizar-se na Catalunha.
Ao longo das últimas décadas, o interesse cada vez menor que os catalães mais jovens manifestam pelos touros, juntamente com a pressão dos defensores dos direitos dos animais e dos nacionalistas catalães, têm prejudicado a tourada na Catalunha. As praças de touros das quatro províncias da região têm vindo a fechar; a de Barcelona é a única que se mantém activa.
Agora, um referendo apresentado ao parlamento catalão, poderá acabar de vez com as touradas. Há muito que se fala, nesta zona de Espanha, sobre a proibição total da tourada. Até mesmo os aficionados já consideram plausível que a proibição seja aprovada.
Assim, a corrida - programa com três matadores e seis touros - foi mais do que apenas a última da época. Foi, possivelmente, o fim de uma era. E José Tomás surgiu no que quase pareceu ser uma derradeira tentativa de usar o seu poder de atracção e a sua mestria para ajudar os que se opõem à proibição da tourada.
Mestria, isto é, para os aficionados. Há a arte do ritual, ancestral e colorida, com as suas sequências de movimentos, firmemente estabelecida. No entanto, e porque os touros diferem, é uma arte sempre diferente, envolvendo uma certa graciosidade balética dos matadores, que são avaliados em especial pela forma como conseguem, ou não, fazer os touros parecerem igualmente graciosos. A tourada, dizem os fãs, é um património cultural espanhol. A Europa pode desejar juntar-se em torno de interesses sociais e económicos comuns, mas as culturas nacionais devem ser respeitadas e a tourada representa diversidade cultural.
Os opositores, como é óbvio, vêem a questão por outros prisma. Na corrida em Barcelona, uma dezena de defensores de direitos dos animais juntaram-se no exterior da praça de touros empunhando bem alto cartazes artesanais salpicados de tinta vermelha.
Os touros são franquistas?
Ao fundo da rua, no La Gran Pena, um bar frequentado por aficionados, Isabel Bardon, a proprietária, equilibra uma bandeja cheia de cervejas, enquanto vai navegando por entre um mar de patronos, alguns deles esticando o pescoço para ver o matador retirado, que sorria para os fotógrafos, posando ao lado de uns homens mais velhos que fumavam grandes charutos. "Para mim ia ser muito mau", diz Isabel Bardon, especulando sobre a possibilidade da proibição ser aprovada.
Poderá ser, quem sabe. O que é certo é que durante os primeiros anos do século passado, Barcelona tinha nada mais nada menos do que três praças de touros. Era a Meca dos aficionados. Entre a década de 1920 e a de 1960, realizaram-se aqui mais corridas do que em qualquer outra cidade espanhola.
Mas os nacionalistas catalães começaram a disseminar a ideia de que as touradas tinham sido uma imposição do regime fascista de Franco sobre a Catalunha, que as promovera, tal como ao flamenco, como um símbolo patriótico. A oposição às touradas tornou-se uma forma diferente de manifestação de separatismo. Os defensores dos direitos dos animais entraram em cena e deram força às reivindicações dos nacionalistas.
A questão mantém-se, acima de tudo, política. Isso é claro pelo que acontece do lado de lá da fronteira, na região catalã do Sul de França, onde as touradas são acarinhadas com o mesmo fervor com que são contestadas na Catalunha, e precisamente pela mesma razão separatista: no caso deles, por serem proibidas pelo governo de Paris.
"Numa altura em que a Europa se está a tornar maior e mais multicultural, Barcelona está a ficar mais pequena e mais catalã." É assim que Robert Elms, escritor britânico de literatura de viagens, vê a situação.
Veio ver José Tomás e comentou, antes da corrida, de que forma esta cidade escura mas mágica que em tempos conhecera, se tornou num fulgurante centro de moda que, não obstante, parece cada vez mais virado sobre si próprio.
"É vaidade", diz. "É a única palavra. E a vaidade reflecte uma cultura insegura." A possível proibição das touradas, acrescenta, assemelha-se a uma lei que exige que as crianças em idade escolar recebam a maior parte da sua formação em catalão e não em castelhano.
Paco March acena a cabeça quando é feita essa associação. Natural de Barcelona, é o autor da coluna de tauromaquia do "La Vanguardia", segundo jornal de maior tiragem da cidade. Conta que a filha, de 15 anos, é considerada fascista pelos colegas de turma, simplesmente porque tem a fotografia de um toureiro colada num caderno.
"Fico enfurecido ao ver que, em nome da democracia, uma minoria de opositores à tourada possam apagar os direitos de outra minoria, a dos aficionados, que apreciam aquilo que, neste país, é um espectáculo legal que expressa verdades profundas sobre a vida e a morte levadas ao extremo."
Os aficionados falam assim. Sublinham que as touradas tornam a morte uma coisa simples e visível numa época em que a maioria das pessoas prefere manter distância dessa realidade.
