sexta-feira, 17 de julho de 2009

Focos de contágio do vírus da gripe A (H1N1)

A direção geral de saúde lança hoje uma campanha de informação para tentar diminuir a transmissão do H1N1, explicando que o vírus se aloja em locais que muita gente toca, como corrimões, carrinhos de compra e ratos do computador.
O objectivo da campanha, feita através dos meios de comunicação social, é alertar a população para a possibilidade de o vírus da gripe A H1N1 (como outros) poder ser transmitido quando se toca em superfícies onde muitas pessoas põem as mãos, como acontece com os corrimões das escadas, explicou o director-geral de Saúde, Francisco George, que hoje foi ouvido na Comissão parlamentar de Saúde sobre a doença.
As pegas dos carrinhos de compras, as maçanetas das portas e os ratos do computador são fontes de contágio de microrganismos, como o vírus da gripe A, que só poderá evitar-se com uma frequente lavagem das mãos, alertou hoje um especialista.
Mário Durval, da direcção da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), explicou à agência Lusa que são «aos milhões» os microrganismos que vivem nas superfícies mais tocadas pelas pessoas.
Esses microrganismos podem sobreviver mais do que as oito a dez horas que normalmente resistem no ar quando são transmitidos através das gotículas que saem da boca e fossas nasais, por meio de tosse ou espirros.
«Os vírus dessas gotículas sobrevivem no ar entre oito a dez horas», disse Mário Durval, adiantando que estes passarão de pessoa a pessoa se estiverem a menos de um metro de distância.
Contudo, estes microrganismos sobrevivem mais tempo nas superfícies, disse o especialista, chamando a atenção para a facilidade com que essas áreas são tocadas por um grande número de pessoas.
É o caso dos carrinhos de compras - cujas pegas são frequentemente tocadas por mãos de adultos e de crianças, já que algumas têm um suporte para os mais pequenos - mas também caixas de Multibanco, corrimões, maçanetas das portas, ratos de computador, entre muitos outros.
Segundo Mário Durval, uma frequente e correcta lavagem das mãos pode evitar até 80 por cento do contágio.
De acordo com a DGS, «lavar as mãos frequentemente ajuda a evitar o contágio por vírus da gripe e por outros germes».
Este organismo do Ministério da Saúde recomenda o uso de sabão e água, pelo menos durante 20 segundos.
«Quando tal não for possível, podem ser usados toalhetes descartáveis, soluções e gel de base alcoólica, que se adquirem nas farmácias e nos supermercados», prossegue a recomendação.
Lusa / SOL

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