Vasco Granja, o primeiro divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.
Vasco Granja nasceu em Campo de Ourique, em Lisboa, a 10 de Julho de 1925.
Começou a trabalhar nos antigos Grandes Armazéns do Chiado, e depois ao balcão da Tabacaria Travassos, na baixa lisboeta.
O seu interesse pelo cinema surge na adolescência e aos 16 anos chegaria a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme «A Noiva do Brasil», de Santos Neves.
O seu nome é habitualmente associado à divulgação da banda desenhada em Portugal.
Entre os anos 60 e 70, integra a equipa fundadora da revista francesa de crítica e ensaio de banda desenhada Phénix e participa regularmente no Salone Internazionale dei Comics, em Lucca (Itália).
Em Portugal, a sua actividade de divulgação da banda desenhada intensifica-se a partir do aparecimento da edição portuguesa da revista Tintin, em Junho de 1968, onde escrevia e traduzia artigo, além de ter a responsabilidade da secção de cartas aos leitores.
Em 1974 e 1975 integra o júri do Salão Internacional de BD de Angoulême.
Depois de 25 de Abril de 1974, Vasco Granja mantém um programa regular sobre cinema de animação na RTP, que teve mais de 1000 emissões e divulgou sistematicamente as grandes escolas internacionais do género.
Reformado desde 1990, Vasco Granja faleceu esta madrugada.
tsf
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