Algumas destas mesmas pessoas pactuam com a criação e abate de animais ao comer a sua carne, mas condenam as touradas. Ou então vão ver touradas a Portugal, onde os touros não são mortos na arena. São mortos depois, onde ninguém é obrigado a ver.
Para os matadores espanhóis, isso é extremamente injusto, porque lhes nega o seu dever para com os touros com os quais lutaram, poupando-os à particular vulnerabilidade que é suposto sentirem nesse momento da tourada.
Matar a própria cultura
Independentemente de aceitarmos este argumento como válido, seria um erro partirmos do princípio de que a proibição da tourada na Catalunha será um prenúncio para o resto de Espanha.
Apesar de três quartos dos espanhóis afirmarem não ter interesse por touradas, jamais admitirão que estrangeiros venham dizer--lhes o que podem ou não podem fazer. É por esta razão que a Espanha tem vindo a resistir, sistematicamente, às pressões do Parlamento Europeu e do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que seja posto fim às touradas. O que poderá acabar com elas - se é que algumas vez isso vai acontecer - será a indiferença do público, a concorrência de outro tipo de espectáculos mais baratos, como o futebol e os jogos de computador, e a morte de uma geração de aficionados.
E assim, à luz pálida de uma quente tarde de início de Outono, entre explosões de flashes e gritos de "Torero!" e "Olé!" José Tomás apareceu em Barcelona, pelo menos uma última vez, como porta-estandarte de uma arte em apuros. Orquestrou a sua habitual série de arrepiantes passes com os touros. Como Roger Federer, faz com que cada gesto pareça incrivelmente lento e elegante.
"Esta artística corrida de touros com que terminou a temporada pode muito bem ter sido a última a realizar-se nesta praça", lamenta na manhã seguinte o "El País". "Se os políticos proibirem as touradas em Barcelona, vai ser uma pena."
Paco March, o cronista de tourada do "La Vanguardia", põe a questão de uma forma mais drástica: "Queremos diferenciar-nos do resto de Espanha acabando com a morte dos touros. Mas aquilo que estamos a fazer é a matar a nossa própria cultura."
Exclusivo i//The New York Times
Veja aqui, parte da lida de José Tomás, provavelmente a última na Catalunha:
Só 30 Câmaras deverão mudar
Há uma certeza que todos os partidos têm sobre as eleições autárquicas: o PSD vai ganhar em número de câmaras. Os sociais-democratas levam um avanço de 50 autarquias e, mesmo que sofram alguma erosão, será muito difícil serem ultrapassados pelo PS, avança a edição do SOL desta sexta-feira.É com essa margem de conforto que a direcção do PSD parte para as eleições de domingo, tendo fixado como objectivo ter mais câmaras, mais juntas de freguesia, mais mandatos e maior número de votos do que os socialistas.
Detêm actualmente 158 câmaras (algumas delas em coligação com outros partidos), um cenário que até a direcção reconhece que não será fácil repetir.
No balanço final, o PSD admite a possibilidade de ficar, no máximo, com menos 12 câmaras. No que toca às capitais de distrito, porém, não contam perder nenhuma das que lideram e ainda apostam forte na conquista de Faro, com Macário Correia.
Também em Lisboa e Braga jogam ao ataque, mas a vitória não é considerada tão previsível. Certo é que mesmo que Santana Lopes não consiga ‘roubar’ a capital ao socialista António Costa – uma meta que os opositores internos de Ferreira Leite insistem em lhe impor, sublinhando que foi uma aposta pessoal da líder –, a presidente social-democrata não deixará de cantar vitória caso se confirme o cenário de ter mais câmaras e mais votos do que os socialistas.
Existência de cinco sexos é aceite mas não é consensual
O caso da atleta Caster Semenya, cuja condição sexual está a ser estudada, relançou a discussão sobre a dicotomia homem/mulher mas, afinal, há quem defenda que os géneros sexuais não são dois mas três, cinco ou até mais.
"Existem várias teorias mas a mais marcante e a que mais se aproxima da realidade prática e clínica é a que contrapõe aos dois géneros clássicos - masculino e feminino - a existência de mais três, o pseudo-hermafroditismo masculino, o pseudo-hermafroditismo feminino e o hermafroditismo verdadeiro, num total de cinco", declarou o urologista Nuno Monteiro Pereira.
O também director da Clínica do Homem e da Mulher, em Lisboa, explicou as diferenças de forma simplificada: "Os pseudo-hermafroditas masculinos têm sempre testículos mas o aspecto do corpo pode não ser masculino e os pseudo-hermafroditas femininos têm sempre ovários, embora o seu corpo possa não parecer feminino. Quanto aos hermafrodistas verdadeiros possuem, em simultâneo, ovários e testículos".
