terça-feira, 6 de outubro de 2009

Antes de ir à sua entrevista de emprego, leia este texto



.Erros crassos, como aparecer numa entrevista de emprego de chinela havaiana ou atender o telemóvel numa reunião com o presidente da empresa, são raros. Mais vulgares são as pequenas falhas e omissões. Em contrapartida, enviar os sinais adequados e comportar-se da maneira apropriada aumentam as hipóteses de se conseguir um emprego.

O difícil é não haver um único conjunto de regras. Há determinados padrões de cortesia que se aplicam em todos os casos, mas o seu êxito pode depender da cultura da empresa e das preferências de quem está a tratar da contratação.

Quando Susan Hodas, da NERA Economic Consulting, faz entrevistas de emprego, dá tanta importância ao facto de o candidato encaixar na cultura da empresa como ao nível de experiência para o cargo, mas identifica outras preferências. Por exemplo: "[Os homens] devem vir de fato", diz ela.

Hodas procura também uma atitude confiante, mas não demasiado informal: pessoas capazes de enunciar bem o que dizem e de comunicar com clareza. Em geral, pessoas que são "confiantes, mas que não se armam em boas."

E diz que aplica também aos candidatos o teste do aeroporto: "Será que eu gostaria de estar presa com esta pessoa num aeroporto durante 12 horas se o meu voo fosse adiado?"

Sermos iguais a nós próprios - uma versão formal, educada, atenciosa de nós próprios - é o melhor comportamento durante as entrevistas. Dito isto, há certas coisas que se pode fazer para ganhar vantagem.

Deve sempre investigar a empresa na internet e estar preparado para dar exemplos específicos de como a sua experiência é relevante para o cargo. E ser capaz de descrever tão concretamente quanto possível em que é que o seu contributo foi importante nos seus anteriores empregos.

Faça perguntas Ah, e faça perguntas, diz David Santos, director de Recursos Humanos da Interbrand. Não fazer perguntas revela falta de interesse e de preparação, diz.

Certifique-se de que as suas perguntas demonstram conhecimento da empresa e interesse em contribuir para o seu êxito. É surpreendente o número de pessoas que se centram em si próprias e não na empresa, diz Annie Shanklin Jones, responsável pelo recrutamento da IBM nos EUA.

Tente encontrar pontos de contacto com o entrevistador para se destacar, diz Shanklin Jones. Pode ser que tenha frequentado a mesma escola ou que seja adepto da mesma equipa desportiva, acrescenta. Procure modos de referir as pessoas que conhece na empresa.

E se não tiver nenhuma dessas vantagens? Shanklin Jones diz que um candidato a uma posição em Vendas lhe enviou, após a primeira entrevista, um ficheiro em que enumerava as suas certificações de software e demonstrava que tinha excedido as quotas de vendas, trimestre após trimestre. O ficheiro foi o factor decisivo a favor desse candidato.

Consoante o emprego, é possível que seja chamado para entrevistas sucessivas. O modo como prepara cada uma é crucial. Não fazer qualquer tipo de follow-up mostra falta de interesse.

David Santos diz que fica bem impressionado com respostas rápidas via email que mostrem não só que o candidato ouviu atentamente o entrevistador, mas também em que este refira nomes de pessoas que conhece na empresa e em que reafirme a sua experiência de trabalho e o seu conhecimento da empresa.

Como todas as empresas e responsáveis de recrutamento são diferentes, chegar ao fim do processo de entrevistas pode parecer uma travessia na corda bamba. Mas a cortesia mais elementar, o bom senso, a investigação e a intuição podem contribuir muito para o levar em segurança até ao outro lado.

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