Segundo o astrónomo Leigh Fletcher, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, Califórnia, a fenda aberta deverá ter as dimensões da Terra. Sobre o tamanho do objectivo que atingiu Júpiter ainda não há qualquer informação, disse ao i CarolinaCarnalla-Martinez, também do laboratório. De acordo com os cientistas, o mais provável é ter-se tratado de um cometa.
A observação volta a chamar a atenção para a importância dos astrónomos amadores. Anthony Wesley, um amador australiano, estava a fazer observações rotineiras de Júpiter no domingo à noite quando percebeu uma mancha com vários milhares de quilómetros na região do pólo sul do planeta. Como podia tratar-se de uma tempestade, manteve o telescópio apontado àquela direcção durante mais 15 minutos – o suficiente para suspeitar de um impacto. Sem saber, fez com um telescópio de 37 centímetros (os profissionais têm no mínimo 10 metros) aquilo que poderia ter passado ao lado da NASA. De Murrumbateman, na Austrália, contactou o Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, Califórnia. "Nunca esperei ver nada assim", comentou o astrónomo Leigh Fletcher. Depois de receberem o alerta, e como tinham uma observação marcada no telescópio de infravermelhos do Havai, que é controlado a partir de Pasadena, os cientistas da NASA puderam confirmar a colisão. Segundo o astrónomo Glenn Orton, o impacto pode ser considerado de média dimensão e é semelhante ao observado em 1994 também em Júpiter. Na altura, foi publicado na revista científica “Science”, 21 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 abriram uma fenda gigante à superfície. Os cientistas acreditam que as grandes extinções na Terra, de que é mais conhecido o fim da era dos dinossauros, possam ter sido desencadeadas pelo embate de cometas. O maior terá acontecido há 251 milhões de anos e levou ao desaparecimento de 90 por cento das espécies marinhas e 70 dos vertebrados terrestres.
ionline
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