Portanto, "a classificação dos cinco sexos baseia-se, claramente, na presença ou ausência de testículos", ainda que a gónada primordial seja sempre a feminina - "se houver cromossomas Y, ela transforma-se em testículo, se não houver, será sempre ovário", esclareceu.
Ainda segundo Nuno Monteiro Pereira, na evolução das espécies, o sexo feminino foi o primeiro a aparecer, "o masculino só surgiu cerca de meio milhão de anos depois".
Ou seja, "Eva antecedeu Adão e a prova é que, ainda hoje, temos espécies onde só existem seres femininos mas não temos qualquer espécie apenas com seres masculinos", exemplificou.
Em relação à atleta sul-africana que correu nos mundiais de atletismo de Berlim, Nuno Pereira acredita que se trata de uma situação de pseudo-hermafroditismo masculino, possivelmente devido a uma deficiência enzimática.
"Num corpo ambíguo - em que a ausência de um pénis foi o factor decisivo que marcou, à nascença, a classificação como 'menina' e não 'menino' - a presença escondida de testículos interiores justifica a elevada produção de testosterona, factor que permite elevadas performances atléticas", esclareceu.
Segundo o director do mestrado transdisciplinar de Sexologia na Universidade Lusófona, "os hermafroditas verdadeiros são muito raros e têm, quase sempre, um aspecto masculino, embora se lhes desenvolvam as glândulas mamárias na adolescência", sendo geralmente isso que chama a atenção, "pois a pessoa tem pénis e nada levava a desconfiar da sua condição". "Só conheço a existência, descrita, de um caso de hermafroditismo verdadeiro em Portugal, embora talvez haja um segundo, do princípio do século XX, que carece de confirmação", revelou o urologista.
Nuno Monteiro Pereira alertou ainda que, nesta matéria, é mais correcto falar de intersexo - designação que refere a coexistência, no mesmo indivíduo, de elementos anatómicos característicos dos sexos masculino e feminino - do que de ambiguidade sexual, "pois há muitas situações em que a ambiguidade não se verifica".
"É o caso do pseudo-hermafroditismo masculino por insensibilidade androgénica - conhecido por síndrome dos testículos feminizantes - em que não há receptores para a [hormona] dihidrotestosterona, pelo que existe uma mulher com um corpo muito feminino mas com testículos e cromossomas masculinos", exemplificou.
A hipótese dos cinco sexos - avançada no estudo "The Five Sexes (Os Cinco Sexos)", publicado em 1993 na revista The Sciences pela norte-americana Anne Fausto-Sterling, docente de Biologia e Estudos de Género na Universidade de Brown, em Rhode Island - não gera, porém, consenso.
Para o psiquiatra e sexólogo Francisco Allen Gomes, não existem cinco sexos, nem sequer três, outra das hipóteses colocadas.
"Não há três sexos, o terceiro sexo é uma hipótese literária com origem no "Middlesex", do norte-americano Jeffrey Eugenides, que ganhou um prémio de romance, não de investigação", clarificou logo no início da entrevista, referindo-se ao facto de o livro - cuja versão portuguesa, editada em 2004 pela Dom Quixote, mantém o título original - ter sido galardoado com um Prémio Pulitzer na categoria de ficção.
Para o ex-chefe de serviço de Psiquiatria dos Hospitais da Universidade de Coimbra, "não podemos falar num terceiro sexo, porque esse teria de ter características que não tem, nem em quatro, nem em cinco" mas antes em "estados intersexos ou perturbações do desenvolvimento sexual, que têm várias características, diferentes umas das outras, e apresentam uma grande variabilidade de expressão".
O autor de "Paixão, Amor e Sexo" defende que "não se pode dizer com segurança que as manifestações sejam meramente biológicas pois há também um contexto social envolvente", cuja influência pode ser determinante.
"Podemos ter uma pessoa com o cromossoma 46, XX, com uma hiperprodução de testosterona na altura do nascimento e um aspecto feminino virilizado que segue uma via de desenvolvimento masculino e ter outra pessoa exactamente na mesma situação que segue a via de desenvolvimento feminino", afirmou.
"E uma pessoa pode ser XY e ter uma identidade feminina. Por isso é que não é fácil estar a fazer dicotomias. A pessoa é, antes de mais, aquilo que se sente em termos de género", realçou o presidente da assembleia-geral da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.
Assim, "o que pode ser dito com clareza é que existe um sexo feminino, um sexo masculino e, depois, estados intersexuais com grandes variações e com consequências muito diferentes de pessoa para pessoa".
Francisco Allen Gomes e Nuno Monteiro Pereira concordam, porém, num aspecto - para ambos está excluída a existência de um "sexo nulo".
Para Nuno Pereira, "um chamado 'sexo zero', em rigor, não existe" e para Allen Gomes "o sexo nulo é uma coisa sem cabimento, pois não existem pessoas assexuadas".
