A região líbia de Fezzan acolheu várias culturas humanas que ali se implantaram e se extinguiram, sempre dependentes da chuva.
O vento sopra das profundezas do tempo. O Saara impressiona-nos como um inferno perpétuo de dunas e céu azul. As suas panorâmicas deslumbram-nos, mas nem reparamos que este é um dos mais importantes locais de preservação da Terra. Aqui, o passado perdura e interpela-nos, sob a forma de areia, rocha, calor e vento seco. Sussurra-nos a história de solavancos repetidos de alteração climática, bem como do avanço e recuo da presença humana. David Mattingly chefia o Projecto Migrações no Deserto. Os peritos envolvidos são viajantes do tempo que se deslocam pelo Saara em veículos de tracção às quatro rodas, procurando vestígios dos nossos antepassados. Equipados com pneus de pressão reduzida para proporcionar tracção suplementar, trepam por dunas com trinta metros de altura e criaram um método totalmente novo de observar este deserto.Charles Bowden fotografias de George Steinmetz
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