Viseu ficou de fora da rede nacional de abastecimento para veículos eléctricos no acordo celebrado anteontem entre o Ministério da Economia e mais de 20 municípios. O presidente da câmara excluída, Fernando Ruas, revelou hoje que questionou a razão pela qual o concelho não esteve entre as escolhas do ministério numa carta enviada ao gabinete de Manuel Pinho.
Na segunda-feira, 21 municípios assinaram um acordo para o desenvolvimento de pontos de abastecimento de baterias de veículos eléctricos: Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Vila Nova de Gaia, Loures, Cascais, Almada, Braga, Guimarães, Leiria, Setúbal, Viana do Castelo, Aveiro, Torres Vedras, Santarém, Faro, Évora, Beja, Castelo Branco e Guarda.
Fernando Ruas diz não perceber porque é que Viseu é uma das quatro capitais de distrito excluídas e decidiu pedir explicações ao Ministério da Economia. "Não sei se foi por letra alfabética, não deve ter sido, mas achámos que não devíamos ser excluídos. Aliás, não percebemos esta exclusão", alegou.
Entre as quatro capitais de distrito não contempladas, "curiosamente Viseu, Portalegre e Bragança, são das poucas que já têm carros eléctricos", observou Ruas, que questiona os critérios utilizados para a escolha. "Se tem a ver com a população, não estaremos atrás da Guarda, Castelo Branco, Beja, Faro, Évora ou Viana. São todos municípios com menos população que nós", sustentou.
O também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses defendeu que Viseu deve ser incluído na rede nacional de carregamento para veículos eléctricos porque, para além de já ter "pergaminhos neste âmbito", na próxima sexta-feira a autarquia vai celebrar um protocolo nesta área com o Politécnico local. "Tenho a certeza absoluta que vamos fazer parte dessa rede, mas é preciso estar atento e andar a remar contra a maré".
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