O antigo responsável pela consulta de Sexologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra reforçou mesmo: "As pessoas podem não ter actividade sexual mas têm uma identidade sexual. Neste campo, não há pessoas neutras".
ionline
Obama terceiro Presidente dos EUA a receber o prémio no cargo
Barack Obama é o terceiro presidente dos Estados Unidos a receber o Nobel da Paz enquanto está em funções, depois de Theodore Roosevelt (1901-1909), que recebeu o prémio em 1906 e de Woodrow Wilson (1913-1921), galardoado em 1919.
Jimmy Carter foi distinguido com o Nobel em 2002, 20 anos depois de deixar a presidência.
Al Gore, vice-presidente do Estados Unidos entre 1993 e 2000, recebeu o prémio em 2007 e Henry Kissinger foi galardoado em 1973, tendo exercido o cargo de secretário de Estado norte-americano entre esse ano e 1977.
Anteriormente foram premiados políticos norte-americanos como Elihu Root, secretário de Estado com Roosevelt, premiado em 1912, Charles Gates Dawes, vice-presidente dos Estados Unidos entre 1925 e 1929 que recebeu o Nobel em 1925 com o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico J. Austen Chamberlain, e Cordell Hull, secretário de Estado entre 1933 e 1944, galardoado em 1945.
Em 1964, o Nobel da Paz foi atribuído de novo a um norte-americano, Martin Luther King, líder do movimento dos direitos cívicos
Vários presidentes e chefes de Governo de outros países também foram galardoados com o prémio.
Em 1971 foi o chanceler alemão Willy Brand o premiado e em 1978 foram distinguidos o presidente egípcio Anwar El Sadat e o primeiro-ministro israelita Menahem Begin.
Oscar Arias, presidente da Costa Rica, recebeu o Nobel em 1987 e três anos depois foi o dirigente máximo da União Soviética Mikhail Gorbachov, impulsionador da "perestroika", o distinguido.
O presidente sul-africano Frederik de Klerk foi premiado em 1993 em conjunto com o activista Nelson Mandela que viria a suceder-lhe um ano depois.
Em 1994 foram premiados Yasser Arafat, líder palestiniano e os dirigentes israelitas Yitzhak Rabin e Shimon Peres.
Kim Dae-Jung, presidente sul-coreano entre 1997 e 2003, recebeu o prémio em 2000.
Noutros casos, o Nobel da Paz veio antes de os premiados chegarem à presidência dos seus países. Foi o caso de Lech Walesa, premiado em 1983 quando era dirigente do sindicato polaco Solidariedade, que se tornaria presidente do país em 1990.
Também José Ramos-Horta, actual presidente de Timor-Leste, foi distinguido em 1996.
Jimmy Carter foi distinguido com o Nobel em 2002, 20 anos depois de deixar a presidência.
Al Gore, vice-presidente do Estados Unidos entre 1993 e 2000, recebeu o prémio em 2007 e Henry Kissinger foi galardoado em 1973, tendo exercido o cargo de secretário de Estado norte-americano entre esse ano e 1977.
Anteriormente foram premiados políticos norte-americanos como Elihu Root, secretário de Estado com Roosevelt, premiado em 1912, Charles Gates Dawes, vice-presidente dos Estados Unidos entre 1925 e 1929 que recebeu o Nobel em 1925 com o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico J. Austen Chamberlain, e Cordell Hull, secretário de Estado entre 1933 e 1944, galardoado em 1945.
Em 1964, o Nobel da Paz foi atribuído de novo a um norte-americano, Martin Luther King, líder do movimento dos direitos cívicos
Vários presidentes e chefes de Governo de outros países também foram galardoados com o prémio.
Em 1971 foi o chanceler alemão Willy Brand o premiado e em 1978 foram distinguidos o presidente egípcio Anwar El Sadat e o primeiro-ministro israelita Menahem Begin.
Oscar Arias, presidente da Costa Rica, recebeu o Nobel em 1987 e três anos depois foi o dirigente máximo da União Soviética Mikhail Gorbachov, impulsionador da "perestroika", o distinguido.
O presidente sul-africano Frederik de Klerk foi premiado em 1993 em conjunto com o activista Nelson Mandela que viria a suceder-lhe um ano depois.
Em 1994 foram premiados Yasser Arafat, líder palestiniano e os dirigentes israelitas Yitzhak Rabin e Shimon Peres.
Kim Dae-Jung, presidente sul-coreano entre 1997 e 2003, recebeu o prémio em 2000.
Noutros casos, o Nobel da Paz veio antes de os premiados chegarem à presidência dos seus países. Foi o caso de Lech Walesa, premiado em 1983 quando era dirigente do sindicato polaco Solidariedade, que se tornaria presidente do país em 1990.
