Por altura do aniversário da criação do Salário Mínimo Nacional, a TSF fez contas com a ajuda do professor da Faculdade de Economia do Porto, João Loureiro, e concluiu que nos anos seguintes à sua implantação o crescimento do salário mínimo ficou abaixo da inflação. São mais de 100 euros a menos.
Nos últimos três anos, o Governo socialista aumentou a retribuição mínima acima do crescimento dos preços, mas a perda de poder de compra das décadas anteriores continua por compensar.
O decreto-lei que a 27 de Maio de 1974 explicava os objectivos da criação de uma retribuição mínima mensal referia a correcção dos desequilíbrios sociais e económicos e a melhoria os níveis de vida muito baixos.
Na altura, lembra a TSF, a decisão iria beneficiar 50% da população activa. Esse era o objectivo que constava do decreto-lei assinado pelo primeiro Governo provisório, liderado por Adelino da Palma Carlos. O salário mínimo de então era de 3,300 escudos, ou seja, ou 16,50 euros.
Os dados mais recentes do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social apontam para 6,3% dos trabalhadores a ganhar em Abril de 2008 a retribuição mínima. Na perspectiva das diferenças salariais entre sexos, destaca-se o facto de 5% dos homens receberem o salário mínimo, percentagem que se aproxima dos 10% no caso das mulheres.
A TSF cita ainda dados do Eurostat que mostram que o salário mínimo português é o segundo mais baixo dos países da Zona Euro, ficando apenas à frente dos ordenados da Eslováquia.
tsf
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