José Saramago qualificou Silvio Berlusconi de "deliquente" e um "vírus", num artigo publicado pelo jornal espanhol El Pais.
"Chamei-o de delinquente e não me arrependo", escreve Saramago que já tinha chamado "delinquente" a Berlusconi no seu mais recente livro "Caderno" que a editora Einnaudi se recusou a publicar.
"Desde há vários anos, a coisa Berlusconi comete delitos de gravidade variável mas sempre provado. E que mais é, ele não transgride as leis, mas bem pior, com efeito fabrica-as para proteger os seus interesses públicos e privados, o do político, do empresário, e do acompanhador de menores", segundo Saramago.
"Esta coisa, esta doença, o vírus que ameaça tornar-se a causa mortal do país de Verdi, se um vómito profundo não atingir a consciência dos italianos antes que este veneno corroendo as veia se destroçando o coração de uma das mais ricas culturas europeias", lê-se no artigo assinado pelo Nobel português.
Saramago afirma ainda: "Os valores básicos da convivência humana são pisados todos os dias pelas patas viscosas da coisa Berlusconni que, entre os seus múltiplos talentos, tem uma habilidade funanbulesca para abusar sendo pervertido a elas a intenção e o sentido, como no caso do Pólo da Liberdade, que consequentemente é chamado o partido sobre que assaltou o poder".
Berlusconi "é uma coisa perigosa semelhante a um ser humano, uma coisa que organiza festas, orgias, e que dirige um país chamado Itália", acrescentou o Saramago, 86 anos e autor de cerca de 30 títulos.
O advogado do Primeiro-Ministro italiano, afirmou que irá apresentar uma queixa contra o El Pais.
O jornal publicou hoje novas fotografias tiradas na casa de campo de Berlusconi, que fazem parte de uma centena de negativos apreendidos pela justiça italiana após uma queixa deste por violação da vida privada.jn
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