Também José Ramos-Horta, actual presidente de Timor-Leste, foi distinguido em 1996.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Com amigos destes o Sr. Silva não vai longe.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu para "Deixem ficar a Dra. Manuela que está muito bem", mas ao mesmo tempo veio lançar o Tabu se será ou não candidato à liderança. Claro que sabemos que não vai ser, o que ele quer é a cadeira do Sr. Silva. Este seu “Conselheiro de Estado” não perde a oportunidade para ir semeando veneno pelo caminho e de vez em quando passar-lhe uma rasteira. Ainda recentemente, no caso do e-mail e das escutas, garantiu ser este um assunto sem importância e que se resolvia com um puxão de orelhas ao culpado. O Sr. Silva acreditou e no dia seguinte sacrificou o Fernando Lima, ficando ainda mais queimado ao confirmar a sua responsabilidade na tramóia e que terminou com a patética comunicação ao país. Com amigos destes o Sr. Silva não vai longe.
Segredo guardado 99 anos
O esboço da disposição à volta da mesa dos participantes da reunião secreta entre responsáveis das estruturas legais e clandestinas do movimento revolucionário, a 29 de Setembro de 1910, é um dos documentos inéditos reunidos no livro ‘A Maçonaria e a Implantação da República’, a apresentar hoje, ao final da tarde, na Fundação Mário Soares, em Lisboa.
Desconhece-se contudo o que foi decidido no encontro. Nunca se saberá se as deliberações estavam nos papéis que o médico psiquiatra Miguel Bombarda queimou logo após ser ferido por quatro tiros disparados por um tenente de Infantaria e seu antigo doente mental, na manhã do dia 3 de Outubro 1910. O revolucionário que estaria encarregue da coordenação das acções civis faleceu naquele mesmo dia, mas a República venceu, faz amanhã 99 anos.
O ano centenário da República em Portugal deverá divulgar muitos aspectos inéditos da sua história mal conhecida. O livro, editado em parceria pela Fundação Mário Soares e o Grémio Lusitano, constitui um primeiro passo a par da exposição ‘Quem fez a República’, que será inaugurada na sede da Fundação Mário Soares, em São Bento, Lisboa, e se destina a fazer itinerância pelo País a partir de Janeiro de 2010.
Os documentos inéditos do livro prefaciado conjuntamente por Mário Soares e António Reis, grão--mestre do Grande Oriente Lusitano, foram reunidos e anotados por Simões Raposo Júnior, que os manteve durante muitos anos resguardados fora de Lisboa. Foi ele quem fez o esboço da reunião realizada na sede do Directório do Partido Republicano Português.
Pela localização feita no documento (2º andar do prédio de esquina da rua Serpa Pinto com o largo de S. Carlos, “duas últimas sacadas”), identifica-se o prédio onde no 4º andar nascera a 13 de Junho de 1888 o poeta Fernando Pessoa e, actualmente, é inteiramente ocupado pela sociedade ABBC Advogados, de Azevedo Neves, Benjamim Mendes, Bessa Monteiro, Carvalho & Associados.
De antes da reunião para planear a revolução data o concertar dos grupos revolucionários. Machado dos Santos e António Maria da Silva, ambos presentes na reunião, eram elementos da Carbonária e também membros da comissão de resistência da maçonaria. Significativas são ainda as cartas de apoio à República que aparecem no livro como respostas das lojas maçónicas a uma circular secreta enviada a toda a estrutura em Junho de 1910.
.No caso português, entre os limites materiais das revisões constitucionais, encontra-se “a forma republicana de Governo”. Consta que alguns monárquicos sustentam a necessidade de remover esse limite, para depois se poder organizar um referendo que decida se os portugueses pretendem viver sob a égide de uma monarquia ou continuar sob uma república.
Se dissermos isto de uma outra maneira, fica claro que, no plano dos valores democráticos, a monarquia e a república não se equivalem. De facto, numa república nós escolhemos o Chefe de Estado periodicamente, o que significa que não só podemos mudá-lo de tantos em tantos anos, como asseguramos que os vindouros o possam continuar a fazer. Numa Monarquia somos condenados a ter como Chefe de Estado uma determinada pessoa, por mero facto de nascimento no seio de uma determinada família, sem possibilidade de a remover numa consulta popular livre. Pode-nos sair na rifa um génio ou um idiota, um autoritário ou um livre pensador. Pode-nos sair na rifa alguém que esteja em consonância com as opções maioritárias do povo ou que esteja contra elas.
O Grande Zoo: A República como superação da Monarquia
ograndezoo.blogspot.com
Desconhece-se contudo o que foi decidido no encontro. Nunca se saberá se as deliberações estavam nos papéis que o médico psiquiatra Miguel Bombarda queimou logo após ser ferido por quatro tiros disparados por um tenente de Infantaria e seu antigo doente mental, na manhã do dia 3 de Outubro 1910. O revolucionário que estaria encarregue da coordenação das acções civis faleceu naquele mesmo dia, mas a República venceu, faz amanhã 99 anos.
