Este novo projecto educativo, chamado a Universidade do Povo (http://www.uopeople.org/), surge no âmbito da Aliança Global da ONU sobre Tecnologia de Comunicação e Desenvolvimento (GIAD) para ajudar a colmatar as brechas internacionais em matéria de educação com o recurso às novas tecnologias.
«Para centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, a educação é um sonho que não se pode tornar realidade», disse numa conferência de imprensa o fundador da Universidade do Povo, Shai Reshef.
Recordou que a pobreza, a ausência de instituições de educação superior ou as limitações físicas impedem muitos jovens de continuar os seus estudos.
«Abrimos a porta para que possam continuar os estudos e aspirar a uma vida melhor», afirmou.
Indicou que a universidade abriu discretamente as matrículas há duas semanas e conta já com 200 alunos de 52 países, muitos dos quais da China.
Reshef explicou que o centro recorrerá à tecnologia aberta e métodos de aprendizagem pela Internet e aos contactos entre alunos para que os cursos custem o menos possível.
Os requisitos para se matricularem são o acesso a um computador, um diploma de educação secundária e um certo nível de inglês.
Os alunos dividir-se-ão em classes virtuais de 20 membros com acesso semanal aos materiais de cada curso, que poderão discutir entre eles, para depois de apresentarem a um exame online.
Também poderão consultar professores e estudantes de pós-graduação voluntários, para que os assessorem e resolvam dúvidas.
Reshef reconheceu que o acesso a um computador ligado à Internet é uma grande limitação para os potenciais alunos que vivem nos países mais pobres, realçando que os requisitos técnicos para aceder aos cursos são mínimos.
Só é necessária uma ligação telefónica (dial up), já que os cursos não contam com elementos multimédia.
Os únicos gastos para os alunos são uma matrícula que varia entre os 15 e 50 dólares, dependendo do país, e 10 a 100 dólares por cada exame.
Reshef assinalou que a universidade necessita de seis milhões de dólares, dos quais pôs um milhão, para pôr em marcha todas as suas operações e cerca de 15 mil estudantes para sustentá-las.
Lusa / SOL
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