terça-feira, 28 de julho de 2009

Notas Falsas. Novas falsificações nos balcões e no multibanco

M. nem queria acreditar quando saiu de um banco no centro de Lisboa e entrou, poucos metros à frente, noutro balcão de uma instituição bancária diferente. Ia depositar o dinheiro, quando foi avisado de que a nota era falsa. Uma nota de 100 euros que fez corar o depositante que imediatamente regressou ao local onde tinha levantado dinheiro. Os três, funcionário, gerente e cliente, rumaram ao balcão onde detectaram a nota falsa e acabaram por repor o dinheiro. Nenhum dos balcões quis falar com o i até porque raramente algum banco admite ter saído dos seus balcões uma nota falsa.No Algarve, também ontem, uma cidadã deslocou-se a um multibanco em Tavira num supermercado. Deu o dinheiro levantado a uma empregada, que fez compras nesse mesmo supermercado. Na caixa detectaram que a nota de 20 euros era falsa. Numa cidade do Norte, Penafiel, um jovem vendedor contou ao i que fez recentemente o levantamento do salário num balcão, acabando por ser avisado pelo banco onde o depositou que uma nota de 20 euros era falsa. Quando tentou reclamar na instituição em que fez o levantamento, não só negaram o sucedido como ameaçaram chamar a PSP. Com receio de problemas, o jovem decidiu ir-se embora.Os bancos só repõem os montantes que se provarem terem sido levantados ao balcão ou na máquina multibanco, mas o que acontece, na esmagadora maioria das vezes, é ser impossível provar que determinada nota foi levantada neste ou naquele multibanco. Segundo uma fonte da SIBS (Sistema Interbancário de Serviços) que faz a gestão da rede multibanco, a questão das notas falsas nos multibancos pode levantar-se sobretudo nas máquinas que estão fora das instituições bancárias, como aconteceu ontem em Tavira. Quem faz as reposições do dinheiro são funcionários de empresas de segurança e, nesse momento, pode haver alguma troca ilícita. Segundo alguns profissionais do sector de segurança privada, contactados pelo i, mesmo se detectem situações irregulares é comum que o processo seja resolvido internamente porque está em causa o nome da empresa e, eventualmente, de actuais e futuros contratos com diferentes clientes.ionline

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