O ano centenário da República em Portugal deverá divulgar muitos aspectos inéditos da sua história mal conhecida. O livro, editado em parceria pela Fundação Mário Soares e o Grémio Lusitano, constitui um primeiro passo a par da exposição ‘Quem fez a República’, que será inaugurada na sede da Fundação Mário Soares, em São Bento, Lisboa, e se destina a fazer itinerância pelo País a partir de Janeiro de 2010.
Os documentos inéditos do livro prefaciado conjuntamente por Mário Soares e António Reis, grão--mestre do Grande Oriente Lusitano, foram reunidos e anotados por Simões Raposo Júnior, que os manteve durante muitos anos resguardados fora de Lisboa. Foi ele quem fez o esboço da reunião realizada na sede do Directório do Partido Republicano Português.
Pela localização feita no documento (2º andar do prédio de esquina da rua Serpa Pinto com o largo de S. Carlos, “duas últimas sacadas”), identifica-se o prédio onde no 4º andar nascera a 13 de Junho de 1888 o poeta Fernando Pessoa e, actualmente, é inteiramente ocupado pela sociedade ABBC Advogados, de Azevedo Neves, Benjamim Mendes, Bessa Monteiro, Carvalho & Associados.
De antes da reunião para planear a revolução data o concertar dos grupos revolucionários. Machado dos Santos e António Maria da Silva, ambos presentes na reunião, eram elementos da Carbonária e também membros da comissão de resistência da maçonaria. Significativas são ainda as cartas de apoio à República que aparecem no livro como respostas das lojas maçónicas a uma circular secreta enviada a toda a estrutura em Junho de 1910.
.No caso português, entre os limites materiais das revisões constitucionais, encontra-se “a forma republicana de Governo”. Consta que alguns monárquicos sustentam a necessidade de remover esse limite, para depois se poder organizar um referendo que decida se os portugueses pretendem viver sob a égide de uma monarquia ou continuar sob uma república.
Se dissermos isto de uma outra maneira, fica claro que, no plano dos valores democráticos, a monarquia e a república não se equivalem. De facto, numa república nós escolhemos o Chefe de Estado periodicamente, o que significa que não só podemos mudá-lo de tantos em tantos anos, como asseguramos que os vindouros o possam continuar a fazer. Numa Monarquia somos condenados a ter como Chefe de Estado uma determinada pessoa, por mero facto de nascimento no seio de uma determinada família, sem possibilidade de a remover numa consulta popular livre. Pode-nos sair na rifa um génio ou um idiota, um autoritário ou um livre pensador. Pode-nos sair na rifa alguém que esteja em consonância com as opções maioritárias do povo ou que esteja contra elas.
O Grande Zoo: A República como superação da Monarquia
ograndezoo.blogspot.com
CARVALHO DA SILVA, COMO É.....
Ainda o hei-de ver pior, só falta mesmo andar de braço dado com o Paulo Portas, ou talvez com o Belmiro quem sabe. Como acredito na liberdade plena dos cidadãos, o Sr. Carvalho tem a sua liberdade individual para escolher e apoiar quem quiser. Agora não deixa de ser "estranho" o líder da central sindical cujo partido em que é militante é a alma-mater da mesma, que levou os últimos quatro anos de mandato PS numa luta digna contra as políticas anti-operárias do mesmo, sempre com o apoio incondicional do PCP, vir agora apoiar o candidato do maior "inimigo" político, como disse, não deixa de ser muito estranho. Mas, como dizia o outro, desde que vi um porco andar de bicicleta, já nada me surpreende. Ou estará aqui outra situação? Não me lixem, a malta já não acredita em anjinhos.
ferroadas
ferroadas
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
REFERENDO NA IRLANDA
Quanto mais vezes o povo dissesse NÃO mais referendos haveria. O Povo irlandês depois da chantagem institucional e da lavagem de cérebro, foi "obrigado" a dizer SIM. É pena, que a UE, encabeçada pelo Durão e pelo grande capital, se submeta a tamanha falta de ética democrática, casos destes (outros haverá de certeza) põem em causa a instituição em si. A forma (quase) ditatorial como resolvem as situações não abona em favor da UE.
NASA descobre novo anel gigante em torno de Saturno
É quase invisível, mas é tão grande - com um raio de 240 mil km - que só seria possível preenchê-lo com mil milhões de planetas Terra.
O novo anel de Saturno foi descoberto por cientistas da NASA, através da utilização do telescópio espacial Spitzer. "Este é um anel massivo", garante Anne Verbiscer, astrónoma da Universidade de Virginia.
