Milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam ontem, via televisão ou Internet, a última homenagem a Michael Jackson. Família, amigos e muitos admiradores disseram o último adeus ao rei da pop no Staples Center, em Los Angeles, numa cerimónia pública onde se recordou a música do cantor entre muitas palavras sentidas.
Horas antes, os familiares e amigos mais próximos do cantor (cerca de mil pessoas) tiveram outra oportunidade de se despedir, numa cerimónia fúnebre privada, que decorreu no Forest Lawn Park, perto de Los Angeles. O cortejo que levou a urna onde se encontrava o corpo de Michael Jackson foi fortemente protegido pela polícia local. Estradas foram cortadas. E à volta do Staples Center foi até criado um perímetro de segurança. E feitas as contas, foram necessários entre 1,4 e 2,8 milhões de euros parar garantir a segurança a esta cerimónia de despedida e tributo ao rei da pop.
Apenas 20 mil pessoas assistiram ao vivo à homenagem, mas as imagens chegaram em directo a todo o mundo.
Por volta das 10.30 de Los Angeles (18.30 em Lisboa) os irmãos de Jackson transportaram a urna banhada a ouro até ao palco do Staples Center, enquanto um coro religioso dava início a uma série de actuações de homenagem ao cantor. Cada um dos irmãos envergava uma luva com diamantes, tal como a que celebrizou Michael Jackson nos anos 80.
Mariah Carey foi a primeira cantora a pisar o palco do auditório de Los Angeles, para interpretar uma versão de I'll Be There, em dueto com Trey Lorenz. Lionel Ritchie, Jennifer Hudson ou Stevie Wonder foram outros entre os que juntaram a sua voz à cerimónia.
Entre as várias celebridades presentes notaram-se dois filhos de Martin Luther King, Martin Luther King III e Bernice King. O primeiro disse aos milhares presentes: "Acredito que no dia 25 de Junho o céu e a terra pararam para dizer - aqui viveu um grande artista". Bernice comparou-o mesmo a Luther King: "Ele era uma luz brilhate, tal como o nosso pai".
Um dos discursos mais emotivos foi certamente o de Berry Gordon Jr, patrão da Motown, para quem Michael gravou ainda em criança: "Sinto que o título de rei da pop não era suficente para ele". Já o reverendo Al Sharpton, amigo de longa data de Jackson, falou directamente aos três filhos do cantor: "Não havia nada de estranho no vosso pai". E perto do final, Paris Katherine Jackson, filha do cantor, com 11 anos, disse, entre muitas lágrimas, que Michael Jackson foi "o melhor pai que alguma vez possam imaginar" e acrescentou: "apenas quero dizer que o amo muito". Paris Katherine Jackson falou depois dos discursos de Jermaine e Marlon Jackson (irmãos do cantor), que se mostraram visivelmente emocionados.
Antes, Smokey Robinson leu discursos de personalidades como Nelson Mandela ou Diana Ross, que não puderam estar presentes. Quem também não esteve no Staples Center foi Debbie Rowe, que foi casada com Jackson entre 1996 e 1999. Antes dos últimos discursos, familiares, amigos e algumas celebridades subiram ao palco para cantar em coro Heal the World, tema que Jackson celebrizou no álbum Dangerous, já nos anos 90.
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