sexta-feira, 3 de julho de 2009

O fado de todos nós

José Sócrates continua o "animal feroz" que disse ser, ou é o "português suave", agora investido? O comoventíssimo problema tem queimado as meninges dos augustos comentadores da política nacional. Está mais sereno, está mais humilde, está mais modesto e menos arrogante - disse-se e escreveu-se. Há duas semanas que esta gente tem agido segundo os princípios de um pensamento feito de frivolidades e de absurdos; e o próprio primeiro-ministro, tão reservado em assuntos realmente graves, não resistiu à tentação da irresponsabilidade e respondeu-lhes. Não há prova histórica da mudança: "Eu sou o mesmo" e "não mudo de rumo". Parece um fado e, se calhar - "Chorai guitarras, chorai" -, é o nosso próprio e redondo destino.

batista bastos

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