A pergunta que surge de imediato é óbvia: porque é que os cientistas levaram tanto tempo a descobrir o anel se é assim tão grande? "Mesmo que se estivesse dentro do anel não se ia saber", explica Verbiscer, já que é constituído por gelo e partículas de pó espacial que estão tão separadas umas das outras. O anel passou a ser agora visível porque esse pó brilha quando exposto a radiações térmicas, que foi usado pelo Spitzer para perceber as dimensões deste anel, cujo diâmetro equivale a 300 saturnos alinhados
O novo anel de Saturno foi descoberto por cientistas da NASA, através da utilização do telescópio espacial Spitzer. "Este é um anel massivo", garante Anne Verbiscer, astrónoma da Universidade de Virginia.
A pergunta que surge de imediato é óbvia: porque é que os cientistas levaram tanto tempo a descobrir o anel se é assim tão grande? "Mesmo que se estivesse dentro do anel não se ia saber", explica Verbiscer, já que é constituído por gelo e partículas de pó espacial que estão tão separadas umas das outras. O anel passou a ser agora visível porque esse pó brilha quando exposto a radiações térmicas, que foi usado pelo Spitzer para perceber as dimensões deste anel, cujo diâmetro equivale a 300 saturnos alinhados
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Quando a humilhação no emprego acaba com a vida
Solteira, 26 anos, quatro meses de serviço na GNR da Mealhada. Suicidou-se com um tiro na cabeça, em Novembro de 2008. Homem, 24 anos, estagiário na GNR de São Brás de Alportel. Suicidou--se com um tiro na cabeça na casa-de- -banho do posto. Setembro de 2008. Militar da GNR, 33 anos, enforcou-se numa árvore em Almagem do Bispo, em Sintra, uma semana antes, naquele mesmo mês de 2008.
Vítor Machado, 50 anos, casado, pai e avô, agente da PSP de Setúbal, parou o carro em frente ao Comando Metropolitano da Luísa Todi, em Setúbal, e matou--se com a caçadeira. Agosto de 2005. Deixou quatro palavras numa nota de despedida. "Adeus reforma, adeus amigos." O alargamento da idade da reforma foi a razão apontada na altura para que o agente da PSP tivesse decidido terminar a própria vida.
A onda de suicídios entre forças de segurança disparou o alarme - falou-se das mudanças da lei da reforma, do excesso de trabalho, da distância da família, dos baixos ordenados; criou-se um plano do Ministério da Administração Interna e linhas telefónicas de apoio psicossocial da GNR e da PSP.
Agora, 2009 é o ano negro da France Telecom. Vinte e quatro suicídios em 18 meses. Um dos suicidas, casado e pai de dois filhos, deixou uma carta à família onde falou de um "ambiente infernal" na empresa. E o número dois da France Telecom anunciou ontem a saída da empresa. A espiral de suicídios entre trabalhadores da operadora francesa voltou a lançar o debate na praça pública: pode o trabalho levar ao suicídio?
"É um fenómeno em crescendo. Desde a industrialização que o stresse laboral, a exaustão, a falta de realização no trabalho passaram a entrar no leque de razões que podem levar um indivíduo ao suicídio. Basta ver que em África as taxas de suicídio são muito baixas. A sociedade moderna está doente. Vale tudo pelas desculpas da competitividade. Isso criou uma grande desumanização. Há uma grande falta de capacidade de tolerância das chefias para perceber que as pessoas não são parafusos nem uma máquina gigantesca", adianta Carlos Braz Saraiva, psiquiatra responsável pela consulta de prevenção do suicídio nos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).
Marginalização no trabalho, desvalorização, humilhação ou exaustão são as queixas que o psiquiatra mais ouve no consultório. "A maior parte das pessoas sente-se humilhada e mal compreendida; sente desesperança e desespero ou culpa por não conseguirem corresponder às expectativas. Há ainda os que, por serem demasiado perfeccionistas, não conseguem aceitar o fracasso laboral."
Depois da marginalização ou do excesso de horas no trabalho, vêm as consequências psíquicas: "As insónias, a impulsividade e, muitas vezes, a agressividade. Tenho encontrado muitas pessoas em situação crítica de exaustão." Não é possível entender o fenómeno do suicídio por motivos laborais sem traçar um quadrado de razões: a síndrome de burn out ou de exaustão - quando uma pessoa está prestes a "rebentar"; o mobing ou assédio moral; o bullying e o fenómeno de imitação/contágio.
Carlos Braz Saraiva não descarta a hipótese de um fenómeno de imitação nos suicídios dos trabalhadores da France Telecom. Mas "só uma autópsia psicológica dos suicidas" pode traçar o diagnóstico final da vaga de suicídios entre os funcionários da operadora.
Em Portugal, à excepção do que acontece com as forças de segurança, não há dados que mostrem a relação entre suicídios e classes profissionais. Além dos polícias, os especialistas adiantam que Portugal não é excepção à corrente e que à semelhança do que acontece fora do país, médicos e enfermeiros são os que mais se suicidam, devido ao desgaste provocado pelo ambiente hospital e situações de fadiga física e mental. Carlos Braz Saraiva revela: "Falamos de profissões em que se exige um grande sentido de rigor, em que há elevadas cargas de responsabilidade e onde é preciso tomar decisões. Os médicos, por exemplo. Não é segredo que muitos sofrem de burn out, só que ninguém fala do assunto." Se as forças de segurança recorrem a armas de fogo, os profissionais de saúde recorrem sobretudo a fármacos.
