domingo, 11 de outubro de 2009

“Como somos portugueses, salve-se quem puder!” CIDADÃO REPORTER



Não tenho fotos, nem vídeos mas gostava de partilhar mais uma situação, no mínimo, caricata sobre o funcionamento do País em que vivemos.

Numa altura em que o desemprego atinge recordes históricos entre pessoas com e sem qualificações, em que o nosso governo “promove”, ou diz promover, incentivos à criação do próprio emprego, acontece o inédito.
O meu marido, desempregado de longa duração (leia-se superior a 3 anos), licenciado, decide criar o seu próprio emprego. Um negócio pequeno, que cria apenas 2 postos de trabalho, mas que não deixa de ser um negócio.
Qual não é o seu espanto, quando, na qualidade de desempregado de longa duração, se dirige à Segurança Social para entregar um requerimento para isenção de pagamento de taxa social única durante 3 anos (ao abrigo do disposto nas MEDIDAS EXCEPCIONAIS DE APOIO AO EMPREGO E À CONTRATAÇÃO PARA O ANO DE 2009 - Portaria n.º 130/2009, de 30 de Janeiro e Declaração de Rectificação n.º 13/2009, de 10 de Fevereiro), e é informado que na qualidade de sócio-gerente não tem direito a nada.
Esta situação é, no mínimo, hilariante. Se fossemos chineses teríamos 5 anos de isenção de IRC, se fossemos ciganos teríamos não sei quantos subsídios, se fossemos dos países de Leste teríamos mais não sei quantas benesses, mas como infelizmente somos portugueses, salve-se quem puder!
Não tenho mais comentários sobre este assunto, e não sei se hei-de rir ou chorar…

Anabela Cartaxo

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