O radão é um gás radioactivo que não tem cor, cheiro ou sabor. Logo, só se dá por ele através de uma medição. Foi o que fizemos, com a colaboração dos nossos associados.
Em 2001, fizemos as primeiras medições de radão. Dois anos depois, ajudámos os nossos associados, negociando uma redução no preço das análises. Nas medições entretanto realizadas, deparámos com valores preocupantes daquele gás perigoso em 39 das 113 habitações analisadas. Os participantes foram informados do perigo que correm e das medidas a adoptar. Os resultados apresentados referem-se a medições efectuadas entre Novembro de 2003 e Julho de 2004, durante períodos de 50 a 70 dias, na maioria. Os associados dos distritos de Braga, Guarda, Lisboa, Porto e Viseu representam cerca de 80% da amostra.
Por ser um problema de saúde pública, enviámos os resultados para os ministérios da Saúde e do Ambiente e para as autarquias envolvidas. Por um lado, pretendemos a criação de legislação específica sobre o assunto, onde se defina um limite máximo. Por outro, que as autarquias das zonas mais problemáticas identifiquem e solucionem os casos existentes.
Granito esconde perigo
Nem todos os portugueses têm de se preocupar com o radão. Os distritos mais críticos são Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu, Castelo Branco e Portalegre (Serra de São Mamede), por terem solos graníticos. Mas quem tiver habitações com bastantes elementos em granito, como uma parede revestida por este material, terá todo o interesse em conhecer as concentrações de radão na sua casa.
Quase metade das medições efectuadas ficou abaixo do nível máximo admitido pela União Europeia para a concepção de habitações: 2 00 B q por metro cúbico de ar ( B q, ou B ecquerel, é a unidade de medida da radioactividade). Em contrapartida, das 39 que ficaram acima do limite máximo para casas já construídas, 18 ultrapassaram os 8 00 B q/m3. Estas situavam-se, sobretudo, nos distritos de Guarda, Viseu e Porto. A concentração de radão no interior dos edifícios deve-se, na maioria dos casos, à sua libertação natural através do solo. Daí que os níveis mais elevados se verifiquem na cave e no primeiro andar das habitações. Mas os materiais de construção, como a pedra e a areia utilizada na argamassa, também têm influência. Apesar de haver algum receio em relação às bancadas de granito das cozinhas, não verificámos qualquer problema nas casas analisadas. De facto, para esta utilização, são seleccionados blocos de rocha sem fracturas, o que minimiza a libertação de radão.
Saúde em risco
Estima-se que, depois do fumo do tabaco, o radão seja o maior responsável por cancro do pulmão. Uma pessoa exposta, ao longo da sua vida, a 400 Bq/m3 deste gás, tem o dobro das hipóteses de vir a sofrer da referida doença. O risco é ainda maior para os fumadores. Como não há consenso entre os especialistas nesta matéria, é urgente aprofundar os estudos deste problema ambiental e de saúde pública. Regra geral, as concentrações de radão na atmosfera são baixas. Mas, em ambientes fechados, podem atingir níveis preocupantes. A exposição humana ao gás varia em função da zona do país, das condições climatéricas e dos hábitos das populações. Por exemplo, no Inverno, quando as pessoas arejam menos as casas, a concentração do referido gás pode ultrapassar o dobro dos valores encontrados no Verão.
Em 2001, fizemos as primeiras medições de radão. Dois anos depois, ajudámos os nossos associados, negociando uma redução no preço das análises. Nas medições entretanto realizadas, deparámos com valores preocupantes daquele gás perigoso em 39 das 113 habitações analisadas. Os participantes foram informados do perigo que correm e das medidas a adoptar. Os resultados apresentados referem-se a medições efectuadas entre Novembro de 2003 e Julho de 2004, durante períodos de 50 a 70 dias, na maioria. Os associados dos distritos de Braga, Guarda, Lisboa, Porto e Viseu representam cerca de 80% da amostra.
Por ser um problema de saúde pública, enviámos os resultados para os ministérios da Saúde e do Ambiente e para as autarquias envolvidas. Por um lado, pretendemos a criação de legislação específica sobre o assunto, onde se defina um limite máximo. Por outro, que as autarquias das zonas mais problemáticas identifiquem e solucionem os casos existentes.
Granito esconde perigo
Nem todos os portugueses têm de se preocupar com o radão. Os distritos mais críticos são Braga, Vila Real, Porto, Guarda, Viseu, Castelo Branco e Portalegre (Serra de São Mamede), por terem solos graníticos. Mas quem tiver habitações com bastantes elementos em granito, como uma parede revestida por este material, terá todo o interesse em conhecer as concentrações de radão na sua casa.
Quase metade das medições efectuadas ficou abaixo do nível máximo admitido pela União Europeia para a concepção de habitações: 2 00 B q por metro cúbico de ar ( B q, ou B ecquerel, é a unidade de medida da radioactividade). Em contrapartida, das 39 que ficaram acima do limite máximo para casas já construídas, 18 ultrapassaram os 8 00 B q/m3. Estas situavam-se, sobretudo, nos distritos de Guarda, Viseu e Porto. A concentração de radão no interior dos edifícios deve-se, na maioria dos casos, à sua libertação natural através do solo. Daí que os níveis mais elevados se verifiquem na cave e no primeiro andar das habitações. Mas os materiais de construção, como a pedra e a areia utilizada na argamassa, também têm influência. Apesar de haver algum receio em relação às bancadas de granito das cozinhas, não verificámos qualquer problema nas casas analisadas. De facto, para esta utilização, são seleccionados blocos de rocha sem fracturas, o que minimiza a libertação de radão.
Saúde em risco
Estima-se que, depois do fumo do tabaco, o radão seja o maior responsável por cancro do pulmão. Uma pessoa exposta, ao longo da sua vida, a 400 Bq/m3 deste gás, tem o dobro das hipóteses de vir a sofrer da referida doença. O risco é ainda maior para os fumadores. Como não há consenso entre os especialistas nesta matéria, é urgente aprofundar os estudos deste problema ambiental e de saúde pública. Regra geral, as concentrações de radão na atmosfera são baixas. Mas, em ambientes fechados, podem atingir níveis preocupantes. A exposição humana ao gás varia em função da zona do país, das condições climatéricas e dos hábitos das populações. Por exemplo, no Inverno, quando as pessoas arejam menos as casas, a concentração do referido gás pode ultrapassar o dobro dos valores encontrados no Verão.
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