
“Queria capturar um lobo num ato de caça, mas sem sangue”, disse o fotógrafo à BBC News, sobre a maneira como, muitos anos antes, planejou esta foto que até chegou a esboçar em papel. “Não queria uma imagem cruel”, explicou. O júri e fotógrafo Mark Carwardine considerou que Rodriguez conseguiu capturar “milhares de anos de interação entre o ser humano e o lobo num momento apenas”. A competição, que já vai para sua 45ª edição, é organizada pela BBC Wildlife Magazine e pelo Museu Nacional de História Natural de Londres.
O lobo-ibérico habita apenas a zona noroeste da Península Ibérica, distribuindo-se pela Galiza, Astúrias, Cantábria e Leão e Castela além de matilhas isoladas na serra Morena. Em Portugal haverá cerca de 300 lobos-ibéricos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Bragança, além de uma pequena área no distrito do Porto e a sul do Douro. No total são cerca de 2000 indivíduos.
A alcateia do sul do Douro foi, ainda este mês, notícia quando as associações ambientalistas Quercus e FAPAS (Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens) ameaçaram apresentar uma queixa contra o governo português na União Europeia. Os ambientalistas contestam a construção de um parque eólico que pode colocar em risco a sobrevivência dessa importante alcateia. “Somos favoráveis às energias renováveis, mas não a qualquer custo”, afirmou, na ocasião, Samuel Infante, da QUERCUS, frisando que as medidas de minimização do impacto do parque eólico que foram propostas “não são suficientes” para proteger os lobos da alcateia de Leomil.
Foto: Jose Luiz Rodrigues
DN Ciência
Sem comentários:
Enviar um comentário