Ter sexo com duas ou mais pessoas, partilhar casais ou o domínio sexual sobre o parceiro estão entre as imagens sexuais mais frequentes, num mundo de fantasia onde tudo pode ser perfeito e cor-de-rosa. No entanto, há situações nas quais o impulso para concretizar as narrativas que nos despertam os sentidos se pode tornar num pesadelo.
“Para determinadas pessoas, a criação de narrativas sexuais positivas, de cenários com conteúdo erótico e sexual são um elemento imprescindível para a estimulação e manutenção da excitação sexual”, explica a sexóloga Patrícia Pascoal.
A fantasia sexual é um acto da imaginação, no qual o ser humano evoca imagens excitantes de cariz sexual. O prazer que se obtém dessas representações pode indicar comportamentos que necessitem de uma atenção especial: “As fantasias podem ser inesperadas, rígidas, pouco criativas, repetitivas e, inclusivamente, ser perturbadoras da sexualidade quando a pessoa se sente incomodada pelas imagens que tem”.
Se algumas fantasias podem e devem ser partilhadas entre o casal, com o objectivo de apimentar a relação, outras há, porém, que se revelam perigosas quando associadas a uma enorme vontade de as concretizar.
“As fantasias de violação ou de actos denominados desviantes podem ser perturbadores, especialmente quando surgem de forma repetida e a pessoa não tem qualquer controlo sobre estas imagens”, refere Patrícia Pascoal, sublinhando a necessidade de uma intervenção a nível clínico: “Em alguns casos, este tipo de fantasias pode ser um percursor do comportamento e é importante avaliar o impulso de agir que a elas está associado e o foco desse impulso”.
Muitas vezes confundidos, a fantasia e o fetiche são conceitos bem diferentes, segundo explica a sexóloga. Se o primeiro permite abrir as portas a uma sexualidade compartilhada entre o casal, o segundo é limitador, pois implica a obtenção de prazer sexual apenas em certas e determinadas circunstâncias muito rígidas.
LEITURAS: SEXO SEM TABUS
Da autoria da sexóloga Marta Crawford, ‘Sexo Sem Tabus’ é um livro que esclarece dúvidas e responde a perguntas embaraçosas, ensinando com naturalidade a arte de amar. Com uma postura directa, a obra custa 17 euros e aconselha a desfrutar de sexo com todo o prazer.
MÉNAGE À TROIS
É das mais frequentes tanto em homens como em mulheres. A ideia de partilhar o/a parceiro/a com outra pessoa, proibido numa sociedade monogâmica, funciona como um excitante. Pode envolver dois homens e uma mulher ou um homem e duas mulheres.
VOYEURISMO
Há quem obtenha estímulo sexual através da observação de outro(s). É o desejo de ver outras pessoas, homens ou mulheres, em contactos mais íntimos sem ser descoberto. Porém, a excitação aumenta da mesma forma que o risco de ser apanhado.
SWING
É a fantasia de um casal partilhar experiências com outro casal. O homem entrega a mulher a outro homem, recebendo outra mulher em troca. Esta prática remonta à Grécia Antiga, mas conheceu um grande de-senvolvimento na actualidade.
ORGIAS
Sexo em grupos numerosos. É a fantasia de ter relacionamentos sexuais com desconhecidos, sem compromissos, pela busca simples do prazer e do contacto físico. A variação de alguém ser penetrado por várias pessoas também é frequente.
BDSM
BDSM (Bondage, Domínio, Sadismo e Masoquismo) é uma fantasia que não distingue sexos e na qual o estímulo surge com o domínio de outra pessoa. Por norma, esse domínio implica a imobilização do parceiro, associando-se ao sadismo e ao masoquismo.
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