O ensaísta português, que reside a maior parte do tempo em Paris, participou quinta-feira à noite numa conferência promovida pela Fundação Inatel, intitulada Novas respostas para a cultura, na Casa Municipal da Cultura.
Salientando que o mundo viveu «meio século entre o equilibrio do terror», Eduardo Lourenço referiu que desde o final da Segunda Guerra Mundial se vive, «sabendo ou não sabendo, com mais consciência disso ou não, uma espécie apocalipse suspenso. Nada está ainda decidido».
«Desde o século XVIII pensamos que estamos no fim da história, que somos mais sábios, mais justos, temos a ideia de estar à beira do paraíso e, não se sabe porquê, de repente esse sonho desaparece», disse.
«Estamos - prosseguiu - numa espécie de nevoeiro, cercado pelo caos, e temos de encontrar meios para navegar neste novo espaço que não está definido, mas onde é preciso redescobrir novos caminhos».
«Pouco importa que tenha havido Miguel Ângelo, Rafael, Beethoven, Mozart. Nada está garantido», frisou.
A humanidade, disse ainda, «viveu o seu buraco negro», com a história que se conhece de «Hiroxima e Auschwvitz», estando-se agora «sob uma ameaça latente no horizonte de uma civilização que sabe que é mortal».
«Se pensamos - argumentou - que a cultura nos vai dar a solução, não. A cultura não é uma resposta, é a questão. Faz parte da interrogação, mas não tem resposta».
Lusa / SOL
Salientando que o mundo viveu «meio século entre o equilibrio do terror», Eduardo Lourenço referiu que desde o final da Segunda Guerra Mundial se vive, «sabendo ou não sabendo, com mais consciência disso ou não, uma espécie apocalipse suspenso. Nada está ainda decidido».
«Desde o século XVIII pensamos que estamos no fim da história, que somos mais sábios, mais justos, temos a ideia de estar à beira do paraíso e, não se sabe porquê, de repente esse sonho desaparece», disse.
«Estamos - prosseguiu - numa espécie de nevoeiro, cercado pelo caos, e temos de encontrar meios para navegar neste novo espaço que não está definido, mas onde é preciso redescobrir novos caminhos».
«Pouco importa que tenha havido Miguel Ângelo, Rafael, Beethoven, Mozart. Nada está garantido», frisou.
A humanidade, disse ainda, «viveu o seu buraco negro», com a história que se conhece de «Hiroxima e Auschwvitz», estando-se agora «sob uma ameaça latente no horizonte de uma civilização que sabe que é mortal».
«Se pensamos - argumentou - que a cultura nos vai dar a solução, não. A cultura não é uma resposta, é a questão. Faz parte da interrogação, mas não tem resposta».
Lusa / SOL
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