Adrian Gibbs, de 75 anos, que colaborou nas pesquisas que conduziram ao antiviral Tamiflu, admitiu, em entrevista à Bloomberg, que pretende publicar hoje um relatório assinalando que a nova estirpe de vírus gripal pode ter sido, acidentalmente, envolvida em experiências científicas com o intuito de desenvolver vírus que possam ser utilizados por laboratórios farmacêuticos na produção de vacinas.
Gibbs refere que chegou a esta conclusão ao traçar as origens do H1N1 através da análise do seu modelo genético.
A OMS recebeu, no fim-de-semana, o relatório com as conclusões do investigador e está analisá-lo, segundo o director-geral adjunto da organização, Keiji Fukuda, adianta o portal da Bloomberg.
Contudo, os Centros para a Prevenção e Controlo das Doenças dos Estados Unidos, que já receberam igualmente o relatório por intermédio da OMS, consideram que há falta de evidências que sustentem a tese de Adrian Gibbs.
O investigador australiano foi um dos primeiros cientistas a analisarem o "mapa" genético do vírus H1N1, que foi identificado há três semanas no México, epicentro da epidemia da gripe A.
Para o "número dois" da OMS, um vírus que resulte de experiências laboratoriais ou de testes de vacinas pode indiciar a necessidade de maior segurança.
Segundo o mais recente balanço da OMS, a gripe A já infectou 5.251 pessoas em 30 países, causando a morte de 61.
dn
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