Os suicídios no local de trabalho cresceram 28% nos Estados Unidos em 2008: 251 pessoas em 2008, contra 196 em 2007. Segundo o Bureau of Labor Statistics, este é o número mais elevado desde que existem estatísticas sobre o tema. Recessão económica, stresse laboral e execuções das hipotecas das casas são algumas das razões que serviram de justificação às estatísticas. No Japão - um dos países com melhor organização no trabalho - algumas empresas oferecem férias aos empregados e têm jacuzzis e ginásios nas suas sedes. Isso não chega. A quantidade de horas que um trabalhador dedica à sua empresa está em consonância com as as taxas de suicídio: as mais elevadas do Mundo. Um estudo das Nações Unidas revela que aquele é o país onde os trabalhadores mais dedicam horas semanais ao trabalho.
Antes de ir à sua entrevista de emprego, leia este texto
.Erros crassos, como aparecer numa entrevista de emprego de chinela havaiana ou atender o telemóvel numa reunião com o presidente da empresa, são raros. Mais vulgares são as pequenas falhas e omissões. Em contrapartida, enviar os sinais adequados e comportar-se da maneira apropriada aumentam as hipóteses de se conseguir um emprego.
O difícil é não haver um único conjunto de regras. Há determinados padrões de cortesia que se aplicam em todos os casos, mas o seu êxito pode depender da cultura da empresa e das preferências de quem está a tratar da contratação.
Quando Susan Hodas, da NERA Economic Consulting, faz entrevistas de emprego, dá tanta importância ao facto de o candidato encaixar na cultura da empresa como ao nível de experiência para o cargo, mas identifica outras preferências. Por exemplo: "[Os homens] devem vir de fato", diz ela.
Hodas procura também uma atitude confiante, mas não demasiado informal: pessoas capazes de enunciar bem o que dizem e de comunicar com clareza. Em geral, pessoas que são "confiantes, mas que não se armam em boas."
E diz que aplica também aos candidatos o teste do aeroporto: "Será que eu gostaria de estar presa com esta pessoa num aeroporto durante 12 horas se o meu voo fosse adiado?"
Sermos iguais a nós próprios - uma versão formal, educada, atenciosa de nós próprios - é o melhor comportamento durante as entrevistas. Dito isto, há certas coisas que se pode fazer para ganhar vantagem.
Deve sempre investigar a empresa na internet e estar preparado para dar exemplos específicos de como a sua experiência é relevante para o cargo. E ser capaz de descrever tão concretamente quanto possível em que é que o seu contributo foi importante nos seus anteriores empregos.
Faça perguntas Ah, e faça perguntas, diz David Santos, director de Recursos Humanos da Interbrand. Não fazer perguntas revela falta de interesse e de preparação, diz.
Certifique-se de que as suas perguntas demonstram conhecimento da empresa e interesse em contribuir para o seu êxito. É surpreendente o número de pessoas que se centram em si próprias e não na empresa, diz Annie Shanklin Jones, responsável pelo recrutamento da IBM nos EUA.
Tente encontrar pontos de contacto com o entrevistador para se destacar, diz Shanklin Jones. Pode ser que tenha frequentado a mesma escola ou que seja adepto da mesma equipa desportiva, acrescenta. Procure modos de referir as pessoas que conhece na empresa.
E se não tiver nenhuma dessas vantagens? Shanklin Jones diz que um candidato a uma posição em Vendas lhe enviou, após a primeira entrevista, um ficheiro em que enumerava as suas certificações de software e demonstrava que tinha excedido as quotas de vendas, trimestre após trimestre. O ficheiro foi o factor decisivo a favor desse candidato.
Consoante o emprego, é possível que seja chamado para entrevistas sucessivas. O modo como prepara cada uma é crucial. Não fazer qualquer tipo de follow-up mostra falta de interesse.
David Santos diz que fica bem impressionado com respostas rápidas via email que mostrem não só que o candidato ouviu atentamente o entrevistador, mas também em que este refira nomes de pessoas que conhece na empresa e em que reafirme a sua experiência de trabalho e o seu conhecimento da empresa.
Como todas as empresas e responsáveis de recrutamento são diferentes, chegar ao fim do processo de entrevistas pode parecer uma travessia na corda bamba. Mas a cortesia mais elementar, o bom senso, a investigação e a intuição podem contribuir muito para o levar em segurança até ao outro lado.
Amália Rodrigues-10anos
Amália da Piedade Rodrigues OSE OIH (Lisboa, 23 de Julho ou 1 de Julho de 1920 — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, etc.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, etc.
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